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À espera de Copom, juros monitoram câmbio e exterior

Preocupações com a desaceleração da atividade mundial e com a situação fiscal dos EUA pesam sobre a curva a termo

Às 9h52, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2013 projetava taxa de 7,09%, nivelado ao ajuste de ontem (©AFP / Yasuyoshi Chiba)
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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 10h04.

São Paulo - Neste dia em que o Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central deve manter o juro básico da economia em 7,25% ao ano após o ciclo de queda iniciado em agosto do ano passado, as taxas futuras de juros abrem perto da estabilidade, com viés de queda, influenciadas pelo pessimismo em relação ao desempenho da economia global.

Preocupações com a desaceleração da atividade mundial e com a situação fiscal dos EUA pesam sobre a curva a termo. Mas uma alta do dólar pode favorecer a alta das taxas de vencimento mais longo.

Às 9h52, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2013 projetava taxa de 7,09%, nivelado ao ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2014 apontava 7,26%, de 7,28%; o janeiro de 2015 marcava 7,84%, de 7,87%; e o janeiro de 2016 tinha taxa de 8,35%, de 8,37%. Entre os vencimentos longos, o DI com vencimento em janeiro de 2017 projetava 8,65%, de 8,68% na véspera e o DI para janeiro de 2021 marcava 9,31%, de 9,34% ontem.

O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, prevê acomodação das taxas futuras, como ocorre desde sexta-feira, dada a preocupação com a desaceleração da economia global e temores em relação à questão fiscal dos EUA. "No geral, a tendência seria de baixa para os contratos."

No exterior, os investidores buscam proteção diante do impasse nas negociações no Congresso americano para impedir que uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos entre em vigor automaticamente no país em 2013. De acordo com o líder da maioria no Senado norte-americano, Harry Reid, houve "pouco progresso". Em reação, os mercados acionários internacionais operam em baixa.

Mas, lembra Serrano, que o movimento da curva a termo depende, mais uma vez, do comportamento do dólar. "Se hoje o dólar subir, pressiona a parte média e longa da curva. Se o movimento for comedido, os juros ficam comportados", diz.


Em relação ao Copom, Serrano integra o grupo de analistas que não espera surpresas. "Esperamos decisão unânime, manutenção e comunicado bastante parecido com o divulgado na reunião anterior", afirma. Segundo o economista, o BC indicou claramente que manterá o juro em nível baixo por um período suficientemente prolongado de tempo e "o cenário não piorou o suficiente para pensar em queda adicional e também existe espaço para subida (da Selic)".

Praticamente todos os analistas ouvidos pelo AE Projeções esperam manutenção da Selic nos atuais 7,25% ao ano, encerrando o ciclo de queda de 5,25 pontos porcentuais na taxa iniciado em agosto de 2011. De 82 instituições ouvidas, 81 trabalham com o juro básico inalterado nesta reunião, na marca mínima histórica de 7,25%. A única casa dissonante vê espaço para mais um corte idêntico ao de outubro, de 0,25 ponto porcentual, para 7,00% ao ano.

Outros profissionais consultados pela Agência Estado dizem que há expectativa em torno do comunicado, que pode trazer sinais sobre os próximos passos da autoridade monetária. A dúvida recai sobre quando a Selic voltaria a ser ajustada. Mais da metade dos economistas ouvidos pelo serviço especializado da Agência Estado espera que a taxa seguirá inalterada ao longo de 2013, enquanto boa parte prevê alta no segundo semestre e duas instituições projetam queda.

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Às 9h52, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2013 projetava taxa de 7,09%, nivelado ao ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2014 apontava 7,26%, de 7,28%; o janeiro de 2015 marcava 7,84%, de 7,87%; e o janeiro de 2016 tinha taxa de 8,35%, de 8,37%. Entre os vencimentos longos, o DI com vencimento em janeiro de 2017 projetava 8,65%, de 8,68% na véspera e o DI para janeiro de 2021 marcava 9,31%, de 9,34% ontem.

O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, prevê acomodação das taxas futuras, como ocorre desde sexta-feira, dada a preocupação com a desaceleração da economia global e temores em relação à questão fiscal dos EUA. "No geral, a tendência seria de baixa para os contratos."

No exterior, os investidores buscam proteção diante do impasse nas negociações no Congresso americano para impedir que uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos entre em vigor automaticamente no país em 2013. De acordo com o líder da maioria no Senado norte-americano, Harry Reid, houve "pouco progresso". Em reação, os mercados acionários internacionais operam em baixa.

Mas, lembra Serrano, que o movimento da curva a termo depende, mais uma vez, do comportamento do dólar. "Se hoje o dólar subir, pressiona a parte média e longa da curva. Se o movimento for comedido, os juros ficam comportados", diz.


Em relação ao Copom, Serrano integra o grupo de analistas que não espera surpresas. "Esperamos decisão unânime, manutenção e comunicado bastante parecido com o divulgado na reunião anterior", afirma. Segundo o economista, o BC indicou claramente que manterá o juro em nível baixo por um período suficientemente prolongado de tempo e "o cenário não piorou o suficiente para pensar em queda adicional e também existe espaço para subida (da Selic)".

Praticamente todos os analistas ouvidos pelo AE Projeções esperam manutenção da Selic nos atuais 7,25% ao ano, encerrando o ciclo de queda de 5,25 pontos porcentuais na taxa iniciado em agosto de 2011. De 82 instituições ouvidas, 81 trabalham com o juro básico inalterado nesta reunião, na marca mínima histórica de 7,25%. A única casa dissonante vê espaço para mais um corte idêntico ao de outubro, de 0,25 ponto porcentual, para 7,00% ao ano.

Outros profissionais consultados pela Agência Estado dizem que há expectativa em torno do comunicado, que pode trazer sinais sobre os próximos passos da autoridade monetária. A dúvida recai sobre quando a Selic voltaria a ser ajustada. Mais da metade dos economistas ouvidos pelo serviço especializado da Agência Estado espera que a taxa seguirá inalterada ao longo de 2013, enquanto boa parte prevê alta no segundo semestre e duas instituições projetam queda.

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