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Ata do Copom, reformas no Congresso e os assuntos da semana no mercado

Tramitação da reforma administrativa e da PEC dos Precatórios estão entre alguns dos assuntos que devem mexer com o mercado

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central: no centro das atenções de investidores mais uma vez nesta semana | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central: no centro das atenções de investidores mais uma vez nesta semana | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Bloomberg

Publicado em 26 de setembro de 2021 às 07h45.

A última semana de setembro reserva importantes eventos para os investidores.

A Ata da última reunião do Copom, na terça-feira, dia 28, e o Relatório Trimestral de Inflação, na quinta, dia 30, serão avaliados com atenção após o comunicado do Banco Central na última reunião de política monetária ter dividido analistas e o IPCA-15 de setembro ter superado as estimativas.

As novas projeções do boletim Focus e os resultados fiscais de agosto também estão no radar.

No exterior, novas declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, além de discursos dos presidentes do Banco Central Europeu (BCE), do Bank of England (BoE) e do Bank of Japan (BoJ), podem mover o mercado em meio a incertezas com juros globais. A crise da dívida da Evergrande continua no centro das atenções também.

Em Brasília, a tramitação da reforma administrativa e da PEC dos Precatórios são alguns dos destaques.

Veja abaixo 5 assuntos importantes da próxima semana:

1. Ata do Copom, Relatório de Inflação e Focus

Após o comunicado do Copom não ter sinalizado um ritmo mais intenso da alta dos juros nas próximas reuniões e o IPCA-15 ter superado 10% em 12 meses, três divulgações do BC devem voltar a mover as taxas de juros na semana que começa.

Na segunda, dia 27, a pesquisa Focus atualiza as projeções de analistas do mercado para a inflação, que estão levemente acima da meta para 2022. Na terça, 28, com a Ata do Copom, investidores avaliarão mais detalhadamente os argumentos do BC para manter a indicação de 1 ponto percentual para a alta da Selic na próxima reunião do Copom, no começo de novembro.

Mais detalhes poderão vir na quinta, 30, com o Relatório Trimestral de Inflação.

Há uma agenda carregada de dados da economia brasileira na semana que começa: resultado fiscal primário (quarta, dia 29), taxa de desemprego (quinta, dia 30), balança comercial em setembro (sexta, 1º de outubro), IGP-M (quinta, dia 30) e dados de crédito (segunda, dia 27). A bandeira da energia de outubro será decidida pela Aneel nesta sexta-feira.

2. Reformas e precatórios

A Comissão Especial da Reforma Administrativa aprovou na última quinta-feira, 23, o texto do relator, que seguirá para análise no plenário da Câmara em dois turnos.

Também na semana passada, a Câmara instalou a comissão especial que vai analisar a PEC dos Precatórios. O prazo para apresentação de emendas é de dez sessões do plenário.

3. BCs globais

As declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, após a reunião do Fomc na última semana foram avaliadas como moderada, mas isso não eliminou as dúvidas sobre quando os juros nos Estados Unidos podem subir, se em 2022 ou 2023.

Incertezas sobre as políticas dos principais bancos centrais ainda foram ampliadas depois que o Banco da Inglaterra sinalizou alta de sua taxa.

Diferentes integrantes do BC americano se pronunciam na semana que começa, incluindo Powell, que estará no Senado na terça, dia 28. Na Europa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, fala nos dias 27 e 28. Ela estará ainda com os colegas Powell, Andrew Bailey, do BoE, e Haruhiko Kuroda, do BoJ, em evento do próprio BCE na quarta, dia 29.

4. Riscos da China: Evergrande e Bitcoin

Preocupações com a Evergrande voltaram a pesar no mercado nesta sexta-feira, dia 24, e devem continuar influenciando os negócios nos mercados globais. A incorporadora chinesa não efetuou o pagamento do cupom de 83,5 milhões de dólares com vencimento na última quinta-feira, dia 23, que tem um período de carência antes que qualquer default possa ser declarado.

O governo chinês, que tem adotado medidas de restrições aos negócios de empresas do setor de tecnologia, reforçou o cerco às criptomoedas. O banco central do país disse que todas as transações com essas moedas são ilegais e devem ser proibidas, uma mensagem que já havia sido enviada em anos anteriores e acaba de ser repetida.

5. Calendário corporativo

A AES Brasil (AESB3) define na terça, dia 28, o preço por ação em oferta subsequente que pode dar saída ao BNDES e levantar até 1,8 bilhão de reais, com base no fechamento de 17 de setembro. Acionistas da XP deliberam sobre a fusão com a XPart, enquanto o Iguatemi (IGTA3) promove Assembleia Geral Extraordinária (AGE) sobre reorganização societária.

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