Após sondagem do BC, dólar encerra abaixo de R$ 2,08
A divisa norte-americana só não registrou maior recuo por conta dos temores ligados à situação da Itália, afirmaram estrategistas
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 16h54.
São Paulo - O dólar permaneceu com sinal negativo durante o dia, refletindo a sondagem do Banco Central, na sexta-feira, sobre leilão de moeda e as declarações do diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, nesta segunda-feira. A moeda abriu em baixa, mas ainda acima do patamar de R$ 2,08.
Pouco antes de o diretor do BC dizer que "o dólar está acima do modelo do BC", a moeda havia tocado a máxima de R$ 2,0840 (-0,14%). Depois das declarações, o dólar aprofundou o declínio para, ao fim do pregão, encerrar cotado a R$ 2,0780 no mercado à vista de balcão, em baixa de 0,43%.
Nesta segunda-feira, o BC não fez leilão de moeda até o fechamento do dólar spot. Na sexta-feira, o BC havia sondado o mercado para leilão de linha e para swap cambial. O mercado à vista estava fechado na ocasião e, por isso, a reação no momento ficou concentrada no mercado futuro, que inverteu sinal de alta para declínio.
"Hoje, o mercado (spot) vem em queda depois da sinalização do BC. O mercado assimilou o recado dado na sexta-feira", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora de Câmbio, Reginaldo Siaca. O profissional cita que a fala de hoje do diretor do BC é semelhante à que foi veiculada por intermédio de fontes da autoridade monetária na quinta-feira passada, de que a taxa de câmbio "tem muita espuma".
Nesta segunda-feira, Mendes citou que há gordura no câmbio, porque o dólar está cotado acima do modelo do Banco Central. Para o sócio-gerente da Onnix Corretora de Câmbio, Vanderlei Muniz, "se o dólar for a R$ 2,15 ou a R$ 2,20, a inflação volta a subir de novo".
O estrategista considera a possibilidade de o dólar cair para um nível entre R$ 2,04 e R$ 2,05. "A tendência é que isso aconteça. Pois houve mudança em regras que deve fazer com que, no curto e médio prazos, haja entrada de dólares de novo. Empresas grandes vão utilizar financiamento barato lá de fora", observou Muniz, em referência à alteração, anunciada na última semana, nas regras de pagamento antecipado e IOF sobre empréstimos externos.
Aldo Mendes reiterou as afirmações de que o "BC está pronto para garantir a liquidez necessária. Iremos oferecer a moeda que a economia demandar", afirmou, em seminário no Rio de Janeiro.
Na máxima do dia, a moeda à vista bateu em R$ 2,0840 no balcão e tocou em R$ 2,0760, na mínima do dia. O giro financeiro somava US$ 1,319 bilhão (US$ 1,256 bilhão em D+2) pouco depois das 16h30. Na BM&F, a moeda spot fechou cotada a R$ 2,0785, com recuo de 0,11% e 16 negócios. Perto das 17 horas, o dólar para janeiro de 2013 era cotado a R$ 2,0825, em alta de 0,02%.
A percepção de estrategistas é de que o dólar futuro só não recuou mais em razão dos temores ligados à Itália. O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, comunicou ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, que ficará no cargo somente até o Parlamento aprovar o orçamento de 2013, o que deverá ocorrer no fim de dezembro ou no começo de janeiro. Monti disse que os mercados financeiros não deveriam "temer um vácuo político" no país.
Mais cedo, pesou sobre a moeda australiana a divulgação de números fracos para o comércio exterior da China, com exportações subindo 2,9% em novembro ante o mesmo mês de 2011.
São Paulo - O dólar permaneceu com sinal negativo durante o dia, refletindo a sondagem do Banco Central, na sexta-feira, sobre leilão de moeda e as declarações do diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, nesta segunda-feira. A moeda abriu em baixa, mas ainda acima do patamar de R$ 2,08.
Pouco antes de o diretor do BC dizer que "o dólar está acima do modelo do BC", a moeda havia tocado a máxima de R$ 2,0840 (-0,14%). Depois das declarações, o dólar aprofundou o declínio para, ao fim do pregão, encerrar cotado a R$ 2,0780 no mercado à vista de balcão, em baixa de 0,43%.
Nesta segunda-feira, o BC não fez leilão de moeda até o fechamento do dólar spot. Na sexta-feira, o BC havia sondado o mercado para leilão de linha e para swap cambial. O mercado à vista estava fechado na ocasião e, por isso, a reação no momento ficou concentrada no mercado futuro, que inverteu sinal de alta para declínio.
"Hoje, o mercado (spot) vem em queda depois da sinalização do BC. O mercado assimilou o recado dado na sexta-feira", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora de Câmbio, Reginaldo Siaca. O profissional cita que a fala de hoje do diretor do BC é semelhante à que foi veiculada por intermédio de fontes da autoridade monetária na quinta-feira passada, de que a taxa de câmbio "tem muita espuma".
Nesta segunda-feira, Mendes citou que há gordura no câmbio, porque o dólar está cotado acima do modelo do Banco Central. Para o sócio-gerente da Onnix Corretora de Câmbio, Vanderlei Muniz, "se o dólar for a R$ 2,15 ou a R$ 2,20, a inflação volta a subir de novo".
O estrategista considera a possibilidade de o dólar cair para um nível entre R$ 2,04 e R$ 2,05. "A tendência é que isso aconteça. Pois houve mudança em regras que deve fazer com que, no curto e médio prazos, haja entrada de dólares de novo. Empresas grandes vão utilizar financiamento barato lá de fora", observou Muniz, em referência à alteração, anunciada na última semana, nas regras de pagamento antecipado e IOF sobre empréstimos externos.
Aldo Mendes reiterou as afirmações de que o "BC está pronto para garantir a liquidez necessária. Iremos oferecer a moeda que a economia demandar", afirmou, em seminário no Rio de Janeiro.
Na máxima do dia, a moeda à vista bateu em R$ 2,0840 no balcão e tocou em R$ 2,0760, na mínima do dia. O giro financeiro somava US$ 1,319 bilhão (US$ 1,256 bilhão em D+2) pouco depois das 16h30. Na BM&F, a moeda spot fechou cotada a R$ 2,0785, com recuo de 0,11% e 16 negócios. Perto das 17 horas, o dólar para janeiro de 2013 era cotado a R$ 2,0825, em alta de 0,02%.
A percepção de estrategistas é de que o dólar futuro só não recuou mais em razão dos temores ligados à Itália. O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, comunicou ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, que ficará no cargo somente até o Parlamento aprovar o orçamento de 2013, o que deverá ocorrer no fim de dezembro ou no começo de janeiro. Monti disse que os mercados financeiros não deveriam "temer um vácuo político" no país.
Mais cedo, pesou sobre a moeda australiana a divulgação de números fracos para o comércio exterior da China, com exportações subindo 2,9% em novembro ante o mesmo mês de 2011.