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Apple supera estimativa em balanço do 3º trim., mas queda de vendas na China liga alerta no mercado

Companhia não consegue crescer o volume de vendas no país asiático, onde enfrenta maior concorrência contra fabricantes locais de smartphones

Apple: ações recuam no pós-mercado, após divulgação de balanço (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 31 de outubro de 2024 às 18h33.

Última atualização em 31 de outubro de 2024 às 20h20.

A Apple apresentou lucro de US$ 14,7 bilhões em seu balanço do terceiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira, 31, representando queda anual de aproximadamente 36%. O resultado foi impactado por um ajuste devido à decisão da União Europeia, que determinou que a Apple deve pagar até € 13 bilhões em impostos atrasados à Irlanda. Como consequência, a Apple antecipou um encargo fiscal de até US$ 10 bilhões para o quarto trimestre fiscal.

O impacto, no entanto, já era esperado pelos analistas. Mesmo com a queda de lucro, a companhia superou em 4 centavos as estimativas do mercado para o lucro por ação, que ficou em US$ 1,64. Já o faturamento da empresa registrou aumento de 6%, alcançando US$ 94,9 bilhões, ligeiramente acima do consenso de mercado de US$ 94,5 bilhões.

A alta no faturamento foi puxada principalmente pelas vendas de iPhone, que somaram US$ 46,2 bilhões, crescimento de 5,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, impulsionadas pelo lançamento da linha iPhone 16.

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Além disso, o segmento de serviços, que inclui a App Store e assinaturas como o Apple Music, teve crescimento expressivo, alcançando US$ 24,97 bilhões em receita.

Fator China

Apesar de ter superado as estimativas do mercado para o trimestre, as ações da Apple são negociadas em queda no pós-mercado desta quinta-feira.

Esse movimento reflete a apreensão com o desempenho da companhia na China, onde as vendas recuaram levemente de US$ 15,08 bilhões para US$ 15,03 bilhões em relação ao ano anterior.

Essa redução evidencia os desafios que a empresa enfrenta no mercado chinês, incluindo a concorrência acirrada de fabricantes locais como Huawei, Xiaomi e Vivo, que têm lançado dispositivos cada vez mais avançados e competitivos. Políticas governamentais e a preferência dos consumidores por marcas nacionais também têm impactado negativamente as vendas da Apple na região.

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