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As 37 ações que superam o Ibovespa

No acumulado de 2012, mais de 30 papéis têm valorização superior a 18%, contra 17,8% do índice

Pregão da Bovespa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Pregão da Bovespa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 10h50.

São Paulo – O Ibovespa já subiu 17,8% só neste início de 2012 com o apoio de uma série de fatores no cenário brasileiro e internacional. “A condução de nossa política monetária reflete nos bons fundamentos do Brasil e nos coloca numa posição mais confortável do que de outros países, o que atrai investidores”, afirma José Francisco Cataldo, estrategista da Ágora e Bradesco Corretora.

Entre um dos motivos de atração de investidores, Cataldo destaca que a queda da Selic no Brasil torna a renda variável competitiva novamente, mas que a taxa de juros ainda é alta em comparação com outros países, atraindo investidores estrangeiros para cá.

Dentro desse cenário, alguns ativos se destacam e sobem acima do principal índice da bolsa. Do início do ano até o pregão de quarta-feira, mais de 30 ações do Ibovespa já têm valorização superior a 18%, deixando o principal índice da bolsa para trás. Apenas cinco papéis do Ibovespa registram queda.

Confira as ações que se mostraram apostas certas nesse início de ano.

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  Empresa Variação %   Empresa Variação %   Empresa Variação %
Hypermarcas (HYPE3) 52,59 14º Cosan (CSAN3) 28,11 26º Cielo (CIEL3) 22,3
Hering (HGTX3) 43,72 15º Cemig (CMIG4) 27,89 27º CCR (CCRO3) 21,93
MMX (MMXM3) 36,28 16º Gerdau (GGBR4) 27,45 28º BM&FBovespa (BVMF3) 21,33
JBS (JBSS3) 34,54 17º Brookfield (BISA3) 27,27 29º Redecard (RDCD3) 21,31
Vanguarda Agro (VAGR3) 34,37 18º BR Malls (BRML3) 26,66 30º Telemar (TNLP3) 20,78
Marfrig (MRFG3) 32,9 19º OGX (OGXP3) 26,21 31º Embraer (EMBR3) 20,75
MRV (MRVE3) 32,62 20º Ultrapar (UGPA3) 25,93 32º Telemar (TNLP4) 20,44
Metatúrgica Gerdau (GOAU4) 31,94 21º Pão de Açúcar (PCAR4) 25,79 33º Gafisa (GFSA3) 20,15
Localiza (RENT3) 31,62 22º TAM (TAMM4) 25,49 34º Santander (SANB11) 19,32
10º Sabesp (SBSP3) 29,64 23º CSN (CSNA3) 23,77 35º Duratex (DTEX3) 19,17
11º Usiminas (USIM5) 29,06 24º TIM (TIMP3) 23,05 36º Americanas (LAME4) 18,97
12º Renner (LREN3) 28,88 25º Cyrela Realty (CYRE3) 22,3 37º Banco do Brasil (BBAS3) 18,78
13º Rossi (RSID3) 28,75            

A queda de 18% do Ibovespa em 2011 ajudou a abrir espaço para que o investidor encontrasse “pechinchas” no mercado, o que reflete na forte escalada de alguns ativos, como lembra Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora. “O mercado brasileiro acompanhou a queda de outros países, mas não temos tantas notícias ruins quanto nos Estados Unidos ou Europa. Com isso, nossos papéis ficaram relativamente baratos”, diz.


A valorização recente das empresas do Ibovespa, porém, inspira cuidado. Segundo Martins, com a alta acumulada em 2012, parte desses papéis pode devolver ganhos em breve e passar por momentos de correção. “Para o final do ano, porém, a tendência ainda é de alta”, diz.

As campeãs

O setor de consumo e varejo lidera a ponta do ranking de variação do Ibovespa. Desde o primeiro pregão do ano, Hypermarcas (HYPE3) já subiu 52,59% e Hering (HGTX3) valorizou 43,72%.

“O ajuste no salário mínimo acima da inflação trouxe um ganho real para renda da população, o que reflete no varejo e consumo”, afirma Cauê Pinheiro, analista do setor da corretora SLW. Ele lembra também que a tendência de queda da Selic colabora com empresas de consumo e varejo.

Além disso, fatores específicos de cada uma das empresas dão um impulso a mais para os papéis. “A Hypermarcas passou por um ano ruim em 2011 e fez muitos ajustes em seus negócios”, afirma o analista. “Existe uma expectativa de que esse ano os resultados da empresa sejam melhores por esses ajustes”, diz.

Segundo Cauê Pinheiro, na própria teleconferência com analistas, a Hypermarcas afirmou que os resultados do primeiro trimestre já darão sinal dessas mudanças. “Mas acredito que o mercado vai se basear mais pelos resultados dos segundo e terceiros trimestres”, diz.

A recomendação para o papel é de manutenção, com preço-alvo de 13,44 reais, potencial de valorização de 3,62%.

No caso da Hering, o processo de expansão da rede, inclusive com a unidade Hering Kids (de vestuário para crianças), é apontada pelo analista como fator extra de impulso ao papel. “A empresa está num processo de amadurecimento, com lojas crescendo acima da média do setor”, afirma.

Por enquanto, a recomendação para os papéis da Hering também é de manutenção, com preço-alvo de 46 reais, valor 1,39% abaixo do atual.

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