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A nova equipe da Eletrobras

Esta sexta-feira deve marcar o início de um novo capítulo na história da Eletrobras. Em assembleia extraordinária, seus acionistas votarão a indicação do engenheiro Wilson Ferreira para a presidência da estatal. Também será definido o novo conselho da companhia. Entre os nomes indicados pelo governo está o consultor Vicente Falconi, o ex-presidente da estatal José Luiz […]

ELETROBRAS: a venda da Celg é vista como o pontapé inicial para a privatização de todas as distribuidoras controladas pela empresa / Divulgação (Eletrobras/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2016 às 21h13.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h40.

Esta sexta-feira deve marcar o início de um novo capítulo na história da Eletrobras. Em assembleia extraordinária, seus acionistas votarão a indicação do engenheiro Wilson Ferreira para a presidência da estatal.

Também será definido o novo conselho da companhia. Entre os nomes indicados pelo governo está o consultor Vicente Falconi, o ex-presidente da estatal José Luiz Alquéres, a advogada e economista Elena Landau e a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi. Os nomes agradam investidores e especialistas por serem considerados técnicos e experientes. O de Wilson Ferreira, que durante 16 anos comandou a distribuidora de energia CPFL, principalmente.

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Conseguir dar um jeito na empresa é que são elas. No comando da Eletrobras, Ferreira terá como primeira missão preparar as seis distribuidoras do grupo para venda. Uma estratégia em estudo é juntar duas distribuidoras para ganhar escala e torná-las mais atrativas a eventuais compradores.

O governo já aumentou o prazo de vigência do contrato de concessão de 20 para 30 anos no fim de junho. Ontem, foi a vez do Conselho Monetário Nacional dar uma forcinha. Em reunião, o órgão autorizou que dívidas de até 1,9 bilhão de reais contratadas pelas distribuidoras possam ser assumidas pelos estados que detêm parte de seu capital.

O primeiro teste será a Celg Distribuidora, que tem leilão marcado na BM&FBovespa dia 19 de agosto. Suas dívidas são estimadas em 2,4 bilhões de reais e o controle é dividido entre Eletrobras (51%) e o governo de Goiás (49%), que agora poderá assumir parte considerável da dívida.

Com a ajuda do governo nas distribuidoras, Ferreira e o novo conselho de administração poderão se dedicar a outros assuntos. Afinal, com uma dívida de quase 40 bilhões de reais e um prejuízo de 30 bilhões de reais nos últimas três anos, há muito com que se preocupar.

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