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A concorrência perdeu o bonde, diz presidente da BM&FBovespa

Segundo Edemir Pinto, investimentos da Bovespa vão permitir uma oferta de serviços ao mercado que dificultarão o posicionamento de um concorrente

Presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto: "próprio mercado vai dificultar a vinda da concorrência, porque será beneficiado pelas grandes mudanças que estamos fazendo”, afirmou (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 17h17.

São Paulo - Para o presidente da BM&FBovespa , Edemir Pinto , a oportunidade para a entrada de uma bolsa concorrente no mercado brasileiro passou.

“A concorrência perdeu o timing, perdeu o bonde”, disse o executivo, durante entrevista realizada hoje, na sede da Bovespa, para comentar os resultados da companhia no primeiro trimestre.

Segundo Edemir, os investimentos que a Bovespa vem fazendo em infraestrutura desde 2008 vão permitir à companhia oferecer serviços ao mercado que dificultarão o posicionamento de uma eventual concorrente.

“O próprio mercado vai dificultar a vinda da concorrência, porque será beneficiado pelas grandes mudanças que estamos fazendo”, afirmou.

Dentre essas mudanças, as principais são a criação do sistema de negociação Puma, a implantação de um novo sistema de gestão de risco e a integração das quatro câmaras de compensação (clearings) da BM&FBovespa – câmbio, ações, renda fixa e derivativos, essa última, ainda em andamento.

Edemir lembrou que tanto o Banco Central quanto a CVM permitem a concorrência desde meados de 2007. “O mercado, contudo, não optou até agora pela vinda da concorrência e, se não fez isso, é porque perdeu o bonde”, afirmou.

Na opinião do executivo, as inovações promovidas pela bolsa em sua infraestrutura “são projetos inéditos e transformadores, não apenas para o Brasil, como para o mundo”.

Segundo ele, a grande questão sobre a entrada da concorrência é sobre que modelo de negócios a nova bolsa traria para o Brasil.

Um dos principais entraves à concorrência, na opinião do executivo, é a necessidade de a nova bolsa ter uma clearing, seja de forma integrada à sua estrutura, seja terceirizada.

O presidente da Bovespa afirmou, em outras ocasiões, que, se a concorrência procurasse a bolsa para solicitar a prestação de serviços de clearing, haveria possibilidade de conversas.

Entretanto, a oferta dos serviços da clearing não ocorreria antes do fim do ano que vem, para quando está prevista a conclusão do processo de integração das quatro câmaras de compensação da Bovespa.

Concorrentes

Nos últimos dois anos, as americanas Bats e Direct Edge sinalizaram intenções de entrar no mercado de bolsa brasileiro. Com o anúncio, em meados do ano passado, de que as duas preparavam uma fusão entre si, não houve mais notícias de avanço nas tentativas por parte de ambas.

A ATS Brasil, joint-venture entre a brasileira Americas Trading Group e a Nyse Euronext, dona da Bolsa de Nova York, também anunciou recentemente a intenção de criar um centro de liquidez alternativo para o mercado brasileiro.

Em janeiro, a ATS renovou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de licença para concorrer com a BM&FBovespa.

A Americas Trading Group é uma empresa especializada em tecnologia para o mercado financeiro e é patrocinadora do Blog Arena do Pavini.

São Paulo - A crise financeira de 2008 iniciada em setembro nos Estados Unidos fez o Ibovespa atingir a mínima histórica, chegando a 29.435 mil pontos. Seis anos após a recessão americana, o principal índice da bolsa brasileira mostra um avanço de 75%. A consultoria Economatica,a pedido da EXAME.com, analisou as ações que mais se recuperaram da última grande crise. Foram avaliados os desempenhos das ações entre outubro de 2008 até abril de 2014. Confira.
  • 2. Hering (HGTX3)

    2 /49(Divulgação)

  • Veja também

    Setor: Têxtil  Variação desde outubro de 2008: 1757,85%
  • 3. Eztec (EZTC3)

