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Ações de fabricantes de vacinas de menor porte superam gigantes

Ações da BioNTech, startup alemã que desenvolve vacina com a Pfizer, quase triplicaram no ano; já os papéis de sua parceira americana caem cerca de 1%

Laboratório da BioNTech: empresa testa vacina promissora contra o coronavírus (BioNTech/Divulgação)
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Bloomberg

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 15h23.

Última atualização em 25 de novembro de 2020 às 16h00.

Investidores que apostam no sucesso da corrida para o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus agora percebem que, quanto menor, melhor.

As ações da BioNTech, a startup alemã que desenvolve uma vacina com a Pfizer, quase triplicaram neste ano, enquanto os papéis de sua parceira americana mostram queda de cerca de 1%. E o preço da ação da Moderna, que abriu o capital há menos de dois anos, quintuplicou. As ações da AstraZeneca, por sua vez, subiram 5,2% desde janeiro.

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Embora todas as empresas tenham divulgado resultados positivos neste mês relacionados ao desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus, manchetes sobre um produto altamente antecipado não são suficientes para impulsionar ações de empresas tão grandes como Pfizer e AstraZeneca, mesmo quando trabalham em uma das vacinas mais importantes de todos os tempos.

“Empresas de biotecnologia menores e seus valuations absolutamente precisam que suas vacinas sejam bem-sucedidas, enquanto para Astra e Pfizer, isso é menos relevante”, disse Sam Fazeli, analista sênior do setor farmacêutico da Bloomberg Intelligence.

O enorme impacto nos valores de empresas de menor porte se deve, em parte, aos pontos de partida relativos e seus projetos de medicamentos. Mesmo após a valorização deste ano, o valor de mercado da BioNTech, de cerca de 24 bilhões de dólares, é ofuscado pelos 204 bilhões de dólares da Pfizer.

Há um ano, analistas previam que tanto a BioNTech quanto a Moderna, nenhuma das quais com medicamentos no mercado, não teriam lucro em 2021. Agora, a previsão é que as duas empresas sejam rentáveis no próximo ano.

-(Bloomberg)

A Pfizer e a AstraZeneca, por sua vez, já davam lucro. Essas empresas divulgaram receitas em 2019 de  51,8 bilhões e 24,4 bilhões de dólares, respectivamente, e vendem dezenas de tratamentos de alto perfil, então é mais difícil para um novo produto fazer diferença.

-(Bloomberg/Bloomberg)

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