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A restrição ao carvão na China

A alta das mineradoras e siderúrgicas na bolsa desde o ano passado tem um forte respaldo na subida das commodities. Nesta terça-feira, o ciclo pode sofre um golpe. A Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, país que mais produz e consome carvão, pode implementar uma restrição na produção de carvão, que diminuiria a oferta em cerca […]

Mina de carvão na China: Parte da mina onde trabalhavam 87 pessoas veio a baixo por motivos que ainda estão sendo investigados (Kevin Frayer/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 06h41.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h40.

A alta das mineradoras e siderúrgicas na bolsa desde o ano passado tem um forte respaldo na subida das commodities. Nesta terça-feira, o ciclo pode sofre um golpe. A Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, país que mais produz e consome carvão, pode implementar uma restrição na produção de carvão, que diminuiria a oferta em cerca de 17,5%.

Não seria a primeira vez. No ano passado o governo de Xi Jinping havia imposto um limite à produção de carvão para aliviar a produção excedente e dar suporte a mineradoras endividadas. Depois que a produção caiu e a temporada de frio do final do ano se aproximou, quando há maior consumo da commodity, o governo aumentou a produção para atender à demanda, elevando os preços. A motivação para implementação de novo limite acontece diante da queda de mais de 10% nos preços desde o pico em novembro passado.

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Antes da queda, o carvão chegou ao mais alto patamar desde 2011 e antecipou a alta recente do minério de ferro, que acumulou mais de 140% de valorização entre dezembro de 2015 e fevereiro deste ano. A ascensão do preço do minério puxou ações como a Vale, cujos papéis preferenciais subiram 46,7% no ano. Entre as siderúrgicas, a Gerdau subiu 24,54% em 2017. A decisão chinesa impactou fortemente os preços do carvão metalúrgico em 2016 e preocupa quais incentivos uma nova restrição de produção pode ter nas companhias mineradoras e siderúrgicas.

Para o analista Marco Saravalle, da XP Investimentos, era esperada uma queda nos preços do minério de ferro desde janeiro, uma expectativa que vem desde o ano passado. “O mercado sobe no boato e realiza no fato. Pode ser que esse limite já estivesse precificado e agora só sinalize uma retomada mais lenta do minério”, afirmou. A ver se o fato já está de fato precipitado no valor de mercado de siderúrgicas e mineradoras.

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