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Agitação política beneficia Bolsa e instituições financeiras

Volume negociado na Bovespa cresceu 51% em março, na comparação com o mês anterior; mais operações também ampliam lucro das corretoras

Centro de controle da Bolsa: agitação política amplia volumes no mercado (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2016 às 17h36.

A turbulência política e econômica em que vive o Brasil neste ano, especialmente em março, têm causado reflexos visíveis tanto na economia como o mercado financeiro , com câmbio e bolsa oscilando bruscamente em curtíssimos espaços de tempo e um aumento considerável de operações e dos volumes negociados.

O segmento de ações na Bovespa da bolsa paulista, por exemplo, movimentou em média R$ 9,19 bilhões por dia durante o mês de março, ante R$ 6,07 bilhões diários registrados em fevereiro, numa alta de 51%. Já o segmento BM&F, de mercado futuro, totalizou 73.269.246 contratos negociados e volume financeiro de R$ 5,72 trilhões, ante 55.239.147 contratos e giro de R$ 4,54 trilhões em fevereiro, o que significa crescimentos de 33% e 26%, respectivamente.

Mas aquilo que parece ser uma grande tempestade para o investidor tem se mostrando uma grande janela de oportunidades e de lucro para as instituições financeiras. Segundo a assessoria de investimentos FN Capital, essa movimentação baseada em especulações do mercado, que surgem no aguardo do desfecho político, tem beneficiado as instituições financeiras que trabalham com intermediação de negócios.

Para o diretor de operações da própria FN Capital, Paulo Figueiredo, “apesar de essas oscilações serem péssimas para a economia do país e para a entrada de investidores estrangeiros, se avaliarmos os números, é inegável que as instituições financeiras estão lucrando em meio a essa crise política”.
A FN Capital viu seu volume de negócios crescer de maneira surpreendente, 85% nos negócios de renda variável e 62,5% no volume financeiro desde a divulgação delação de Delcídio do Amaral.

No segmento de renda fixa, também houve melhora, com um crescimento de negócios de 12% e um aumento do volume financeiro de 15,4%. Já no segmento de câmbio, o aumento de número de operações foi de 9% e o volume financeiro aumentou em 40%.

As corretoras, que vinham sofrendo com a forte queda nos volumes da bolsa e o fraco interesse dos investidores por ações, foram diretamente beneficiadas pelo grande aumento de negociações da bolsa. No caso da Nova Futura Corretora, houve aumento de 25% na receita em relação a 2015. Na Gradual Corretora, o aumento foi de 30% no faturamento da instituição no último mês.

Outra instituição que pegou carona nessa onda lucrativa foi a FB Capital, empresa de intermediação para envio de recursos para o exterior com foco imobiliário. O Diretor de Câmbio da empresa, Fernando Bergallo, afirmou que a FB triplicou o número de operações em março relação à média diária. “Tivemos um aumento de mais de 300% no número de operações desde o começo de março”.

Com o distanciamento do desfecho da crise política, as oscilações do dólar e da bolsa devem seguir por tempo indeterminado, aumentando ainda mais os volumes de negócios dessas instituições, que já esperam a continuidade desse crescimento.

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A turbulência política e econômica em que vive o Brasil neste ano, especialmente em março, têm causado reflexos visíveis tanto na economia como o mercado financeiro , com câmbio e bolsa oscilando bruscamente em curtíssimos espaços de tempo e um aumento considerável de operações e dos volumes negociados.

O segmento de ações na Bovespa da bolsa paulista, por exemplo, movimentou em média R$ 9,19 bilhões por dia durante o mês de março, ante R$ 6,07 bilhões diários registrados em fevereiro, numa alta de 51%. Já o segmento BM&F, de mercado futuro, totalizou 73.269.246 contratos negociados e volume financeiro de R$ 5,72 trilhões, ante 55.239.147 contratos e giro de R$ 4,54 trilhões em fevereiro, o que significa crescimentos de 33% e 26%, respectivamente.

Mas aquilo que parece ser uma grande tempestade para o investidor tem se mostrando uma grande janela de oportunidades e de lucro para as instituições financeiras. Segundo a assessoria de investimentos FN Capital, essa movimentação baseada em especulações do mercado, que surgem no aguardo do desfecho político, tem beneficiado as instituições financeiras que trabalham com intermediação de negócios.

Para o diretor de operações da própria FN Capital, Paulo Figueiredo, “apesar de essas oscilações serem péssimas para a economia do país e para a entrada de investidores estrangeiros, se avaliarmos os números, é inegável que as instituições financeiras estão lucrando em meio a essa crise política”.
A FN Capital viu seu volume de negócios crescer de maneira surpreendente, 85% nos negócios de renda variável e 62,5% no volume financeiro desde a divulgação delação de Delcídio do Amaral.

No segmento de renda fixa, também houve melhora, com um crescimento de negócios de 12% e um aumento do volume financeiro de 15,4%. Já no segmento de câmbio, o aumento de número de operações foi de 9% e o volume financeiro aumentou em 40%.

As corretoras, que vinham sofrendo com a forte queda nos volumes da bolsa e o fraco interesse dos investidores por ações, foram diretamente beneficiadas pelo grande aumento de negociações da bolsa. No caso da Nova Futura Corretora, houve aumento de 25% na receita em relação a 2015. Na Gradual Corretora, o aumento foi de 30% no faturamento da instituição no último mês.

Outra instituição que pegou carona nessa onda lucrativa foi a FB Capital, empresa de intermediação para envio de recursos para o exterior com foco imobiliário. O Diretor de Câmbio da empresa, Fernando Bergallo, afirmou que a FB triplicou o número de operações em março relação à média diária. “Tivemos um aumento de mais de 300% no número de operações desde o começo de março”.

Com o distanciamento do desfecho da crise política, as oscilações do dólar e da bolsa devem seguir por tempo indeterminado, aumentando ainda mais os volumes de negócios dessas instituições, que já esperam a continuidade desse crescimento.

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