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As melhores e piores ações entre as 100 maiores empresas na América Latina

Credit Suisse analisou os papéis e identificou 10 sugestões de compra e 5 de venda

(Fabrice Coffrini/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2012 às 15h48.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h23.

São Paulo – A bolsa brasileira tem cinco das melhores ações para se montar uma posição entre as 100 maiores empresas da América Latina, destaca o Credit Suisse em um relatório de pesquisa publicado nesta semana. Apesar da posição de destaque entre as mais interessantes, o país também possui três entre as cinco piores no universo de uma centena analisada pelo banco. “Recentemente, recebemos mais perguntas do que o normal a partir de investidores que têm encontrado dificuldades para identificar oportunidades de compra atraentes entre as ações na América Latina sob a luz de valuations elevado em nomes de qualidade, deterioração das expectativas de resultados no Brasil, e um cenário macro desafiador”, destacam os analistas Andrew T. Campbell, Daniel Federle e Andrei Sabah. A lista top 10 conta com empresas do setor financeiro não-bancário, telecomunicações e consumo. Por outro lado, o setor bancário e energia dominam o lado oposto. Clique nas imagens acima para acompanhar as recomendações do Credit Suisse.
  • 2. Cetip

    2 /9(Reprodução)

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    A empresa que administra uma plataforma de negociação de títulos e papéis no mercado de balcão organizado é a preferida do banco entre as 100 maiores da América Latina. A recomendação é de desempenho acima da média (outperform), com um preço-alvo de 37 reais, o que sugere um potencial de valorização de aproximadamente 22,5%. “Em um ambiente de taxa de juros menores, as empresas deverão recair mais sobre os títulos corporativos para financiar as suas operações, sustentando a história secular de crescimento da Cetip. No futuro, um mercado mais maduro poderá adicionar liquidez ao atual incipiente mercado secundário e alimentar a Cetip com um crescimento adicional nos lucros”, ressalta o analista Victor Schabbel. Recomendação: Outperform
    Preço-alvo: 37 reais
    Potencial de valorização: 22,5%
    Código: CTIP3
  • 3. Cielo

    3 /9(Divulgação)

  • A empresa é a maior credenciadora de cartões de crédito do Brasil e se beneficia do apoio dos seus controladores, como Bradesco e Banco do Brasil. “Enquanto os preços caíram desde o final da exclusividade entre as credenciadoras e as bandeiras de cartões, agora esperamos que os bancos protejam o máximo possível qualquer negócio que gere tarifas, dado ao ambiente mais desafiador no negócio principal dos bancos (baixo crescimento, alta inadimplência e queda dos juros)”, ressalta Victor Schabbel. Segundo o banco, o mercado ainda não incorporou a “brilhante perspectiva” apoiada pelos preços quase estáveis e fortes volumes. O consenso parece estar considerando uma estratégia agressiva de precificação que na visão do banco não deve se materializar. “Os próximos resultados devem vir fortes, dando apoio para revisões para cima dos números pelo mercado, que estão hoje 12% abaixo das nossas estimativas para 2012”, ressalta. Recomendação: Outperform
    Preço-alvo: 63 reais
    Potencial de valorização: +7,8%
    Código: CIEL3
  • 4. BM%26F Bovespa

    4 /9(Nacho Doce/Reuters)

    A operadora da única bolsa de valores brasileira está entre as melhores indicações da região, porém pode enfrentar em breve um cenário mais desafiador. A CVM encomendou um estudo sobre os efeitos de um ambiente mais competitivo no mercado brasileiro para a consultoria Oxera e que deve estar pronto até junho. “Esse estudo deverá ser mais um diagnóstico, sem trazer grandes recomendações, então isso pode diminuir as preocupações sobre possíveis mudanças regulatórias”, alerta Victor Schabbel. De acordo com o analista, assim que o relatório for publicado as ações da empresa poderão sofrer algum tipo de pressão. “O aumento nas preocupações sobre a concorrência é a principal razão para a nossa recomendação neutra para a ação”, ressalta Schabbel. Duas bolsas estrangeiras já demonstraram o interesse em criar plataformas de negociações no país, a BATS e a Direct Edge. Recomendação: Neutral
    Preço-alvo: 13 reais
    Potencial de valorização: +27,7%
    Código: BVMF3
  • 5. Vale

    5 /9(Divulgação)

