Mercados

Ações da Embraer chegam a subir 7,7% após acordo com Boeing

Empresas aprovam termos para criação de uma nova companhia no setor de aviação comercial

PRAETOR 600 da Embraer
 (Germano Lüders/Exame)

PRAETOR 600 da Embraer (Germano Lüders/Exame)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 17 de dezembro de 2018 às 10h20.

Última atualização em 17 de dezembro de 2018 às 18h34.

São Paulo — As ações da Embraer (EMBR3) dispararam na Bolsa brasileira nesta segunda-feira (17), após a fabricante de aeronaves brasileira ter anunciado que aprovou, junto com a Boeing, os termos para a formação de uma nova empresa de aviação comercial.

Na máxima do dia, logo após a abertura da sessão, os papéis da Embraer chegaram a subir 7,67%, cotados a 22,32 reais cada um. Mas o movimento de alta foi perdendo força ao longo da segunda-feira e eles fecharam o pregão valendo 21,34 reais, com ganho de 2,94% sobre o fechamento de ontem.

A alta da Embraer foi a segunda maior entre as ações que compõem o Ibovespa, principal índice da B3, ficando atrás da Usiminas (USIM5, +4,37%). Já o próprio Ibovespa fechou o pregão em queda de 1,20%, aos 86.399 pontos.

Segundo o acordo divulgado hoje, a Boeing terá 80% da nova empresa e a Embraer terá os outros 20%. O valor atribuído pelas companhias à nova joint venture é de 5,26 bilhões de dólares, ou seja, a Boeing vai pagar 4,2 bilhões de dólares por sua participação no negócio, que inclui a aquisição de ações da Embraer.

O acordo entre as empresas ainda precisa da aprovação do governo brasileiro, dos acionistas e das autoridades regulatórias. A expectativa é de que a empresa receba o aval em 2019.

A previsão da Embraer é que o resultado da operação, líquido dos custos de separação, seja de 3 bilhões de dólares. A empresa disse que ainda não é possível determinar o efeito líquido da operação sobre seus resultados.

Já a Boeing afirmou que a operação não terá impacto em seu lucro por ação em 2020, mas que a joint venture deve gerar sinergias anuais de cerca de 150 milhões de dólares, antes de impostos, até o terceiro ano de operação da nova companhia.

Ações

Embraer e Boeing anunciaram a intenção de criar uma nova companhia na área de aviação comercial em 5 de julho deste ano. Naquele dia, as ações da Embraer despencaram 14,3% na B3, com os investidores cheios de dúvidas sobre como seria a operação.

De lá para cá, os papéis haviam perdido mais 10,2%, considerando o fechamento de sexta-feira (14) —com o desempenho de hoje, esse percentual caiu para 7,6%.

A expectativa de analistas, no entanto, é de haja uma retomada no curto prazo no preço das ações da Embraer, já que os investidores recebam positivamente a notícia sobre os termos da operação, na qual a Boeing está pagando mais do que o previsto inicialmente por sua participação na joint venture.

*A reportagem foi atualizada às 18h30 (de Brasília) de 16/12/2018 com as cotações de fechamento do Ibovespa e das ações mencionadas.

Acompanhe tudo sobre:AçõesAviaçãoAviõesB3Boeingbolsas-de-valoresEmbraerIbovespa

Mais de Mercados

Suzano anuncia aumento de preço para celulose de fibra curta a partir de 2025

Nordstrom deixa a Bolsa e dona da Liverpool passa a ser acionista em acordo de US$ 6,25 bi

Orizon cria JV com maior produtora de biometano da América Latina no Rio

Apple se aproxima de marca histórica de US$ 4 trilhões em valor de mercado