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Após cair 4% na semana passada, bolsa fechará a sexta-feira em alta?

Bolsas asiáticas fecharam em leve queda nesta sexta-feira 7

China: casos de coronavírus no país passaram de 30.000 (Stringer/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 07h10.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2020 às 08h01.

São Paulo — A bolsa brasileira vinha de uma alta acumulada de 1,2% na semana, até que a quinta-feira 6 colocou água no chope e o Ibovespa caiu 0,72%.

A dúvida que fica é como os índices se comportarão nesta sexta-feira 7, com divulgação do índice de inflação (IPCA), baixa histórica de juros e, no mundo, novas altas do número de casos de coronavírus e uma melhora na relação China-EUA com redução das tarifas por parte do governo chinês.

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O número de mortes causadas pelo coronavírus subiu para 636 no boletim oficial do governo chinês, com 31.161 infectados. O total de casos praticamente dobrou nesta semana. O governo chinês também confirmou a morte do médico que primeiro alertou os colegas sobre o coronavírus, o oftalmologista Li Wenliang, 34 anos, que foi infectado por seus pacientes antes que se soubesse que o coronavírus era transmitido entre pessoas.

Quando primeiro alertou sobre o caso, Wenliang foi avisado pelo governo chinês para não espalhar boatos falsos. A morte do médico pode levantar desconfiança entre os profissionais de saúde na China e prejudicar a resposta ao vírus.

Na Ásia, a sexta-feira começou com bolsas em queda ou em altas pequenas. Os índices de Xangai e Shenzhen subiram 0,3% e 0,01%, respectivamente. O índice MSCI (que tem ações de Ásia e Pacífico, menos do Japão) caiu 0,9% nesta sexta-feira. No Japão, na Coreia do Sul e em Hong Kong, as quedas ficaram entre 0,5% e 1,2%.

As bolsas chinesas estavam paralisadas pelo feriado do ano novo local e só voltaram na segunda-feira, quando tiveram queda de 8%. Desde então, os mercados vêm em alta, mas não o suficiente para fazer as bolsas da China recuperarem os 400 bilhões de dólares perdidos na segunda-feira e fecharem em sua pior semana em oito meses.

Devido à emergência do vírus, a agência de risco S&P reduziu a previsão de crescimento da China neste ano de 5,7% para 5% na madrugada desta sexta-feira. O governador do Banco do Povo da China , Pan Gongsheng, disse em conferência também nesta sexta-feira que, apesar do coronavírus, o país é capaz de manter seu crescimento econômico e que o mercado chinês está se tornando mais maduro e resiliente.

A extensão dos efeitos do coronavírus na economia chinesa — e, por consequência, no resto do mundo — é um dos principais motivos que fez as bolsas caírem na semana passada. A epidemia acabou por isolar importantes cidades chineses do restante do mundo justamente em um momento no qual a economia do país está em desaceleração.

Uma série de empresas também está com as portas fechadas. Segundo a Bloomberg, 14 regiões chinesas estenderam o feriado do ano novo até o dia 14 de fevereiro. Juntas, essas regiões foram responsáveis por 69% da riqueza gerada no país em 2019 e eram a fonte de 78% das exportações do país no ano passado.

No Brasil, para além dos desdobramentos na China, a bolsa também pode responder nesta quinta-feira a movimentações no setor varejista após a compra da operação brasileira da Nike pela Centauro, o que fez as ações da Centauro subirem 14% — e levou a queda dos concorrentes no pregão de ontem.

Na semana passada, o Ibovespa acumulou queda de 4%, acompanhando as baixas de bolsas mundo afora devido ao coronavírus. O recuo de ações de grande peso, como Petrobras e Vale, que temem queda nas exportações para a China, ajudaram a puxar o índice para baixo.

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