Exame Logo

Após tombo da terça, Bovespa tenta se ancorar no exterior

Por enquanto, a indefinição dos mercados internacionais contribui para certa lateralidade no âmbito doméstico, mas os dados econômicos dos EUA ainda podem surpreender

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa tinha leve alta de 0,07%, aos 54.925,62 pontos (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 10h35.

São Paulo - Depois da inesperada queda de terça-feira o mais conveniente seria que a Bovespa ficasse de lado nesta quarta-feira.

Mas há dúvidas sobre se os investidores não estariam dispostos em testar a profundidade do poço no qual os negócios locais com risco caíram, em meio às incertezas sobre o cenário econômico brasileiro.

Por enquanto, a indefinição dos mercados internacionais contribui para certa lateralidade no âmbito doméstico, mas os dados econômicos do dia nos Estados Unidos ainda podem surpreender.

Às 10h05, o Ibovespa tinha leve alta de 0,07%, aos 54.925,62 pontos.

No mesmo horário, em Wall Street, o futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,03%, perdendo força após a decepção com a pesquisa da ADP sobre a criação de vagas de emprego no setor privado norte-americano.

Em março, foram abertos 158 mil postos de trabalho nos EUA, ante previsão de +192 mil. Ainda por lá, às 11 horas, sai o índice ISM do setor de serviços no mês passado.

A depender da reação das Bolsas de Nova York aos dados, a pressão vendedora na Bolsa pode ficar maior, já que na véspera a queda de 1,81% no pregão ocorreu na contramão do desempenho dos principais pares financeiros no exterior.

Em contrapartida, a Bolsa brasileira não tem encontrado forças para segurar-se no azul.

Por isso, observa um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, "seria bom que a Bolsa ficasse no 0 a 0".


Dados da BM&F Bovespa atualizados até terça-feira mostram que os "gringos" estão apostando na queda do derivativo com 152.163 contratos em aberto.

Em valores, essa posição representa R$ 8,3 bilhões, considerando-se a pontuação de fechamento do contrato de Ibovespa com vencimento em abril. Já no mercado à vista, o superávit de capital externo está em R$ 8,536 bilhões no acumulado de 2013 até março.

Os aportes estrangeiros entre as ações brasileiras são maiores do que os R$ 4,780 bilhões registrados no mesmo período de 2012. Porém, ao final de março do ano passado, a posição vendida dos não-residentes em Ibovespa futuro contava com pouco mais de 5 mil contratos em aberto.

O operador citado acima, que falou sob a condição de não ser identificado, chama a atenção para a contraparte dos investidores estrangeiros no mercado à vista. "Se o gringo está comprando ações, o local é quem está vendendo", observa, referindo-se aos investidores institucionais nacionais, instituições financeiras e pessoas físicas.

Ainda segundo a BM&F, o conjuntos desses investidores vendeu R$ 1,848 bilhão em ações, no mercado à vista, apenas no mês passado.

Veja também

São Paulo - Depois da inesperada queda de terça-feira o mais conveniente seria que a Bovespa ficasse de lado nesta quarta-feira.

Mas há dúvidas sobre se os investidores não estariam dispostos em testar a profundidade do poço no qual os negócios locais com risco caíram, em meio às incertezas sobre o cenário econômico brasileiro.

Por enquanto, a indefinição dos mercados internacionais contribui para certa lateralidade no âmbito doméstico, mas os dados econômicos do dia nos Estados Unidos ainda podem surpreender.

Às 10h05, o Ibovespa tinha leve alta de 0,07%, aos 54.925,62 pontos.

No mesmo horário, em Wall Street, o futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,03%, perdendo força após a decepção com a pesquisa da ADP sobre a criação de vagas de emprego no setor privado norte-americano.

Em março, foram abertos 158 mil postos de trabalho nos EUA, ante previsão de +192 mil. Ainda por lá, às 11 horas, sai o índice ISM do setor de serviços no mês passado.

A depender da reação das Bolsas de Nova York aos dados, a pressão vendedora na Bolsa pode ficar maior, já que na véspera a queda de 1,81% no pregão ocorreu na contramão do desempenho dos principais pares financeiros no exterior.

Em contrapartida, a Bolsa brasileira não tem encontrado forças para segurar-se no azul.

Por isso, observa um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, "seria bom que a Bolsa ficasse no 0 a 0".


Dados da BM&F Bovespa atualizados até terça-feira mostram que os "gringos" estão apostando na queda do derivativo com 152.163 contratos em aberto.

Em valores, essa posição representa R$ 8,3 bilhões, considerando-se a pontuação de fechamento do contrato de Ibovespa com vencimento em abril. Já no mercado à vista, o superávit de capital externo está em R$ 8,536 bilhões no acumulado de 2013 até março.

Os aportes estrangeiros entre as ações brasileiras são maiores do que os R$ 4,780 bilhões registrados no mesmo período de 2012. Porém, ao final de março do ano passado, a posição vendida dos não-residentes em Ibovespa futuro contava com pouco mais de 5 mil contratos em aberto.

O operador citado acima, que falou sob a condição de não ser identificado, chama a atenção para a contraparte dos investidores estrangeiros no mercado à vista. "Se o gringo está comprando ações, o local é quem está vendendo", observa, referindo-se aos investidores institucionais nacionais, instituições financeiras e pessoas físicas.

Ainda segundo a BM&F, o conjuntos desses investidores vendeu R$ 1,848 bilhão em ações, no mercado à vista, apenas no mês passado.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame