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Alta em IPO no país anulada por pior queda de ações mundiais

Mercado de IPO está revertendo seu curso depois de concretizar sete vendas por US$7,8bi neste ano, quando Ibovespa despencou 18% desde seu pico em 3 de janeiro

Bovespa: a volatilidade de 90 dias do Ibovespa atingiu seu patamar mais alto em dez meses em agosto (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 16h05.

As ofertas públicas iniciais brasileiras estão se esgotando depois do melhor começo de ano desde 2007, já que os investidores fogem da volatilidade no mercado acionário importante de pior desempenho do mundo.

Nenhuma empresa brasileira concretizou uma venda desde que a CPFL Energias Renováveis SA arrecadou R$ 900 milhões em julho. A linha aérea brasileira administrada pelo fundador da JetBlue Airways Corp. cancelou um plano para vender até R$ 1 bilhão em ações no mês passado depois que a fabricante de cimento Votorantim Cimentos SA suspendesse uma venda por US$ 3,7 bilhões em junho.

O mercado de IPO está revertendo seu curso depois de concretizar sete vendas por US$ 7,8 bilhões neste ano, quando o Ibovespa despencou 18% desde seu pico de 3 de janeiro - a pior queda entre os 20 maiores índices de referência do mundo.

Mundialmente, 13 ofertas foram adiadas em 2013 e 91 retiradas, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. É improvável que os acordos brasileiros sejam revividos até que as oscilações nos preços se acalmem, segundo Joel Roberto, diretor de investment banking no Deutsche Bank AG, no Brasil.

“Os investidores estrangeiros, que continuam contribuindo com a maioria dos financiamentos da maior parte dos IPOs aqui, manterão sua cautela até essa volatilidade recuar”, disse Roberto em entrevista na sede do banco em São Paulo.

“As companhias que não precisam entrar no mercado público de capitais agora esperarão até o ano próximo em vez de aceitar valorizações descontadas”.

Volatilidade do Ibovespa

A volatilidade de 90 dias do Ibovespa atingiu seu patamar mais alto em dez meses em agosto. Os investidores estrangeiros representaram 42% das operações no maior mercado acionário da América Latina no mês passado, o menor nível desde fevereiro, segundo dados da bolsa.


Os investidores estrangeiros injetaram R$ 6,35 bilhões nas ações brasileiras neste ano até 2 de setembro, de acordo com os dados.

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA, a terceira maior linha aérea do Brasil segundo a participação no mercado, respondeu às perguntas por e-mail depois de cancelar sua abertura em 19 de agosto, afirmando que a decisão foi tomada devido às “condições macroeconômicas desfavoráveis”.

O Ibovespa tornou-se baixista em 11 de junho pela alta da inflação na maior economia da América Latina, que aconteceu mesmo com a estagnação do crescimento. O Banco Central aumentou a taxa básica de juros do país e os rendimentos dos títulos americanos atraíram dinheiro para fora dos mercados emergentes.

Oportunidade desperdiçada

As companhias que cancelaram ou adiaram suas aberturas tinham estabelecido estimativas de preços altas demais na busca de uma oportunidade “que já não está ali agora”, opinou Will Landers, gerente sênior de portfólio na BlackRock Advisors LLC, sediada em Princeton, Nova Jersey. “O Brasil é um grande interrogante para muitos investidores”, disse Landers em entrevista ao programa “Market Makers”, da Bloomberg Television. em 20 de agosto. “O mercado de aberturas do Brasil não é o lugar mais atrativo para estar”.

Embora as companhias menores estejam realizando IPOs e a principal medição das ações brasileiras volta a aumentar, com alta de 15% desde que atingiu o valor mais baixo em 3 de julho, a maioria dos potenciais vendedores provavelmente não tenha suficiente confiança para testar o mercado, explicou Sean Lynch, estrategista global de investimentos do Wells Fargo Private Bank, sediado em Omaha, Nebraska.

