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Após ata do Fed, Bovespa renova máxima em quase 2 anos

O Ibovespa saiu do vermelho no meio da tarde para fechar em alta de 0,8 por cento, a 59.323 pontos, máxima de fechamento desde 5 de setembro de 2014

Bovespa: "Vimos na ata um discurso um pouco menos forte do que alguns do membros do Fomc vinham indicando" (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 18h28.

São Paulo -  As ações brasileiras reverteram a direção e fecharam em alta nesta quarta-feira, após a ata da última reunião de política monetária dos Estados Unidos mostrar que ainda não há consenso para uma alta em breve dos juros na maior economia do mundo, o que também levantou Wall Street e os preços do petróleo.

Após a queda na véspera, com investidores temendo que a ata mostrasse uma disposição mais clara do Federal Reserve de elevar os juros nos EUA, o Ibovespa saiu do vermelho no meio da tarde para fechar em alta de 0,8 por cento, a 59.323 pontos, máxima de fechamento desde 5 de setembro de 2014. No pior momento do dia, o Ibovespa chegou a recuar 1,32 por cento.

Inflado pelo vencimento dos contratos de opções sobre Ibovespa, o giro financeiro da sessão atingiu 21,2 bilhões de reais.

Os principais índices acionários norte-americanos e o petróleo também reverteram a direção e fecharam em alta, com a leitura de que a manutenção do juro dos EUA perto do zero por mais tempo levará investidores a buscar ativos de maior risco.

"Vimos na ata um discurso um pouco menos forte do que alguns do membros do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) vinham indicando recentemente", disse o analista Rafael Ohmachi, da Guide Investimentos.

"Isso levou o mercado a alguns ajustes de posições." Com isso, algumas das ações mais líquidas do mercado doméstico, ligadas a commodities, lideraram a reviravolta, com destaque para Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos.

Destaques

- GERDAU METALÚRGICA deu um salto de 7,7 por cento, seguindo a escalada iniciada na segunda-feira, após analistas do BTG Pactual reiterarem recomendação de compra dos papéis, por crerem em um cenário positivo para preços de aços longos/vergalhão no Brasil.

- PETROBRAS subiu 2,16 por cento nas preferenciais e de 1,7 por cento nas ordinárias, na esteira da revirada para cima do preço do petróleo .

- USIMINAS subiu 1,03 por cento e GERDAU ganhou 3,4 por cento. CSN foi na contramão e perdeu 1,8 por cento, refletindo o temor com o nível de endividamento da siderúrgica e os planos de venda de ativos.

- VALE fechou com as preferenciais em alta de 0,12 por cento e as ordinárias com ganho de 0,7 por cento.

- BM&FBOVESPA também ganhou força no final e fechou com valorização de 1,46 por cento, após a Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) retirar da pauta o julgamento do caso fiscal envolvendo um multa bilionária para a companhia.

- CEMIG perdeu 1,7 por cento, após o fracasso do leilão de privatização da distribuidora Celg-D, uma vez que a elétrica figura na lista de companhias do setor que precisam vender ativos não essenciais para reduzir a alavancagem.

- ITAÚ UNIBANCO deu a maior contribuição positiva para o índice, devido ao seu grande peso, ao subir 1,3 por cento.

Texto atualizado às 18h28

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São Paulo -  As ações brasileiras reverteram a direção e fecharam em alta nesta quarta-feira, após a ata da última reunião de política monetária dos Estados Unidos mostrar que ainda não há consenso para uma alta em breve dos juros na maior economia do mundo, o que também levantou Wall Street e os preços do petróleo.

Após a queda na véspera, com investidores temendo que a ata mostrasse uma disposição mais clara do Federal Reserve de elevar os juros nos EUA, o Ibovespa saiu do vermelho no meio da tarde para fechar em alta de 0,8 por cento, a 59.323 pontos, máxima de fechamento desde 5 de setembro de 2014. No pior momento do dia, o Ibovespa chegou a recuar 1,32 por cento.

Inflado pelo vencimento dos contratos de opções sobre Ibovespa, o giro financeiro da sessão atingiu 21,2 bilhões de reais.

Os principais índices acionários norte-americanos e o petróleo também reverteram a direção e fecharam em alta, com a leitura de que a manutenção do juro dos EUA perto do zero por mais tempo levará investidores a buscar ativos de maior risco.

"Vimos na ata um discurso um pouco menos forte do que alguns do membros do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) vinham indicando recentemente", disse o analista Rafael Ohmachi, da Guide Investimentos.

"Isso levou o mercado a alguns ajustes de posições." Com isso, algumas das ações mais líquidas do mercado doméstico, ligadas a commodities, lideraram a reviravolta, com destaque para Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos.

Destaques

- GERDAU METALÚRGICA deu um salto de 7,7 por cento, seguindo a escalada iniciada na segunda-feira, após analistas do BTG Pactual reiterarem recomendação de compra dos papéis, por crerem em um cenário positivo para preços de aços longos/vergalhão no Brasil.

- PETROBRAS subiu 2,16 por cento nas preferenciais e de 1,7 por cento nas ordinárias, na esteira da revirada para cima do preço do petróleo .

- USIMINAS subiu 1,03 por cento e GERDAU ganhou 3,4 por cento. CSN foi na contramão e perdeu 1,8 por cento, refletindo o temor com o nível de endividamento da siderúrgica e os planos de venda de ativos.

- VALE fechou com as preferenciais em alta de 0,12 por cento e as ordinárias com ganho de 0,7 por cento.

- BM&FBOVESPA também ganhou força no final e fechou com valorização de 1,46 por cento, após a Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) retirar da pauta o julgamento do caso fiscal envolvendo um multa bilionária para a companhia.

- CEMIG perdeu 1,7 por cento, após o fracasso do leilão de privatização da distribuidora Celg-D, uma vez que a elétrica figura na lista de companhias do setor que precisam vender ativos não essenciais para reduzir a alavancagem.

- ITAÚ UNIBANCO deu a maior contribuição positiva para o índice, devido ao seu grande peso, ao subir 1,3 por cento.

Texto atualizado às 18h28

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