    3 /49(Divulgação)

  • Setor: Construção Variação desde outubro de 2008: 1640,35%
  • 4. Helbor (HBOR3)

    4 /49(Divulgação)

    Setor: Construção Variação desde outubro de 2008: 1149,3%
  • 5. Alpargatas (ALPA4)

    5 /49(Kai Hendry/Wikimedia Commons)

    Setor: Têxtil  Variação desde outubro de 2008: 984,11%
  • 6. BR Malls (BRML3)

    6 /49(Divulgação)

    Setor: Imobiliário  Variação desde outubro de 2008: 782,9%
  • 7. Arteris (ARTR3)

    7 /49(Divulgação)

    Setor: Transporte  Variação desde outubro de 2008: 729,63
  • 8. Kroton (KROT11+KROT3)

    8 /49(Divulgação)

    Setor: Educação  Variação desde outubro de 2008: 715,43%
  • 9. Alpargatas (ALPA3)

    9 /49(Divulgação)

    Setor: Têxtil  Variação desde outubro de 2008: 701,14%
  • 10. Banese (BGIP4)

    10 /49(Paulo Fridman/Bloomberg News)

    Setor: Finanças e Seguros Variação desde outubro de 2008: 685,24%
  • 11. Localiza (RENT3)

    11 /49(Divulgação)

    Setor: transporte Variação desde outubro de 2008: 663,72%
  • 12. Ambev (ABEV3)

    12 /49(Jaime Razuri/AFP)

    Setor: Bebidas Variação desde outubro de 2008: 653,86%
  • 13. RaiaDrogasil (RADL3)

    13 /49(Ismar Ingber)

    Setor: Comércio Variação desde outubro de 2008: 639,82%
  • 14. Marcopolo (POMO3)

    14 /49(Mirian Fichtner)

    Setor: veículos e peças Variação desde outubro de 2008: 635,76%
  • 15. Marcopolo (POMO4)

    15 /49(Divulgação)

    Setor: veículos e peças Variação desde outubro de 2008: 633,06%
  • 16. IGB (IGBR3)

    16 /49(Divulgação)

    Setor: eletroeletrônicos Variação desde outubro de 2008: 568,37%
  • 17. Odontoprev (ODPV3)

    17 /49(Divulgação)

    Setor: Saúde Variação desde outubro de 2008: 553,77%
  • 18. Bicbanco (BICB4)

    18 /49(Adriano Machado/Bloomberg)

    Setor: Finanças e Seguros Variação desde outubro de 2008: 550,73%
  • 19. Taesa (TAEE11)

    19 /49(Santo Antonio/Divulgação)

    Setor: Energia Elétrica Variação desde outubro de 2008: 548,33%
  • 20. M. Dias Branco (MDIA3)

    20 /49(Germano Lüders/EXAME.com)

    Setor: Alimentos e Bebidas Variação desde outubro de 2008: 545,69%
  • 21. Millennium (TIBR5)

    21 /49(Getty Images/Mario Tama/Staff)

    Setor: Química Variação desde outubro de 2008: 540,42%
  • 22. Paraná Banco (PRBC4)

    22 /49(EXAME.com)

    Setor: Finanças e Seguros Variação desde outubro de 2008: 540,37%
  • 23. Minerva (BEEF3)

    23 /49(Divulgação)

    Setor: Alimentos e Bebidas Variação desde outubro de 2008: 524,55%
  • 24. Dimed (PNVL3)

    24 /49(Miguel Medina/AFP)

    Setor: Varejista de medicamentos  Variação desde outubro de 2008: 509%
  • 25. Guararapes (GUAR4)

    25 /49(André Lessa/EXAME.com/Site Exame)

    Setor: Têxtil  Variação desde outubro de 2008: 506,43%
  • 26. Guararapes (GUAR3)

    26 /49(Divulgação/Riachuelo)

