Ação da CSN recua 6% após empresa registrar prejuízo de quase R$ 1 bi
Após forte valorização no primeiro semestre, papel da companhia se encaminha para quinto mês de queda na Bolsa
Guilherme Guilherme
Publicado em 24 de outubro de 2019 às 11h28.
Última atualização em 24 de outubro de 2019 às 11h38.
O prejuízo atribuível aos acionistas de 992,96 milhões de reais registrado pela CSN no terceiro trimestre não foi bem digerido pelos investidores. Incluído o resultado dos acionistas não controladores, o prejuízo líquido da empresa no período foi de 870,66 milhões de reais.
Divulgado na noite de quarta-feira (23), o balanço veio abaixo das expectativas, já que no segundo trimestre a companhia teve lucro líquido de 1,89 bilhão de reais.
A decepção teve reflexos na ação da CSN , que abriu em forte queda no pregão desta quinta-feira (24), chegando a recuar 6,18%. Às 11h10, o papel caia 5,36% e era negociado a 12,71 reais. Se o preço do ativo não reagir até o fim de outubro, esse será o quinto mês consecutivo em que a siderúrgica se desvaloriza na bolsa.
O lucro bruto da empresa no terceiro trimestre foi de 1,64 bilhão de reais, 33% inferior ao do segundo trimestre do ano. Entre os principais motivos para o resultado negativo, a empresa elenca o menor volume de vendas no mercado externo e preços menos favoráveis na mineração.
Até meados deste ano, a CSN vinha apresentando aumento contínuo do lucro, o que i mpulsionou a cotação de suas ações. Em junho, o papel da siderúrgica chegou a acumular alta 106% em 2019.
A lua de mel com os investidores, no entanto, teve fim decretado em agosto, quando a CSN se desvalorizou 13,16% na Bolsa. O mês foi de pesadelo para siderúrgicas, que sofreram com a queda de 25% do preço do minério de ferro negociado na China.
Até o fechamento do pregão de quarta-feira, as ações da CSN acumulavam alta de 51,92% no ano. Com a nova queda, valorização no período pode cair 10 pontos percentuais.