Vida dura para fabricantes de alimentos
A semana deve trazer um panorama sobre a situação das companhias de alimentos brasileiras. Se 2015 foi um ano excelente para as exportadoras com o dólar próximo dos 4 reais, em 2016 a queda da moeda afetou o resultado das companhias. Nesta terça-feira, o frigorífico Minerva divulga seus resultados, na quinta-feira será a vez da […]
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 21h40.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h41.
A semana deve trazer um panorama sobre a situação das companhias de alimentos brasileiras. Se 2015 foi um ano excelente para as exportadoras com o dólar próximo dos 4 reais, em 2016 a queda da moeda afetou o resultado das companhias. Nesta terça-feira, o frigorífico Minerva divulga seus resultados, na quinta-feira será a vez da BRF e da Marfrig.
Os números mais positivos, segundo analistas, devem vir da Minerva, que teve melhora na margem de carne bovina, bons resultados na exportação e boas vendas no setor doméstico. A receita deve recuar 0,7% no quarto trimestre, na comparação anual, para 2,73 bilhões de dólares. O lucro deve ser de 20 milhões de reais, ante os 66 milhões de um ano antes. A queda deve ser fruto principalmente de uma valorização do real, que diminui os ganhos com exportações.
Já para a BRF analistas do banco BTG Pactual esperam um prejuízo recorde de cerca de 25 milhões de reais, ante o lucro de 1,4 bilhão no último trimestre de 2015. Além do dólar mais baixo, a companhia deve continuar sofrendo com volumes fracos no mercado nacional e quedas nas vendas para seus principais mercados internacionais, como Arábia Saudita e Japão.
Apesar de uma esperada melhora na margem de carne bovina, a Marfrig deve apresentar um prejuízo de 66 milhões de reais no quarto trimestre. Para a JBS, que só divulgará seus números no dia 13 de março, a expectativa é de uma melhora nas margens. Apesar disso, a maior preocupação dos acionistas é com seus controladores. O nome de Joesley Batista, presidente do grupo J&F que controla a JBS, foi mais uma vez citado em um depoimento da Operação Lava-Jato. Batista nega quaisquer irregularidades, mas é um ponto de dúvida para analistas e investidores. A vida para as companhias de alimentos deve continuar dura em 2017,