“Sendo que os mercados continuam muito deprimidos, as companhias poderiam fazer uma pausa”, disse Lynch em entrevista por telefone em 29 de agosto. “Elas esperarão até terem algumas certezas”

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As ofertas públicas iniciais brasileiras estão se esgotando depois do melhor começo de ano desde 2007, já que os investidores fogem da volatilidade no mercado acionário importante de pior desempenho do mundo.

Nenhuma empresa brasileira concretizou uma venda desde que a CPFL Energias Renováveis SA arrecadou R$ 900 milhões em julho. A linha aérea brasileira administrada pelo fundador da JetBlue Airways Corp. cancelou um plano para vender até R$ 1 bilhão em ações no mês passado depois que a fabricante de cimento Votorantim Cimentos SA suspendesse uma venda por US$ 3,7 bilhões em junho.

O mercado de IPO está revertendo seu curso depois de concretizar sete vendas por US$ 7,8 bilhões neste ano, quando o Ibovespa despencou 18% desde seu pico de 3 de janeiro - a pior queda entre os 20 maiores índices de referência do mundo.

Mundialmente, 13 ofertas foram adiadas em 2013 e 91 retiradas, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. É improvável que os acordos brasileiros sejam revividos até que as oscilações nos preços se acalmem, segundo Joel Roberto, diretor de investment banking no Deutsche Bank AG, no Brasil.

“Os investidores estrangeiros, que continuam contribuindo com a maioria dos financiamentos da maior parte dos IPOs aqui, manterão sua cautela até essa volatilidade recuar”, disse Roberto em entrevista na sede do banco em São Paulo.

“As companhias que não precisam entrar no mercado público de capitais agora esperarão até o ano próximo em vez de aceitar valorizações descontadas”.

Volatilidade do Ibovespa

A volatilidade de 90 dias do Ibovespa atingiu seu patamar mais alto em dez meses em agosto. Os investidores estrangeiros representaram 42% das operações no maior mercado acionário da América Latina no mês passado, o menor nível desde fevereiro, segundo dados da bolsa.


Os investidores estrangeiros injetaram R$ 6,35 bilhões nas ações brasileiras neste ano até 2 de setembro, de acordo com os dados.

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA, a terceira maior linha aérea do Brasil segundo a participação no mercado, respondeu às perguntas por e-mail depois de cancelar sua abertura em 19 de agosto, afirmando que a decisão foi tomada devido às “condições macroeconômicas desfavoráveis”.

O Ibovespa tornou-se baixista em 11 de junho pela alta da inflação na maior economia da América Latina, que aconteceu mesmo com a estagnação do crescimento. O Banco Central aumentou a taxa básica de juros do país e os rendimentos dos títulos americanos atraíram dinheiro para fora dos mercados emergentes.

Oportunidade desperdiçada

As companhias que cancelaram ou adiaram suas aberturas tinham estabelecido estimativas de preços altas demais na busca de uma oportunidade “que já não está ali agora”, opinou Will Landers, gerente sênior de portfólio na BlackRock Advisors LLC, sediada em Princeton, Nova Jersey. “O Brasil é um grande interrogante para muitos investidores”, disse Landers em entrevista ao programa “Market Makers”, da Bloomberg Television. em 20 de agosto. “O mercado de aberturas do Brasil não é o lugar mais atrativo para estar”.

Embora as companhias menores estejam realizando IPOs e a principal medição das ações brasileiras volta a aumentar, com alta de 15% desde que atingiu o valor mais baixo em 3 de julho, a maioria dos potenciais vendedores provavelmente não tenha suficiente confiança para testar o mercado, explicou Sean Lynch, estrategista global de investimentos do Wells Fargo Private Bank, sediado em Omaha, Nebraska.

“Sendo que os mercados continuam muito deprimidos, as companhias poderiam fazer uma pausa”, disse Lynch em entrevista por telefone em 29 de agosto. “Elas esperarão até terem algumas certezas”

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