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Ação da RIM cai após troca de presidente; analistas estão céticos

Queda dos papéis da RIM foi de até 6% ainda hoje

Analistas questionaram se um nome de dentro da companhia poderia reverter a situação da fabricante do BlackBerry (Frederic J. Brown/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 21h29.

As ações da Research in Motion caíam mais de 6 por cento nesta segunda-feira depois que a companhia canadense anunciou que escolheu um executivo interno como novo presidente-executivo e analistas questionaram se um nome de dentro da companhia poderia reverter a situação da empresa.

"À primeira vista parece mais enfeite do que uma verdadeira reorganização", disse o analista da Charter Equity, Edward Snyder, que reiterou a sugestão "underperform" (abaixo da média do mercado), em relatório nesta segunda-feira.

Os co-presidentes-executivos da RIM Mike Lazardis e Jim Balsillie renunciaram no final de semana e Thorsten Heins, um ex-executivo da Siemens que já está na companhia que fabrica o BlackBerry há quatro anos, foi escolhido para assumir o comando.

Enquanto parte dos analistas afirmou que o movimento foi um passo na direção certa, outra parte concorda que um executivo da própria empresa não era o que a companhia precisava.

Lazardis e Balsillie, que fez com que empresa que Lazardis abriu em 1985 se transformasse em uma companhia global com vendas de 20 bilhões de dólares no ano passado, enfrentou uma série de críticas nos últimos anos após o BlackBerry ter ficado à sombra do iPhone da Apple e dos vários aparelhos que usam o sistema Android, do Google. Eles continuarão como membros dos conselho de administração.

O analista da Sterne Agee, Shaw Wu, que possui uma recomendação "neutra" para as ações da RIM, disse que um executivo com uma experiência diferente teria sido uma melhor escolha.

"Em nossa visão, um presidente-executivo com uma forte experiência em produtos eletrônicos para consumo e cadeia de suprimentos teria sido ideal", disse Wu, estimando que de 60 a 70 por cento dos negócios da RIM são para consumidores.

O analista do Morgan Stanley, Ehud Gelblum, adotou um tom similar: "Não acreditamos que este movimento seja suficiente, especialmente uma vez que Heins é uma contratação interna e não uma voz fresca independente."

"Também nos preocupamos pelo fato de que Heins possui pouca experiência de visão ou de direção estratégica para a empresa, e em vez disso estava envolvido na implementação de produtos e divisão estratégica concebidos por Mike e Jim," adicionou Gelblum.

Nascido na Alemanha, Heins juntou-se à RIM em 2007. Antes, ele foi diretor de tecnologia da divisão de comunicações da Siemens, que era a maior unidade de negócios da companhia alemã, mas que a Siemens acabou se separando para se concentrar em outras áreas.

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As ações da Research in Motion caíam mais de 6 por cento nesta segunda-feira depois que a companhia canadense anunciou que escolheu um executivo interno como novo presidente-executivo e analistas questionaram se um nome de dentro da companhia poderia reverter a situação da empresa.

"À primeira vista parece mais enfeite do que uma verdadeira reorganização", disse o analista da Charter Equity, Edward Snyder, que reiterou a sugestão "underperform" (abaixo da média do mercado), em relatório nesta segunda-feira.

Os co-presidentes-executivos da RIM Mike Lazardis e Jim Balsillie renunciaram no final de semana e Thorsten Heins, um ex-executivo da Siemens que já está na companhia que fabrica o BlackBerry há quatro anos, foi escolhido para assumir o comando.

Enquanto parte dos analistas afirmou que o movimento foi um passo na direção certa, outra parte concorda que um executivo da própria empresa não era o que a companhia precisava.

Lazardis e Balsillie, que fez com que empresa que Lazardis abriu em 1985 se transformasse em uma companhia global com vendas de 20 bilhões de dólares no ano passado, enfrentou uma série de críticas nos últimos anos após o BlackBerry ter ficado à sombra do iPhone da Apple e dos vários aparelhos que usam o sistema Android, do Google. Eles continuarão como membros dos conselho de administração.

O analista da Sterne Agee, Shaw Wu, que possui uma recomendação "neutra" para as ações da RIM, disse que um executivo com uma experiência diferente teria sido uma melhor escolha.

"Em nossa visão, um presidente-executivo com uma forte experiência em produtos eletrônicos para consumo e cadeia de suprimentos teria sido ideal", disse Wu, estimando que de 60 a 70 por cento dos negócios da RIM são para consumidores.

O analista do Morgan Stanley, Ehud Gelblum, adotou um tom similar: "Não acreditamos que este movimento seja suficiente, especialmente uma vez que Heins é uma contratação interna e não uma voz fresca independente."

"Também nos preocupamos pelo fato de que Heins possui pouca experiência de visão ou de direção estratégica para a empresa, e em vez disso estava envolvido na implementação de produtos e divisão estratégica concebidos por Mike e Jim," adicionou Gelblum.

Nascido na Alemanha, Heins juntou-se à RIM em 2007. Antes, ele foi diretor de tecnologia da divisão de comunicações da Siemens, que era a maior unidade de negócios da companhia alemã, mas que a Siemens acabou se separando para se concentrar em outras áreas.

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