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Ação da Minerva cai quase 10% na Bovespa

Quada vem após Russia considerar suspender as importações de carne bovina do Brasil. JBS e Marfrig também recuam


	Frigorífico da Minerva: "Se entrar em vigor (o embargo russo), a notícia é negativa para os exportadores brasileiros de carne", avaliaram analistas
 (Divulgação)

Frigorífico da Minerva: "Se entrar em vigor (o embargo russo), a notícia é negativa para os exportadores brasileiros de carne", avaliaram analistas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 12h26.

São Paulo - As ações do frigorífico Minerva caíam quase 10 por cento nesta terça-feira, liderando as baixas do setor na Bovespa, após notícia de que a Rússia considera suspender as importações de carne bovina do Brasil, em meio a temores relacionados à doença conhecida como "mal da vaca louca".

Às 12h11, o papel do Minerva perdia 9,8 por cento, a 9,46 reais. A ação não faz parte do Ibovespa, que recuava 0,45 por cento naquele momento. Dentro da carteira teórica do índice, JBS perdia 3,2 por cento e Marfrig recuava 2,6 por cento.

"Se entrar em vigor (o embargo russo), a notícia é negativa para os exportadores brasileiros de carne", avaliaram analistas do Barclays em relatório.

As vendas para a Rússia representam aproximadamente 12 por cento das vendas consolidadas do Minerva, 2 por cento para JBS e 1 por cento para Marfrig, citaram os analistas.

"No entanto, não consideramos essa suspensão provável, mas sim uma oportunidade para importadores renegociarem preços melhores", escreveram os analistas Gabriel Vaz de Lima e Rodrigo Coelho.

O Brasil, tradicionalmente o maior exportador global de carne bovina, forneceu 43 por cento da carne importada pela Rússia de janeiro a setembro deste ano.

No último domingo, o Japão, que praticamente não compra carne bovina brasileira, anunciou uma suspensão de suas importações após o Brasil notificar a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) sobre a descoberta, em uma vaca, de uma proteína que poderia causar encefalopatia espongiforme bovina (EEB).

As autoridades brasileiras afirmaram que a ocorrência, de dois anos atrás, foi um caso "atípico" que não oferece riscos, tanto que a OIE manteve o status sanitário do Brasil.

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