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Dólar fecha a R$3,10 e vai ao menor patamar em três meses

O dólar reagiu ao avanço da pauta econômica no Congresso na véspera e em meio à fraqueza da moeda no exterior

Dólar: para esta sessão, o Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio (Antonistock/Thinkstock)

Dólar: para esta sessão, o Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio (Antonistock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 18h30.

São Paulo - Em sua sexta queda seguida, o dólar finalmente retomou o nível de 3,10 reais, menor patamar em quase três meses, após o governo ter conseguido avançar com sua pauta econômica no Congresso na véspera e em meio à fraqueza da moeda no exterior.

O dólar recuou 0,55 por cento, a 3,1021 reais na venda, menor patamar desde os 3,0955 reais de 16 de maio. Nesses seis pregões de baixa, ficou 1,93 por cento mais barato.

Na mínima, marcou 3,1017 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,50 por cento.

"Se continuarem as notícias positivas domésticas e, no exterior, os dados continuarem esvaziando as apostas de nova alta de juros nos EUA neste ano, dólar deve continuar a cair, a não ser que o Banco Central intervenha", previu o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.

Para esta sessão, o Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio. Em outubro, vencem 9,975 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.

O otimismo desta quarta-feira foi influenciado pelas notícias favoráveis vindas do Congresso e também da economia.

Na véspera, o governo conseguiu avançar com sua pauta no Congresso ao garantir a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP), que vai substituir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nos empréstimos do BNDES. Além disso, garantiu a mudança das metas fiscais.

"A TLP reduzirá os subsídios, o que é um ponto positivo para o fiscal. E deve trazer fôlego renovado para a votação da reforma da Previdência. Isso permite que o dólar caia mais, mas o mercado ainda está aguardando para ver", destacou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

A notícia de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao STF por organização criminosa os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além de ex-ministros, favoreceu a trajetória, com a leitura dos investidores de que um candidato menos comprometido com as contas públicas pode ficar de fora das eleições no próximo ano.

A possibilidade de o Banco Central cortar 1 ponto percentual da Selic nesta noite, para 8,25 por cento ao ano, e trazer um comunicado suave também foi um ponto a favor do recuo do dólar ante o real. Isso porque sinaliza uma melhora da economia e pode empolgar o estrangeiro a trazer dinheiro para o Brasil, mesmo com juros mais baixos.

Nos Estados Unidos, diminuíram as chances de uma terceira alta de juros neste ano e, assim, as taxas praticadas no Brasil ainda são bastante atrativas para manter os recursos aplicados aqui.

No exterior, o dólar rondava a estabilidade ante uma cesta de moedas, mas registrava forte queda ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

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