Ações da Linx, B2W e Americanas sobem após fecharem acordo
Cerca de 65 mil lojistas que utilizam sistema Linx Pay passarão a aceitar pagamentos por meio da Ame, a carteira digital vinculada às varejistas
Guilherme Guilherme
Publicado em 19 de setembro de 2019 às 12h05.
Última atualização em 19 de setembro de 2019 às 12h18.
As ações da B2W, Lojas Americanas e Linx amanheceram em alta nesta quinta-feira (19), após comunicarem parceria na véspera. O acordo firmado entre as empresas faz com que os cerca de 65 mil estabelecimentos que utilizam o sistema Linx Pay passem a aceitar pagamento pela Ame, que é uma espécie de carteira digital vinculada às varejistas.
Segundo o comunicado assinado pelas duas empresas de varejo, “[essa] é uma das importantes parcerias que estão no plano de negócio da Ame para ampliar a sua aceitação no mundo físico”. O negócio firmado foi visto como positivo pelo mercado. Por volta das 11h37 as ações da B2W subiam 4,86% e as da Americanas, 2,28 %. Os papéis da Linx, negociados na bolsa de Nova York, subiam 3,96% às 11h10. Mais cedo, a alta chegou a ser de 5,88%.
“O anúncio é positivo e representa um importante passo para a estratégia de crescimento da Ame, uma vez que expande o uso dessa plataforma de pagamentos para outros varejistas”, escreveu a clientes a equipe de Research da XP investimentos.
Já a equipe de analistas da Guide vê vantagens principalmente para a Linx, que vem estabelecendo parcerias com outros serviços de carteira digital. Há duas semanas, a fintech havia anunciado um acordo com o sistema de pagamento do Mercado Livre , o Mercado Pago.
“Essas parcerias deverão impulsionar a receita da Linx Pay, uma vez que para cada transação, a Linx recebe uma porcentagem do fee que a carteira digital cobra de seus usuários”, escreveram em relatório. Para eles, a fintech deve conseguir capturar o crescimento de varejistas com carteiras digitais.
Até ontem (18), os papéis da B2W acumulavam queda mensal de 4,47%, enquanto os das Americanas tinham alta acumulada de 2,24%, ainda assim menos que o Ibovespa que subia 3,36% no mês. O desempenho abaixo da média se deve, em partes, à chega do serviço Prime da Amazon ao Brasil, que derrubou as ações das varejistas, principalmente daquelas voltadas para comércio digital, que é o caso da B2W, das marcas Americanas.com, Submarino, Shoptime e Sou Barato.
A B2W e as Lojas Americanas não conseguiram nadar na onda em que surfaram algumas empresas do setor como Magazine Luiza e Via Varejo . No ano, as ações das Americanas acumulava queda de 2,4% enquanto as da B2W subia 8,11%. Enquanto isso, os papéis da Magazine Luiza e Via Varejo acumulavam respectivas altas de 55,75% e 60,14%.