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Após Fomc, dólar amplia perda e DIs encerram nas mínimas

A leitura de que o Federal Reserve não deve subir os juros empurrou a moeda para baixo e ela foi renovando as mínimas no mercado doméstico

Dólar: moeda terminou a sessão em queda de 1,15%, a R$ 2,23 (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2014 às 17h18.

São Paulo - Depois de uma abertura em alta, o dólar passou a cair no mercado doméstico e esse movimento se aprofundou substancialmente após o resultado da reunião do Fomc.

A leitura de que o Federal Reserve não deve subir os juros empurrou a moeda para baixo e ela foi renovando as mínimas no mercado doméstico.

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O dólar terminou a sessão em queda de 1,15%, a R$ 2,23, depois de marcar, na máxima, R$ 2,2610 (+0,22%) e, na mínima, R$ 2,2290 (-1,20%).

No mercado futuro, a moeda para julho registrava retração de 1,48%, a R$ 2,2360 às 16h38. O giro à vista totalizava R$ 1,090 bilhão sendo R$ 888,9 milhões em D+2.

No início do dia, a moeda operou em alta, em meio a essa liquidez mais reduzida.

Mas o movimento não se sustentou e a queda veio durante o leilão de swap cambial diário, quando foram vendidos os 4 mil contratos ofertados.

Como a tendência no exterior era de queda, aqui passou a acompanhar, também aproveitando para se ajustar à alta de ontem.

A trajetória de baixa se aprofundou de fato após a reunião do Fomc. O Federal Reserve sinalizou que deve manter os juros em patamares baixos até meados de 2015.

Em entrevista na sequência ao encontro, a presidente da autoridade monetária, Janet Yellen, afirmou que as diretrizes futuras do banco central implicam que o momento do primeiro aumento das taxas de juros dependerá do progresso no alcance das metas da instituição - máximo emprego e inflação a 2%.

"Não vamos mirar um único indicador, como a taxa de desemprego", afirmou.

"Vamos olhar para uma ampla série de indicadores." Ou seja, tudo deve continuar como está por um bom tempo, o que levou os juros dos Treasuries para as mínimas, puxou o dólar para baixo e também os juros domésticos.

Yellen apontou ainda que existe incerteza dentro do Fomc sobre a política monetária e que o caminho das taxas de juros vai depender dos acontecimentos econômicos.

"Existe uma série de opiniões diferentes sobre os juros entre membros do Fed", afirmou.

No encontro, os membros do Fomc, no entanto, preveem uma elevação dos juros levemente mais íngreme em 2015 e 2016, mas taxas de juros de longo prazo um pouco menores.

Pelo comunicado, 9 dos 16 membros do Fomc veem a taxa de juros em/ou abaixo de 2,5% até o fim de 2016, enquanto 15 dos 16 membros veem taxas de juros em 0,25% ou abaixo até o fim de 2014.

Para o Fed, os indicadores do mercado de trabalho, em geral, mostraram melhora adicional, enquanto a taxa de desemprego diminuiu, embora continue elevada.

Além disso, o crescimento da atividade econômica se recuperou nos últimos meses e os gastos do consumidor parecem estar crescendo moderadamente.

O Fomc prevê inflação de 1,5% a 1,7% em 2014, de 1,5% a 2% em 2015 e de 1,6% a 2% em 2016.

Anthony Valeri, estrategista de investimentos da LPL Financial, assinalou que o Fed cortou de 4% para 3,75% a previsão sobre a meta para a taxa dos Fed funds no longo prazo, o que tranquiliza os investidores de que a instituição não vai apertar agressivamente a política monetária, estimulando a compra de títulos.

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