Ambev tem melhor reputação entre empresas da Bolsa
A reputação corporativa da companhia contribui com 45,4% do valor de mercado da empresa
Karla Mamona
Publicado em 29 de novembro de 2017 às 10h14.
São Paulo - A Ambev lidera pelo segundo ano consecutivo como a empresa com a melhor reputação na Bolsa. A reputação corporativa da companhia contribui com 45,4% do valor de mercado da empresa, 47,88 bilhões de dólares (cerca de 128 bilhões de reais) de valor para os acionistas.
Os dados fazem parte do relatório “2017 Brazil Reputation Dividend Report” realizado pela Reputation Dividend, em parceria, com a MZ Group e divulgado com exclusividade pela EXAME.com.
A RaiaDrogasil é a empresa com a segunda melhor reputação na B3. A companhia tem um prêmio de reputação de 38,4%, o que representa cerca de 3 bilhões de dólares. Já o terceiro lugar é ocupado pela B3, com prêmio de reputação de 38,1%, mais de 5 bilhões de dólares.
Na comparação com o ranking do ano passado, a B3 teve um aumento de quase 20 pontos percentuais. Segundo o estudo, o aumento pode ser explicado pela fusão com a Cetip, que foi bem recebida pelos investidores. Confira ranking abaixo.
Colocação | Empresa | Prêmio de Reputação | Valor da Reputação (em dólares) | Valor de Mercado da empresa (em dólares) |
---|---|---|---|---|
1º | Ambev | 45,40% | US$ 47,888 bilhões | US$ 105,587 bilhões |
2º | Raia Drogasil | 38,40% | US$ 3,097 bilhões | US$ 8,064 bilhões |
3º | B3 | 38,10% | US$ 5,278 bilhões | US$ 13,8 bilhões |
4º | Ultrapar | 38,10% | US$ 5,182 bilhões | US$ 13,599 bilhões |
5º | Lojas Renner | 37,20% | US$ 3,029 bilhões | US$ 8,151 bilhões |
6º | WEG | 36,80% | US$ 4,127 bilhões | US$ 11,219 bilhões |
7º | Bradesco | 36% | US$ 24,94 bilhões | US$ 69,211 bilhões |
8º | Itaú Unibanco | 35,70% | US$ 30,755 bilhões | US$ 86,215 bilhões |
9º | Lojas Americanas | 35,60% | US$ 3,015 bilhões | US$ 8,457 bilhões |
10º | Natura | 35,60% | US$ 1,505 bilhão | US$ 4,228 bilhões |
11º | Cielo | 34,90% | US$ 6,481 bilhões | US$ 18,592 bilhões |
12º | Grupo Pão de Açúcar | 33,10% | US$ 2,33 bilhões | US$ 7,035 bilhões |
13º | CPFL Energia | 32,20% | US$ 2,804 bilhões | US$ 8,722 bilhões |
14º | CCR | 31,30% | US$ 3,523 bilhões | US$ 11,254 bilhões |
15º | Hypermarcas | 29,10% | US$ 1,981 bilhão | US$ 6,796 bilhões |
16º | Vivo-Telefônica | 25,70% | US$ 6,47 bilhões | US$ 25,211 bilhões |
17º | Santander | 24,40% | US$ 8,57 bilhões | US$ 35,1 bilhões |
18º | Braskem | 24,40% | US$ 2,68 bilhões | US$ 10,984 bilhões |
19º | Gerdau | 24,10% | US$ 1,42 bilhão | US$ 5,89 bilhões |
20º | Banco do Brasil | 24,10% | US$ 7,993 bilhões | US$ 33,182 bilhões |
21º | Multipan | 22,40% | US$ 1,027 bilhão | US$ 4,594 bilhões |
22º | Kroton | 20,00% | US$ 1,979 bilhão | US$ 9,908 bilhões |
23º | TIM | 19,80% | US$ 1,796 bilhão | US$ 9,073 bilhões |
24º | Ergie Brasil | 18,90% | US$ 1,429 bilhão | US$ 7,575 bilhões |
25º | Klabin | 18,70% | US$ 1,119 bilhão | US$ 5,976 bilhões |
Recuperação econômica
As analisar as 25 companhias, o levantamento aponta o valor bruto das reputações das companhias chegou em 645 bilhões de reais, 24,4% do valor de mercado. Na comparação com o levantamento realizado no ano passado, o prêmio de reputação médio teve aumento de quase 9%.
O fundador da Reputation Dividend, Simon Cole, explica o aumento é um importante indicador da recuperação da economia.
“Ainda que muito crédito deva ser dado aos executivos e gestores das companhias pelos bons resultados reputacionais das principais empresas brasileiras, não deve haver complacência.”
Cole acrescenta ainda que apesar do aumento, manter a confiança de investidores é o desafio devido às turbulências geopolíticas e econômicas, que apesar de darem sinais de diminuição no curto prazo e as incertezas que elas criam geram ainda mais stress nas reputações.
Já o presidente do MZ Group, Rodolfo Zabisky, destaca neste momento econômico, a reputação corporativa “tornou-se uma parte tão intrínseca do processo de criação de valor que as melhores empresas estão cada vez mais olhando este ativo como uma alavanca de valor e não apenas, meramente, como mais um risco a ser gerenciado.”