Invest

Mercado de opções: o que é, como funciona e como investir

Segundo especialistas, este pode ser o melhor instrumento para proteger seus investimentos e lucrar com a volatilidade da bolsa

Mercado de Opções: volatilidade da bolsa pode ser aliada do investidor neste modelo de investimento (primeimages/Getty Images)

Mercado de Opções: volatilidade da bolsa pode ser aliada do investidor neste modelo de investimento (primeimages/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 27 de fevereiro de 2021 às 09h24.

Última atualização em 27 de dezembro de 2023 às 18h33.

Confundido por algumas pessoas com o mercado de ações, o mercado de opções oferece diferentes vantagens ao investidor. Isso porque, ao adquirir uma opção, o comprador (chamado de titular neste tipo de operação) garante que poderá investir no futuro a um preço pré-determinado, diferentemente de quem adquire uma ação, que passa a ter na mesma hora parte da companhia, como um investidor direto.

O que são opções?

Opções são instrumentos financeiros negociados nos mercados. Elas representam contratos que conferem ao titular o direito de comprar ou vender um ativo específico por um preço predeterminado em uma data futura específica. Esses instrumentos são considerados derivativos, uma vez que seus valores derivam dos preços dos ativos subjacentes.

O mercado brasileiro destaca-se, principalmente, nas opções de ações, que são negociadas na B3. No entanto, opções também abrangem uma variedade de ativos, incluindo moedas e contratos futuros de juros, entre outros. Portanto, ao ouvir sobre "opções de Vale", "opções de Petrobras" ou "opções de Ibovespa", compreende-se que se refere a contratos desse tipo.

Por que investir em opções

Quando o titular adquire uma opção, ele está comprando do lançador, que é quem sempre realiza a venda da opção. Os direitos de compra e venda de ações no mercado de opções possuem sempre preços e prazo pré-fixados. Ou seja, a compra de opções protege o investidor de, no futuro, ter que pagar um valor maior em uma empresa do que aquele pelo qual está sendo negociado atualmente.

O mercado de opções faz parte do mercado de derivativos. Nele, o investidor realiza contratos que, como o próprio nome diz, derivam grande parte de seu valor de um outro ativo. De acordo com Jerson Zanlorenzi, head de derivativos do BTG Pactual, quem investe em opções consegue se proteger das oscilações do mercado.

Você sabe qual é a estratégia que mais se beneficia da volatilidade do mercado? Opções. Aprenda operar neste mercado com o curso da Exame Academy

Como funciona o mercado de opções

O titular e o lançador não negociam literalmente o ativo a princípio, e, sim, o prêmio. O prêmio consiste no valor que garante o direito sobre a compra ou a venda de um ativo-objeto (valor mobiliário sobre o qual se cria um contrato derivativo).

O ativo-objeto pode ser desde uma ação até uma moeda. O valor de venda ou compra deve ser acordado no instante em que é realizado o contrato, denominado strike price (preço exercido).

Para quem é recomendado investir em opções?

Zanlorenzi destaca que o mercado de opções não é muito indicado para investidores que possuem pouca experiência na bolsa de valores.

"O mercado de opções possui algumas particularidades de risco e por isso é indicado para investidores que já possuem conhecimento prévio do mercado e além disso possuem um maior apetite a risco", diz o especialista.

Riscos das opções

O head de derivativos do BTG também afirma que, por terem prazo definido de validade e serem derivativos, as opções possuem maior volatilidade e isso pode representar, consequentemente, um risco maior.

"Por essa razão, a operação em opções pode apresentar resultados muito negativos de forma rápida", afirmou especialista.

 

Acompanhe tudo sobre:Opções de açõesExame Research

Mais de Invest

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio