7 ações que vão brilhar no pós-Dilma, segundo o Santander
Bancos e empresas dos setores elétrico, educacional e de infraestrutura deverão ser os mais beneficiados pelo novo cenário, dizem analistas
Anderson Figo
Publicado em 12 de maio de 2016 às 11h05.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h14.
São Paulo - O Senado aprovou nesta quinta-feira (12) a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff . A presidente foi afastada por até 180 dias e quem comandará o país durante este período será o vice Michel Temer . No mercado de ações , boa parte da troca de governo já havia sido antecipada pelos investidores, mas ainda há espaço para novas altas, segundo analistas. Em relatório, o Santander afirmou que os bancos e as empresas dos setores elétrico, educacional e de infraestrutura deverão ser os mais beneficiados por uma melhora da Bolsa no pós-Dilma. Navegue pelas fotos e descubra quais são as sete empresas preferidas do banco nestes segmentos e sua avaliação sobre cada uma delas.
Segundo o Santander, o Itaú possui retorno sobre o patrimônio líquido maior que de seu principal concorrente e historicamente superior ao seu custo de capital próprio. Além disso, a equipe de análise do Santander também destacou o foco do Itaú na melhora da qualidade de seus ativos, com maior exposição ao crédito consignado e habitacional. O banco ressaltou ainda o mix de geração de caixa defensivo do Itaú, com apenas um terço do resultado consolidado vindo de novas concessões de crédito. O atual indicador de preço sobre valor patrimonial esperado para o Itaú nos próximos 12 meses está 29% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 15% abaixo de sua média histórica, de acordo com o Santander.
Segundo o Santander, o "forte" resultado trimestral divulgado em abril sugere potencial de revisão positiva nas expectativas do consenso de lucro e Lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2016 e 2017. "Acreditamos que essas revisões positivas ainda não estejam devidamente precificadas", disse a equipe de análise do Santander em relatório. O banco também citou que a Localiza se beneficia da deficitária matriz de infraestrutura brasileira, já que outras alternativas de transporte, como ferroviário e fluvial, não comportam a demanda pelo deslocamento de bens e serviços. Outro ponto positivo ressaltado pelo Santander foi o fato de a Localiza ser detentora da maior frota de veículos do país, o que lhe garante poder de barganha frente às montadoras, otimizando o Capex e capital de giro.
Segundo o Santander, a posição de caixa líquido da Kroton deve favorecer futuras aquisições . A equipe de análise do banco destacou o "audacioso" plano de expansão da empresa, que "deve impulsionar a já forte geração de valor para os acionistas". Além disso, o banco afirmou que o atual indicador de preço sobre lucro esperado para os próximos 12 meses está 37% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 20% abaixo da média histórica.
Segundo o Santander, a readequação de algumas normas do Banco Central poderiam diminuir as exigências de capital a alguns tipos de empréstimos, o que possibilitaria melhorar o índice de Basileia do BB sem a necessidade de uma futura nova capitalização. A equipe de análise do Santander citou ainda que o BB é historicamente um bom pagador de dividendos e também se beneficiaria de uma queda adicional da curva de juros futuros por conta da melhor percepção de risco. O atual indicador de preço sobre valor patrimonial esperado para o BB nos próximos 12 meses ainda está 39% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 23% abaixo da média histórica, de acordo com o Santander.
Segundo o Santander, o aumento de capital finalizado em abril, de R$ 2,6 bilhões, deu folga de caixa para a Rumo lidar com suas obrigações de curto prazo. O banco também citou como ponto positivo para a companhia o fato de ela ter geração de caixa inelástica, já que 80% de todo volume transportado é para o escoamento de commodities agrícolas do centro-oeste para o Porto de Santos. O alto endividamento da Rumo, de acordo com o Santander, deve se traduzir em menores despesas financeiras num futuro próximo, uma vez que a queda da Selic se concretize, gerando maior valor para os acionistas. A equipe de análise do banco afirmou ainda que 80% do volume transportado pela Rumo está contratado pelo formato "take-or-pay" e é indexado pela inflação, o que garante maior estabilidade e previsibilidade no volume transportado e nas margens operacionais. Outra vantagem para a companhia é a potencial melhora do ambiente regulatório pós-ruptura política, disse o Santander em relatório.
Segundo o Santander. os contratos firmados pela AES Tietê ao longo do último trimestre de 2015 foram bem recebidos pelo mercado. A companhia vendeu 100 MW para fornecimento de energia em 2017 e 2018 ao preço de R$150/MWh, o que reforça a tese de preços de energia saudáveis no médio e longo-prazo, de acordo com o banco. A equipe de análise do Santander também citou que a baixa alavancagem da elétrica deve favorecer a participação da empresa em novos leilões de energia durante os próximos anos. Outras duas vantagens destacadas foram o forte dividend yield de 12% esperado para os próximos 12 meses e a potencial melhora do ambiente regulatório pós-ruptura política.
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