    Setor: Têxtil Variação desde outubro de 2008: 489,86%
  • 27. Grendene (GRND3)

    27 /49(Divulgação)

    Setor: Calçados Variação desde outubro de 2008: 489,86%
  • 28. CCR (CCRO3)

    28 /49(HERBERT COELHO/VIAGEM E TURISMO)

    Setor: Transportes Variação desde outubro de 2008: 486,87%
  • 29. Tegma (TGMA3)

    29 /49(divulgação/Divulgação)

    Setor: Transportes Variação desde outubro de 2008: 483,62%
  • 30. Estácio (ESTC3)

    30 /49(Divulgação)

    Setor: Educação Variação desde outubro de 2008: 476,79%
  • 31. Sanepar (SAPR4)

    31 /49(Divulgação)

    Setor: Saneamento Variação desde outubro de 2008: 475,12%
  • 32. Cosan (CZLT33)

    32 /49(Nelson Almeida/AFP)

    Setor: Alimentos e Bebidas Variação desde outubro de 2008: 475,12%
  • 33. Kepler Weber (KEPL3)

    33 /49(Divulgação/EXAME)

    Setor: Siderurgia e Minerurgia  Variação desde outubro de 2008: 465,22%
  • 34. Tupy (TUPY3)

    34 /49(Germano Lüders/Exame)

    Setor: Veículos e Peças Variação desde outubro de 2008: 463,23%
  • 35. Lojas Marisa (AMAR3)

    35 /49(Wikimedia Commons)

    Setor: Comércio Variação desde outubro de 2008: 458,34%
  • 36. Totvs (TOTS3)

    36 /49(Germano Lüders/EXAME.com)

    Setor: Software e Dados Variação desde outubro de 2008: 443,78%
  • 37. Iguatemi (IGTA3)

    37 /49(FERNANDO MORAES/EXAME)

    Setor: Imobiliário  Variação desde outubro de 2008: 443,6%
  • 38. Jereissati (MLFT4)

    38 /49(Andrew Burton/Getty Images)

    Setor: Financeiro
    Variação desde outubro de 2008: 441,94%
  • 39. Abc Brasil (ABCB4)

    39 /49(EXAME.com)

    Setor: Finanças e Seguros Variação desde outubro de 2008: 441,53%
  • 40. Iochp-Maxion (MYPK3)

    40 /49(Divulgação)

    Setor: Veículos e Autopeças Variação desde outubro de 2008: 435,96%
  • 41. Multiplan (MULT3)

    41 /49(Divulgação)

    Setor: Imobiliário Variação desde outubro de 2008: 426,07%
  • 42. Le Lis Blanc (LLIS3)

    42 /49(Fabiano Accorsi/EXAME)

    Setor: Têxtil  Variação desde outubro de 2008: 409,26%
  • 43. Klabin (KLBN4)

    43 /49(Marcelo Min)

    Setor: Papel e Celulose Variação desde outubro de 2008: 408,29%
  • 44. Cesp (CESP5)

    44 /49(Marcos Issa/Bloomberg News)

    Setor: Energia Elétrica Variação desde outubro de 2008: 402,37%
  • 45. SulAmérica (SULA11)

    45 /49(Divulgação)

    Setor: Finanças e Seguros Variação desde outubro de 2008: 399,5%
  • 46. Lojas Americanas (LAME4)

    46 /49(Raul Junior)

    Setor: Comércio  Variação desde outubro de 2008: 393,49%
  • 47. Brasmotor (BMTO4)

    47 /49(Germano Lüders/EXAME)

    Setor: Eletrônicos Variação desde outubro de 2008: 380,94%
  • 48. Souza Cruz (CRUZ3)

    48 /49(Cleo Velleda/EXAME)

    Setor: Comércio Variação desde outubro de 2008: 379,63%
  • 49. Veja agora 20 grandes empresas que ficaram ainda maiores em 2014

    49 /49(Getty Images)

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