A única coisa que parece estar aumentando tão rapidamente quanto as ações maliciosas na internet são as ações das companhias que estão tentando impedi-las.
Várias companhias, como a FireEye Inc. e a Palo Alto Networks Inc., decolaram em 2015 e estenderam para mais de 200 por cento o ganho de um índice que existe há quatro anos e acompanha empresas de segurança de redes.
Um fundo negociado em bolsa (ETF) vinculado às ações acaba de ultrapassar US$ 1 bilhão em valor de mercado, tendo dobrado de tamanho desde o começo de abril.
As invasões virtuais, como o vazamento de cadastros confidenciais de funcionários do governo americano ocorrido na semana passada, incitaram a paranoia cibernética, o que impulsionou o gasto em segurança de rede e concedeu o status de queridinhas às empresas que contribuem para a proteção dos dados digitais.
O assunto está começando a se retroalimentar entre os investidores que estão com medo de ficar de fora.
“Quanto mais o preço subir, mais atraente esse setor será para as pessoas”, disse John Manley, que ajuda a gerir cerca de US$ 233 bilhões como estrategista-chefe de ações da Wells Fargo Funds Management em Nova York.
“Nessas ações têm prevalecido uma mentalidade de rebanho, pois essas empresas oferecem um nível de segurança que não existia antes”.
Um ganho de 25 por cento em 2015 e uma avalanche de fluxos de entrada de investidores inflaram o valor de mercado do PureFunds ISE Cyber Security ETF até superar o limiar de US$ 1 bilhão na terça-feira.
A cifra se compara com US$ 107 milhões no começo do ano e US$ 494 milhões no fim do primeiro trimestre. O fundo subiu 0,6 por cento às 9h40 da manhã, horário de Nova York.
Crescimento das vendas
Embora a média de ações no índice ISE Cyber seja negociada a 24,6 vezes as estimativas de lucros dos analistas, apenas 18 das 30 empresas são rentáveis – entretanto, projeta-se que o número vai subir para 25 nos próximos 12 meses, mostram dados compilados pela Bloomberg. O múltiplo se compara com 17,6 vezes a renda prevista para o S&P 500.
Pouco mais de 3.000 incidentes de violação de dados ocorreram em todo o mundo no ano passado, o que expôs 1,1 bilhão de cadastros, dos quais 97 por cento foram ligados a ataques de hackers ou fraudes, escreveu David Kostin, estrategista-chefe de ações do Goldman Sachs Group Inc. para os EUA, em uma nota no dia 12 de junho.
Na semana passada, um sindicato de funcionários do governo disse que hackers roubaram dados e números de previdência social de todos os funcionários do governo federal.
O fervor superou o entusiasmo dos investidores pelos desenvolvedores de medicamentos, um grupo de companhias tão popular que Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed), destacou-o duas vezes por sua avaliação no ano passado.
O Nasdaq Biotechnology Index cresceu 20 por cento em 2015 e ficou 5 pontos porcentuais atrás de segurança cibernética.
Crescimento geral
O ISE Cyber Security Index não está subindo apenas por causa de um punhado de empresas. Vinte e sete das 30 ações no indicador tiveram ganhos neste ano, e a FireEye e a CyberArk Software Ltd. ficaram à frente com ganhos superiores a 68 por cento.
Como os casos de violação de dados estão se acumulando, as grandes empresas de tecnologia estão analisando companhias de segurança de dados de menor porte como potenciais alvos de aquisição, disse o CEO da FireEye, Dave DeWalt, em uma entrevista, em maio.
Várias empresas, como a Cisco Systems Inc. e o Google Inc., estão interessadas em um dos mercados “mais populares e de maior crescimento” da tecnologia da informação, disse ele.
O interesse dos investidores em ações desse ramo se estendeu ao mercado de opções. Os contratos que protegem contra um declínio de 10 por cento no fundo negociado em bolsa que acompanha o ISE Cyber Security Index custavam 27 pontos a menos do que as apostas em um ganho da mesma magnitude em 4 de junho, segundo dados trimestrais compilados pela Bloomberg.
Foi o nível mais baixo da relação conhecida como skew desde que o ETF entrou no trading em novembro, mostram os dados.
“Os investidores estão procurando um instrumento” para entrar nas ações, disse Manley. “Esse espaço agora está atraente”.
- 1. Mudança de hábito
1 /13(Thinkstock)
São Paulo – Você pode ser um alvo fácil para hackers e nem saber disso. Algumas atitudes simples podem transformar usuários de internet de patinhos esperando por um ataque em pessoas em prevenidas. Veja aqui algumas dicas que irão aumentar a sua segurança virtual – e de seus dados.
2. Não use senhas óbvias 2 /13(tonymelony)
Uma senha óbvia significa maior facilidade que ela seja descoberta. Anualmente, a
Splash Data publica as senhas mais usadas no mundo, colhidas de vazamentos de segurança. Pode parecer brincadeira, mas a senha mais usada é “123456”. Combinações óbvias de números e palavras permeiam a lista toda. Se você deseja ter uma senha forte para suas contas online, use combinações mais sofisticadas de caracteres. Tente colocar letras, números e caracteres especiais, como @ ou #.
