10 notícias para lidar com os mercados nesta quarta-feira

São Paulo - Aqui está o que você precisa saber:

1 - Mercado prevê nova queda na taxa básica de juros. O Copom anuncia hoje a nova Selic. O mercado espera que o Comitê de Política Monetária reduza novamente a taxa básica de juros. De acordo com o último boletim focus, elaborado pelo Banco Central com base em consultas feitas a instituições financeiras, a expectativa é de uma queda de 0,5 ponto percentual, na selic, levando a taxa a 8,0%. A expectativa do mercado, segundo o boletim Focus, é que a Selic termine o ano em 7,50% e chegue a 8,5% no final de 2013. Na última reunião do Copom, realizada em maio, a taxa foi reduzida em 0,50 ponto percentual, dando sequência às quedas que vem ocorrendo desde agosto de 2011.

2 - Fitch mantém 'triplo A' dos EUA com perspectiva negativa. A agência de classificação Fitch decidiu manter a nota da dívida dos Estados Unidos em AAA, mas com perspectiva negativa devido à persistência dos perigos pelo desacordo político para adotar medidas de redução do déficit. Em comunicado, a agência indicou que não pretende revisar a perspectiva negativa - adotada em novembro passado - até o final de 2013, uma vez que sejam definidos os planos de redução do déficit do governo que sair das eleições presidenciais de 6 de novembro.

3 - Itaú BMG Consignado começará a operar em 90 dias. A parceria entre o Itaú (ITUB3, ITUB4) e o BMG, anunciada ontem e batizada de Itaú BMG Consignado, deve começar a operar no mercado no prazo de 90 dias, afirmou Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, na terça-feira, em coletiva com a imprensa. Segundo o executivo, trata-se de uma operação muito simples e que rapidamente deve ter a fase burocrática resolvida. "Somos bons em muitas coisas, mas reconhecemos que nesse mercado de consignado nosso desempenho está aquém da capacidade que podemos atingir", afirmou o executivo.

4 - Vale vende operações com manganês na Europa. A Vale (VALE3, VALE5) anunciou na noite desta terça-feira que assinou um acordo de venda das suas operações de ferro ligas de manganês na Europa para subsidiárias da Glencore International, por US$ 160 milhões em dinheiro. A companhia informou que o acordo está sujeito ao cumprimento de determinadas condições precedentes.

5 - Le Lis Blanc compra marca Rosa Chá. A Le Lis Blanc (LLIS3) comprou a marca Rosa Chá, que pertence ao grupo Marisol, por 10 milhões de reais. As informações são do jornal Valor Econômico, desta quarta-feira.

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6 - Embraer tem menor carteira de pedidos em seis anos. A carteira de pedidos da Embraer (EMBR3), um indicativo da receita futura da empresa, caiu em junho ao menor nível em seis anos, atestando a fraqueza da demanda por aviões comerciais na Europa em crise e o ainda paralisado mercado norte-americano. Terceira maior fabricante de jatos civis do mundo, a Embraer encerrou o segundo trimestre com encomendas a entregar (backlog) de 12,9 bilhões de dólares, contra 14,7 bilhões de dólares três meses antes.

7 - JPMorgan exigirá compensações de executivos após perdas. O banco americano JPMorgan Chase pretende reclamar milhões de dólares em compensação a alguns executivos pela perda de cinco bilhões de dólares em operações financeiras, informa o Wall Street Journal. O maior banco dos Estados Unidos em ativos "busca recuperar milhões de dólares em ações de diretores envolvidos nos erros de corretagem", que provocaram uma extraordinária perda calculada em pouco mais de cinco bilhões de dólares, segundo o jornal financeiro.

8 - Espanha anuncia mais cortes para ajuste de 65 bi de euros. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, anunciou na quarta-feira mais cortes e um aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) para conseguir, em dois anos e meio, um ajuste de 65 bilhões de euros, ou seja, de 6,5% do PIB. Entre as medidas que serão adotadas de forma 'imediata', Rajoy anunciou uma alta do tipo geral do IVA de 18% para 21%, assim como de 8% para 10% no caso do tipo reduzido. Por outro lado, será mantido em 4% o tipo super-reduzido para produtos de primeira necessidade.

9 - Dívida do Cruzeiro do Sul é negociada com apostas em recuperação. A intervenção no Banco Cruzeiro do Sul após acusações de fraudes cria agora uma oportunidade para operadores do mercado de dívida. Eles podem dobrar o valor de suas aplicações na dívida do banco com o plano do governo de encontrar um comprador. Mesmo após os títulos do Cruzeiro do Sul com vencimento em 2016 terem se recuperado da queda após o anúncio da intervenção pelo Banco Central em 4 de junho, os papéis, a 54,4 por cento do valor de face, estão sub avaliados, de acordo com o Barclays Plc e com a Tradewire Securities LLC. As duas instituições estimam que o preço dos títulos vai passar de 100 por cento do valor de face se o Cruzeiro do Sul for vendido para o Banco Bradesco SA, Itaú Unibanco Holding SA ou Banco BTG Pactual SA. Com rendimento hoje de 30,12 por cento, os títulos pagam cerca de quatro vezes o juro médio da dívida de alto risco de bancos mundialmente, segundo dados do Bank of America Corp.

10 - Abilio Diniz pode sair do Pão de Açúcar por US$ 7 bilhões. O empresário Abilio Diniz estaria negociando deixar o Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) pelo montante de US$ 7 bilhões, segundo a coluna Direto da Fonte, da jornalista Sonia Racy, publicada no jornal O Estado de S.Paulo nesta quarta-feira. De acordo com o texto, Abilio pode tentar comprar uma participação no controle global do Carrefour, empresa concorrente no varejo. Segundo o jornal, o Carrefour estaria interessado na experiência de Abilio Diniz para corrigir problemas de gestão da empresa no Brasil e em suas atividades globais. Consultado pelo Estado, Abilio disse que "seria uma maravilha se isto estivesse acontecendo" e que o Carrefour é assunto do ano passado.

*Agência Estado, AFP, Bloomberg e EFE