Argentinos podem comprar até 20% do salário em dólares
Antes, havia sido anunciado que só poderá comprar dólares legalmente, pelo câmbio oficial, pessoas com salário acima de 7.200 pesos
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 14h13.
Buenos Aires - A fórmula que a Administração Federal de Rendas Públicas (Afip) - a Receita Federal da Argentina - vai usar para permitir a compra de dólares para investimento a partir desta segunda-feira, fixa um limite de 20% do salário declarado pelo comprador. A fórmula foi publicada pelo organismo em sua página web ( http://www.afip.gov.ar/comBCRA/ ).
Antes, o chefe de Gabinete de Ministros, Jorge Capitanich, havia antecipado que só poderá comprar dólares legalmente, pelo câmbio oficial, pessoas com salário acima de 7.200 pesos e respeitando um limite de US$ 2 mil por mês.
Para ilustrar: 20% de 7.200 são 1.440 pesos, o que, ao câmbio de 8 pesos, dá US$ 180. Segundo o ministro, todos os movimentos sobre a compra de dólares serão publicados na página da Afip, diferentemente do que ocorreu no início dos controles para a compra de dólares para investimento, em 2012.
Naquela ocasião, não havia um critério definido para rejeitar os pedidos de compra, tampouco havia informações sobre as operações realizadas.
Na última sexta-feira, o governo validou uma forte desvalorização da moeda nacional, em um nível de 8 pesos por unidade, e anunciou uma flexibilização das restrições às pessoas físicas para a compra de dólares para poupar.
A medida busca descomprimir a compra de dólares no mercado paralelo, onde a moeda chegou a 13 pesos na semana passada e recuou para 11,70 após o anúncio.
A Argentina enfrenta uma escassez de dólares provocada por uma série de fatores: a falta de confiança no governo e incerteza sobre o rumo da economia; inflação de quase 29% em 2013; superávit comercial de 2013 em nível 27% inferior ao de 2012, baixando para US$ 9 bilhões; ausência de investimentos externos e dificuldades de financiamento externo em consequência da dívida que entrou em default em 2001 e permanece irregular com o Clube de Paris e com 7% dos fundos credores que não entraram na reestruturação de 2005 e 2010.
Os supermercadistas já anunciaram que a alta do dólar no câmbio oficial vai repercutir nos preços dos produtos, incluindo os itens que fazem parte da cesta do congelamento iniciado em 6 de janeiro. As vendas de automóveis, eletroeletrônicos e outros bens importados ou que possuem elevado conteúdo de partes importadas estão paralisadas, à espera do comportamento do câmbio oficial nesta semana.
O governo já havia indicado que o nível alcançado na sexta-feira é o adequado para a economia argentina e o Banco Central teve que intervir com a venda de US$ 160 milhões para manter o nível de 8 pesos. Porém, o mercado desconfia da capacidade de fogo das reservas do BC, na casa dos US$ 29 bilhões.
Buenos Aires - A fórmula que a Administração Federal de Rendas Públicas (Afip) - a Receita Federal da Argentina - vai usar para permitir a compra de dólares para investimento a partir desta segunda-feira, fixa um limite de 20% do salário declarado pelo comprador. A fórmula foi publicada pelo organismo em sua página web ( http://www.afip.gov.ar/comBCRA/ ).
Antes, o chefe de Gabinete de Ministros, Jorge Capitanich, havia antecipado que só poderá comprar dólares legalmente, pelo câmbio oficial, pessoas com salário acima de 7.200 pesos e respeitando um limite de US$ 2 mil por mês.
Para ilustrar: 20% de 7.200 são 1.440 pesos, o que, ao câmbio de 8 pesos, dá US$ 180. Segundo o ministro, todos os movimentos sobre a compra de dólares serão publicados na página da Afip, diferentemente do que ocorreu no início dos controles para a compra de dólares para investimento, em 2012.
Naquela ocasião, não havia um critério definido para rejeitar os pedidos de compra, tampouco havia informações sobre as operações realizadas.
Na última sexta-feira, o governo validou uma forte desvalorização da moeda nacional, em um nível de 8 pesos por unidade, e anunciou uma flexibilização das restrições às pessoas físicas para a compra de dólares para poupar.
A medida busca descomprimir a compra de dólares no mercado paralelo, onde a moeda chegou a 13 pesos na semana passada e recuou para 11,70 após o anúncio.
A Argentina enfrenta uma escassez de dólares provocada por uma série de fatores: a falta de confiança no governo e incerteza sobre o rumo da economia; inflação de quase 29% em 2013; superávit comercial de 2013 em nível 27% inferior ao de 2012, baixando para US$ 9 bilhões; ausência de investimentos externos e dificuldades de financiamento externo em consequência da dívida que entrou em default em 2001 e permanece irregular com o Clube de Paris e com 7% dos fundos credores que não entraram na reestruturação de 2005 e 2010.
Os supermercadistas já anunciaram que a alta do dólar no câmbio oficial vai repercutir nos preços dos produtos, incluindo os itens que fazem parte da cesta do congelamento iniciado em 6 de janeiro. As vendas de automóveis, eletroeletrônicos e outros bens importados ou que possuem elevado conteúdo de partes importadas estão paralisadas, à espera do comportamento do câmbio oficial nesta semana.
O governo já havia indicado que o nível alcançado na sexta-feira é o adequado para a economia argentina e o Banco Central teve que intervir com a venda de US$ 160 milhões para manter o nível de 8 pesos. Porém, o mercado desconfia da capacidade de fogo das reservas do BC, na casa dos US$ 29 bilhões.