    A maior mineradora de minério de ferro do mundo passa por um momento de enormes disputas judiciais com o governo brasileiro, que podem continuar a pesar sobre as ações da empresa. Ainda assim, o Credit Suisse lembra que a companhia possui uma forte base de ativos, balanço e um bom pagamento de dividendos. “Depois dos fracos resultados do primeiro trimestre, junto com a nossa visão conservadora para os volumes de minério de ferro e de queda dos preços para 2012, reconhecemos que a perspectiva de curto prazo para a Vale é desafiadora. Entretanto, a empresa negocia atualmente a 4,5 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado estimado para 2012, um leve desconto na comparação com os pares globais, o que consideramos uma oportunidade de compra devido à recente reavaliação”, destaca o analista Ivano Westin. Recomendação: Neutral
    Preço-alvo: 30 dólares
    Potencial de valorização: +46,30%
    Código: VALE5
  • 6. Telefônica Brasil

    6 /9

    Segundo o Credit Suisse, a ação da operadora tem o melhor mix entre crescimento, visibilidade e pagamento de dividendos no setor de telecomunicações brasileiro. “A Vivo tem mais de 60% das suas receitas oriundas das operações móveis, que têm mostrado um crescimento saudável. Os investimentos em infraestrutura devem assegurar que os gargalos não atrapalhem o avanço nos próximos anos”, lembra o analista Andrew T. Campbell. Ele lembra ainda que leilões para o 4G devem aumentar a capacidade da Vivo de suportar o crescimento do armazenamento de dados. A empresa continua a aumentar a participação de mercado em todos os segmentos. “O processo de reposicionamento da marca sob a Vivo em abril de 2012 deve trazer um bom momento operacional”, destaca Campbell. Recomendação: Outperform
    Preço-alvo: 62 reais
    Potencial de valorização: +13,30%
    Código: VIVT4
  • 7. Para evitar - Usiminas

    7 /9(Iugo Koyama/VEJA)

    A siderúrgica tem sofrido com o aumento de custos e vendas menores. O resultado tem sido devastador para os resultados e margens. No primeiro trimestre deste ano, as perdas cambiais e as provisões de contingência e de perdas em estoques levaram a um prejuízo líquido de 37 milhões de reais, ante um lucro de 16 milhões de reais um ano antes. Além disso, a agência de classificação de risco Moody’s diminuiu nesta sexta-feira o rating da empresa. O analista Ivano Westin ressalta os esforços para concentrar as atenções no volume para recuperar a participação de mercado no mercado doméstico e externo, mas ainda acredita que a rentabilidade ficará sob pressão por conta da redução de preços e as difíceis dinâmicas da concorrência. “Acreditamos que a empresa continuará a enfrentar desafios pela frente, com pressões sobre os preços e um espaço limitado para o crescimento no negócio de minério de ferro, já que não possui logística para aumentar as exportações”, diz Westin. Recomendação: Underperform
    Preço-alvo: 12,20 reais
    Potencial de valorização: +19,80%
    Código: USIM5
  • 8. Itaúsa

    8 /9(Alexandre Battibugli/EXAME.com)

    Controladora do Itaú Unibanco, a empresa tem enfrentado os mesmos riscos que o banco. A pressão para a redução dos spreads bancários, menores taxas por um tempo e o aumento da inadimplência deverão ter um grande impacto no banco, diz o analista Marcelo Telles. “Os resultados do Itaú devem continuar a desapontar com o aumento da inadimplência (levando para maiores provisões) e pressão de margens oriundas de juros menores. Os dados mensais do Banco Central devem reforçar a perspectiva negativa para o mercado de financiamento de veículos, o maior segmento dentro do portfólio de empréstimos do Itaú”, ressalta Telles. Recomendação: Underperform
    Preço-alvo: 9,80 reais
    Potencial de valorização: +13,30%
    Código: ITSA4
  • 9. Souza Cruz

    9 /9(Germano Lüders/EXAME.com)

    A fabricante de cigarros passa por um momento importante. Para o analista Gustavo Wigman, o acompanhamento dos resultados do segundo trimestre precisam ser acompanhados de perto para medir o impacto do recente aumento de impostos, já que ele será visível pela primeira vez. “Todos olhares estarão voltados para a magnitude do efeito negativo sobre o volume que deverá seguir a estratégia de preço tomada pela Souza Cruz (e a indústria do tabaco) para compensar os impostos mais elevados”, explica Wigman. Recomendação: Neutral
    Preço-alvo: 27 reais
    Potencial de valorização: -0,40%
    Código: CRUZ3
  • Acompanhe tudo sobre:Análises fundamentalistasB3bolsas-de-valoresMercado financeiro

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