Assembleia dos acionistas da BrMalls (BRML3) aprova fusão com Aliansce Sonae (ALSO3)
A fusão entre a BrMalls e a Aliansce Sonae vai criar um gigante do setor de shoppings centers na América Latina
Carlo Cauti
Publicado em 8 de junho de 2022 às 19h15.
Última atualização em 8 de junho de 2022 às 19h16.
A Assembleia dos Acionistas da BrMalls (BRML3) aprovou nesta quarta-feira, 8, a fusão com a Aliansce Sonae (ALSO3).
A fusão entre a BrMalls e a Aliansce Sonae vai criar um gigante do setor de shoppings centers na América Latina.
A informação foi divulgada pela agência de notícias Broadcast.
A transação foi aprovada por 68% dos acionistas da empresa, contra apenas 11,2% que votou contra.
Era necessária a maioria simples para que a operação fosse aprovada.
A assembleia dos acionistas da Aliansce também deverá votar sobre o negócio. Entretanto, já que a proposta de fusão veio da Aliansce, esse voto parece ser uma mera formalidade.
Em seguida, a operação deverá ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Entenda a proposta de fusão entre BrMalls (BRML3) e Aliansce Sonae (ALSO3)
A fusão vai criar um gigante do setor, com 69 shoppings centers e R$ 38,5 bilhões em vendas. Um valor superior ao dobro dos principais concorrentes do mercado: Iguatemi e Multiplan.
A fusão prevê que os acionistas da BrMalls recebam R$ 1,25 bilhão em dinheiro e 326.339.911 ações da Aliansce Sonae.
Um valor que seria o equivalente a uma relação de troca de 0,3940 ações da Aliansce para cada ação da BrMalls.
Além disso, existem cláusulas para aceleração dos planos de stock options para a diretoria, além de outros benefícios outorgados nos planos de remuneração.
Os executivos da BrMalls terão direito a indenizações em caso de desligamento involuntário, sem justa causa, até 12 meses após o fim da fusão.
Negociação durou seis meses
As negociações para a fusão entre a Aliansce Sonae e a BrMalls duraram cerca de seis meses.
Essa foi a terceira proposta que a Aliansce Sonae fez para comprar a BrMalls.
A Aliansce já possuia 5,05% do capital da BrMalls, passando a deter 41,827 milhões de ações da companhia a partir do dia 18 fevereiro.
Em janeiro a Aliansce Sonae tinha proposto uma fusão de iguais”, com os acionistas de ambas as empresas tendo 50% do novo grupo e os acionistas da BrMalls recebendo R$ 1,35 bilhão em dinheiro para cobrir a diferença de valor de mercado entre ambas.
Entretanto, as propostas da Aliance Sonae foram sido rejeitadas consecutivamente pelo conselho de administração da BrMalls.
A administração da BrMalls alegou que os termos oferecidos eram insuficientes e subavaliavam o valor da companhia.