3. Use senhas diferentes 3 /13(RayaHristova)
Outra dica ainda envolvendo senhas é de não repetir a mesma senha. Lembra que no slide anterior comentei que as senhas são obtidas em vazamentos? Pois bem. Se você usar a mesma senha em diversos serviços, ela poderá ser descoberta em um desses vazamentos. Em alguns casos, as senhas vazam junto com o e-mail de cadastro de um determinado serviço. Se a sua senha do e-mail for a mesma daquele serviço, seu e-mail será comprometido muito facilmente.
4. Cuidado com o Wi-Fi público 4 /13(Divulgação / Motorola)
É claro que em alguns momentos o Wi-Fi público é a única opção possível para conexão de dados. Em uma viagem ao exterior, por exemplo, eles são a única opção para não pagar uma fortuna de roaming de dados para a operadora de celular. Mas saiba que o Wi-Fi público é, também, a porta de entrada para um criminoso virtual. Uma pesquisa realizada pela empresa de segurança
Cylance, por exemplo, encontrou vulnerabilidades nas redes de hotéis de grande porte.
5. Mantenha as aplicações atualizadas 5 /13(Wavebreakmedia Ltd)
Seja no smartphone, tablet ou notebook, é sempre importante ter aplicações atualizadas. Boa parte delas é lançada corrigindo pequenos bugs e erros de programação. Parte desses bugs é em relação a segurança. Ter sempre a última versão de um aplicativo, portanto, evita que um criminoso possa se aproveitar de uma falha conhecida para acessar informações confidenciais. Nós sabemos que as atualizações são chatas e insistentes. Mas não deixe isso de lado.
6. Autenticação de dois fatores 6 /13(Nadasa)
Você conhece a autenticação de dois fatores? Ela combina dois métodos diferentes para que um conteúdo seja acessado. Serviços como o Facebook e o Gmail aceitam esse tipo de autenticação. Além da senha tradicional, o segundo passo costuma ser com um dispositivo de segurança que deve estar com o usuário. Ele pode receber uma mensagem por SMS ou então usar um PIN especial. Os métodos de autenticação podem variar de acordo com o serviço, mas são um fator extra de segurança.
7. Cheque se o site é seguro 7 /13(maxuser)
Antes de inserir informações pessoais em um site, veja se ele tem uma conexão segura entre seu computador e os servidores. Isso pode ser visto consultando a URL do site em questão. Se o site começar com “https”, significa que a conexão é segura. Outro detalhe que merece atenção é se ele mantém essa conexão segura depois de um login na página. Caso ele perca esse status de segurança, talvez não seja uma página confiável.
8. Cuidado com compras online 8 /13(ThinkStock/Bet_Noire)
Não faça compras em sites que você não confia. Alguns websites são maquiagem para obter dados para fraudes. Antes de fazer uma compra em um site que você não conhece, busque pelo nome da loja no Google. Outra boa atitude é dar uma olhada no site do Procon e ver se muitas denúncias contra aquela loja estão cadastradas. Outra boa ideia é verificar se a conexão é segura, como ensinamos no slide anterior. Colocar o número do cartão de crédito fora de uma conexão segura pode trazer grandes dores de cabeça.
9. Verifique os links antes de clicar 9 /13(anyaberkut)
Antes de abrir um link, dê uma olhada em para onde ele irá lhe levar. Você pode estar esperando ir para uma página, mas ele irá lhe enviar para outra. É importante verificar se aquilo irá gerar um download. O pior tipo possível é baixar um executável (com terminação “.exe”). Nesse caso, não abra o arquivo de maneira nenhuma, ele pode ser um programa malicioso.
10. Cuidado com o e-mail 10 /13(Isakovich Alina)
É preciso ter atenção com o material que chega por e-mail. Isso é importante ao lidar com links ou anexos. Abra anexos somente de pessoas ou instituições conhecidas. Verifique se o e-mail de origem é confiável ou se é uma enganação. O mesmo vale para links que chegam por e-mail. Criminosos usam imitações cada vez mais sofisticadas para se passar por instituições, como bancos. Uma pesquisa recente da Intel Security mostra que 97% das pessoas não identificam com clareza e-mails que buscam roubar informações.
11. Desligue Wi-Fi e Bluetooth 11 /13(Divulgação/Motorola)
Está em um local público e não vai usar nem Wi-Fi, nem Bluetooth? Então desligue essas conexões. Essa é uma dica que vem diretamente de hackers. Essas conexões funcionam como portas para que outros dispositivos se conectem. Com isso, fica mais fácil para criminosos roubarem dados ou acessar informações de um aparelho.
12. Esteja sempre alerta 12 /13(Fuse)
Talvez a melhor dica de todas seja: esteja sempre alerta. Desconfiar de tudo pode ser a sua melhor arma para se proteger na internet. Tenha em mente que páginas podem ser falsificadas, assim como mensagens por e-mail. Tente checar da melhor maneira possível tudo. Seja antes de fazer uma compra de alto valor ou então ao clicar no link que um amigo está compartilhando dentro de uma rede social.
13. Faz muitas compras em sites estrangeiros? 13 /13(Getty Images)