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À espera de lucro maior em balanços, investidores puxam a Bolsa para cima

Ações da BRF e JBS saltaram diante de novos casos de gripe suína na Ásia.

Temporada de balanços do segundo trimestre deve ditar o rumo do Ibovespa esta semana. (Germano Lüders / EXAME/Exame)

Temporada de balanços do segundo trimestre deve ditar o rumo do Ibovespa esta semana. (Germano Lüders / EXAME/Exame)

TL

Tais Laporta

Publicado em 22 de julho de 2019 às 17h39.

Última atualização em 22 de julho de 2019 às 18h32.

Se as previsões do mercado se confirmarem, a semana será positiva para a bolsa brasileira, com investidores esperando uma safra mais robusta de balanços das empresas no segundo trimestre. O principal índice da B3, o Ibovespa, avançou 0,48% nesta segunda-feira (22), aos 103.949 pontos, à espera dos resultados que começarão a ser divulgados amanhã.

A empresa de meios de pagamentos Cielo e o banco Santander são os primeiros dentro da composição do indicador a divulgar seus números após o pregão. Nesta segunda, a Profarma abre a temporada de resultados.

Já o dólar fechou em ligeira baixa, com a moeda brasileira entre os destaques positivos no mundo, num dia de menos negociações conforme investidores aguardam sinais sobre corte de juros no Brasil e no mundo. A moeda americana caiu 0,15%, a 3,7396 reais na venda.

Analistas esperam bons resultados do segundo trimestre

Para a semana, estão previstos resultados bastante esperados pelo mercado, de empresas como Ambev (ABEV3), Fleury (FLRY3), Cielo (CIEL3), Telefônica (VIVT4) e Bradesco (BBDC4). 

Estrategistas do Bank of America Merrill Lynch preveem uma aceleração no crescimento dos lucros das empresas com ações no Ibovespa, em meio a uma menor base de comparação, preços mais elevados de commodities e menores custos de financiamento. Eles calculam uma alta de mais de 50% na comparação ano a ano (excluindo Petrobras e empresas de commodities), um "salto significativo" em relação ao crescimento de 18% do primeiro trimestre.

Segundo o banco, o Ebitda deve crescer 17% e a receita, 5%. Quando consideradas todas as empresas do Ibovespa, a previsão é de que o lucro salte 97% e o Ebitda suba 24%, enquanto a receita deve mostrar expansão de 8%.

O mercado também ficou atento a uma potencial paralisação dos caminhoneiros. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, suspendeu a nova tabela de pisos mínimos de fretes até quarta-feira, quando se reunirá com representantes do setor que manifestaram desagrado com a tabela mais recente.

Em outra frente, o governo anunciou congelamento adicional de 1,4 bilhão de reais nos gastos do Executivo para cumprir a meta fiscal de 2019, após o comportamento mais fraco que o esperado para a economia ter levado a um corte de mais de 5 bilhões de reais nas receitas esperadas para o ano.

Destaques do dia

As ações das fabricantes de alimentos BRF e JBS ficaram entre as principais altas, em meio a notícias de novo caso de febre suína africana da Europa. No caso da JBS, a empresa também atencipou pagamento de 750 milhões de reais em dívidas a bancos, enquanto, no caso da BRF, analistas do Itaú BBA elevaram a recomendação dos papéis para 'outperform'.

O dia foi bom para as bolsas americanas. O índice S&P 500 fechou em alta, impulsionado por expectativas de taxas de juros menores, enquanto investidores aguardam a divulgação de balanços trimestrais das companhias Facebook, Alphabet e Amazon, esperados para esta semana. O Dow Jones subiu 0,07%, enquanto o S&P 500 teve alta de 0,28% e o Nasdaq avançou 0,71%, para 8.204,14 pontos.

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