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Após 7 baixas seguidas, Bovespa sobe com exterior

Bolsa contou com a melhora dos mercados internacionais e conseguiu se firmar em terreno positivo no pregão do último dia da semana


	Bovespa, a bolsa brasileira
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa, a bolsa brasileira (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Sem conseguir fechar no azul desde a volta do carnaval, a Bovespa contou com a melhora dos mercados internacionais e conseguiu se firmar em terreno positivo no pregão desta sexta-feira. Mesmo com as blue chips Petrobras e Vale pressionando o índice à vista para baixo, as ações de bancos se sobressaíram e garantiram a trajetória de valorização, interrompendo uma sequência de sete fechamentos em baixa.

O Ibovespa encerrou em alta de 0,97%, aos 56.697,06 pontos. Na mínima, marcou 56.107 pontos (-0,09%) e, na máxima, foi aos 56.742 pontos (+1,05%). O giro financeiro somou R$ 8,936 bilhões (dado preliminar). Apesar do avanço nesta sessão, a Bolsa acumula queda de 5,13% no mês e de 6,98% no ano.

"A recuperação da Bovespa hoje foi mais técnica do que ligada a fundamentos. O patamar ao qual a Bolsa chegou é que está motivando essa reação", disse o chefe da mesa de operações da HSBC Corretora, André Moura. "Mas o mercado amanheceu com expectativa de alta maior da Bolsa hoje", ponderou.

O profissional destaca que o fato de o Ibovespa, após uma longa trajetória de queda, ter respeitado o suporte dos 55.500 pontos na véspera mostra que os investidores estão preferindo manter suas posições, acreditando em um ajuste de preços no curto prazo.

O setor bancário foi o destaque do dia. O IFNC, índice que reúne as ações do segmento financeiro, avançou 2,24%, puxando o Ibovespa para cima. Itaú Unibanco PN subiu 3,24%, as units do Santander avançaram 2,14%, Banco do Brasil ON teve alta de 1,70% e Bradesco PN registrou valorização de 2,06%.

O Banco Central anunciou na noite passada mais uma rodada de medidas para reduzir os custos das instituições, o que contribuiu para o movimento. As ações também foram impulsionadas diante da expectativa da criação, por parte do governo federal, de uma fonte de recursos públicos para os bancos privados financiarem investimentos de médio e longo prazos em infraestrutura. O anúncio está previsto para a próxima semana, segundo fontes ouvidas pelo Grupo Estado.

As blue chips Petrobras e Vale jogaram contra o Ibovespa, o que reflete a contínua saída de estrangeiros da Bolsa. No caso das ações da estatal, as ON tiveram baixa de 0,46% e as PN recuaram 0,98%. Os papéis ON da mineradora tiveram a maior queda do índice à vista, com perda de 2,67%, e os PNA apresentaram declínio de 2,07%.


Após a forte alta de mais de 11% no pregão anterior, as ações da OGX subiram praticamente durante todo o dia, em reação à notícia de que o empresário Eike Batista estaria interessado em vender participações em blocos petrolíferos da companhia. Mas, nos momentos finais do pregão, as ações viraram e encerraram em queda de 0,28%.

Os destaques de alta do Ibovespa foram Gafisa ON, com ganho de 8,44%. Em seguida, apareceram Suzano PNA (+6,48%), Brookfield ON (+6,08%), MMX ON (5,94%) e BR Foods ON (+5,08%).

As principais quedas do dia, além de Vale ON, foram JBS ON (-2,61%), Usiminas ON (-2,56%), Bradespar PN (-2,52%) e Br Malls ON (-2,50%).

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