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Após abrir estável, dólar à vista passa a recuar

O ajuste negativo acompanha o mercado futuro da BM&FBovespa, onde o contrato de dólar para novembro de 2012 opera em baixa desde o começo dos negócios

Notas de dólar (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2012 às 10h16.

São Paulo - O dólar no mercado à vista de balcão abriu há pouco em estabilidade e na máxima até o momento, a R$ 2,040, mas logo depois testou o campo negativo. Até 9h37, a mínima foi de R$ 2,0380, baixa de 0,10%. O ajuste negativo acompanha o mercado futuro da BM&FBovespa, onde o contrato de dólar para novembro de 2012 opera em baixa desde o começo dos negócios. Às 9h37, o dólar para novembro caía 0,24%, a R$ 2,0440, após tocar mínima de R$ 2,0430 (-0,29%) e máxima em R$ 2,0470 (-0,10%).

Apesar dessas perdas iniciais, alguns operadores do mercado de câmbio consideram possível uma realização de lucros pontual durante a sessão, já que o dólar vem se mantendo acima do patamar de R$ 2,04 há alguns dias. "Isso dependerá de uma melhora do humor do mercado externo ao longo do dia", disse uma fonte de tesouraria de um banco.

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Até agora, os principais fatores que estão pressionando o dólar para baixo no exterior e no Brasil são a alta dos preços futuros das commodities (petróleo e algumas agrícolas e metálicas) e a valorização do euro, após a agência Standard & Poor's rebaixar na quarta-feira (10) a Espanha e deixar o país à beira do grau especulativo.

No final da tarde de quarta-feira(10), a S&P reduziu o rating da Espanha em dois graus, para 'BBB-', e manteve a perspectiva negativa do país. A expectativa nos mercados é de que ação da S&P deve elevar a pressão para que o primeiro-ministro (Mariano Rajoy) procure assistência externa, talvez já na próxima cúpula da (União Europeia), nos dias 18 e 19 de outubro.

De imediato, as atenções dos agentes financeiros estão voltadas para as reuniões dos líderes do Fundo Monetário Internacional e do G-7 para discutir medidas para solucionar os problemas da dívida da zona do euro. Às 9h45, o euro estava em US$ 1,2925, de US$ 1,2875 no fim da tarde de quarta-feira (10). O dólar norte-americano recuava em relação ao dólar australiano (-0,47%), ao dólar canadense (-0,36%), à rupia indiana (-0,69%) e ao dólar neozelandês (-0,11%).

No Brasil, a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de baixar a Selic de 7,50% para 7,25% colabora para reduzir o diferencial de taxas entre o Brasil e outros países no mundo, disse o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A redução dos juros nos ajuda a diminuir a arbitragem e a impedir a valorização do real", afirmou ele na quarta-feira (10) à noite, depois de participar de uma reunião dos Brics, em Tóquio. Perguntado sobre o que ele espera para a próxima reunião do Copom, Mantega disse: "eu não espero nada."

Para o mesmo operador citado acima, a decisão do Copom deve mexer pouco com o mercado de câmbio, porque já tinha sido precificada pelos agentes financeiros e a decisão não foi unânime. "Como houve divisão no placar da reunião - cinco membros votaram a favor do corte e três pela manutenção -, o mercado passou a avaliar que o ciclo de afrouxamento monetário poderá ser interrompido em novembro. "Pode ser praticamente neutro hoje o impacto sobre o câmbio", afirmou a fonte.

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