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Ações de grupos educacionais disparam após mudanças no Fies

O governo federal voltou atrás em uma alteração que impactava os pagamentos às empresas dos valores do Fies

Sala de aula da Kroton: até as 12h06, a empresa havia subido 7,93% e a Estácio, 7,14% na bolsa (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 14h17.

São Paulo - As ações de grandes grupos educacionais dispararam na Bolsa de Valores de São Paulo nesta segunda-feira, 23, depois de o governo federal voltar atrás em uma alteração que impactava os pagamentos às empresas dos valores do Financiamento Estudantil (Fies).

Até as 12h06, a Kroton havia subido 7,93% e a Estácio, 7,14% na bolsa.

O Ministério da Educação ( MEC ) abriu nesta segunda o sistema para novos financiamentos, interrompido desde o ano passado.

Ao mesmo tempo, publicou no Diário Oficial da União portaria que limita só ao ano de 2015 as regras que restringiam os pagamentos do Fies a oito parcelas no ano - editada em dezembro do ano passado, essa restrição não tinha data para acabar.

O governo foi de encontro à pressão das empresas do ensino superior privado. Os grupos pediam alteração da medida, que provocava forte impacto no fluxo de caixa das empresas.

Representantes dos grupos tiveram reunião com o secretário executivo do MEC, Luiz Claudio Costa, no dia 6 de janeiro, conforme informou o jornal O Estado de S.Paulo.

Em 2014, o Fies custou R$ 13,4 bilhões ao governo. Reportagem especial do Estado mostrou que apesar de os gastos com o Fies decolarem de 2010 para cá, o número de alunos do ensino superior privado não cresceu na mesma ordem.

As empresas educacionais é que têm utilizado diversas estratégias para levar ao Fies o aluno que já era da instituição e que pagava do próprio bolso. O que significa dinheiro limpo para a empresa, sem risco.

Não por acaso, as ações de grandes grupos educacionais caíram após mudanças promovidas pelo governo em dezembro de 2014.

Além das novas regras de pagamentos - cujo efeito só valerá, agora, neste ano -, o governo passou a exigir nota mínima no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos alunos que queiram aderir ao financiamento.

Na nova portaria desta segunda, o governo também estabeleceu que critérios de qualidade também irão ser levados em conta para o financiamento, mas não há detalhes.

A assessoria de imprensa da pasta informou que as regras devem ser explicadas ainda hoje.

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São Paulo - As ações de grandes grupos educacionais dispararam na Bolsa de Valores de São Paulo nesta segunda-feira, 23, depois de o governo federal voltar atrás em uma alteração que impactava os pagamentos às empresas dos valores do Financiamento Estudantil (Fies).

Até as 12h06, a Kroton havia subido 7,93% e a Estácio, 7,14% na bolsa.

O Ministério da Educação ( MEC ) abriu nesta segunda o sistema para novos financiamentos, interrompido desde o ano passado.

Ao mesmo tempo, publicou no Diário Oficial da União portaria que limita só ao ano de 2015 as regras que restringiam os pagamentos do Fies a oito parcelas no ano - editada em dezembro do ano passado, essa restrição não tinha data para acabar.

O governo foi de encontro à pressão das empresas do ensino superior privado. Os grupos pediam alteração da medida, que provocava forte impacto no fluxo de caixa das empresas.

Representantes dos grupos tiveram reunião com o secretário executivo do MEC, Luiz Claudio Costa, no dia 6 de janeiro, conforme informou o jornal O Estado de S.Paulo.

Em 2014, o Fies custou R$ 13,4 bilhões ao governo. Reportagem especial do Estado mostrou que apesar de os gastos com o Fies decolarem de 2010 para cá, o número de alunos do ensino superior privado não cresceu na mesma ordem.

As empresas educacionais é que têm utilizado diversas estratégias para levar ao Fies o aluno que já era da instituição e que pagava do próprio bolso. O que significa dinheiro limpo para a empresa, sem risco.

Não por acaso, as ações de grandes grupos educacionais caíram após mudanças promovidas pelo governo em dezembro de 2014.

Além das novas regras de pagamentos - cujo efeito só valerá, agora, neste ano -, o governo passou a exigir nota mínima no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos alunos que queiram aderir ao financiamento.

Na nova portaria desta segunda, o governo também estabeleceu que critérios de qualidade também irão ser levados em conta para o financiamento, mas não há detalhes.

A assessoria de imprensa da pasta informou que as regras devem ser explicadas ainda hoje.

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