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Investidor ganha novas opções de bancos para fundos de crédito privado

Fundos de renda fixa ganham atratividade com a alta dos juros e tiveram captação líquida de R$ 38,5 bilhões em janeiro; gestoras ampliam oferta de produtos para o investidor

Cal Constantino, Haed de Renda Fixa da Santander Asset Management (Santander/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 06h20.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2022 às 07h33.

O aumento dos juros devolveu a atratividade aos fundos de renda fixa. Em janeiro, a captação líquida (ingressos menos resgates) ficou em R$ 38,5 bilhões, enquanto as demais categorias mais acessadas pelo investidor de varejo tiveram perda de recursos, segundo dados da Anbima (a associação das entidades do mercado de capitais, como bancos, corretoras e gestoras). Em 2021 inteiro, a captação líquida dos fundos de renda fixa foi de R$ 224,4 bilhões.

A boa notícia para o investidor pessoa física é que, diferentemente do cenário de alguns anos atrás, quando havia poucas alternativas de fundos de renda fixa e a maioria aplicava em títulos públicos com taxas de administração elevadas, acima de 2% ao ano, bancos e corretoras estão colocando novos produtos no mercado.

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Um dos fatores que permitem a diversificação do portfólio é o desenvolvimento do mercado de crédito privado, com títulos emitidos e negociados no mercado secundário por empresas do setor financeiro e de outros segmentos.

Uma das novas apostas vem da Santander Asset Management, que acaba de lançar um fundo chamado Crescimento Pro. É uma carteira de renda fixa com alocação preponderantemente em títulos privados emitidos por instituições financeiras e grandes empresas líderes em seus segmentos de atuação e com alta nota de crédito.

Boa parte da carteira do fundo é composta por papéis atrelados à variação da taxa básica de juros, a Selic, que está no patamar de 10,75% ao ano e deve chegar a algo entre 12% e 13% nos próximos meses, segundo projeções do mercado.

São títulos privados como debêntures, letras financeiras e CDBs de grandes instituições financeiras, além de títulos públicos e cotas de outros fundos de investimento, como Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).

“A demanda por ativos de crédito segue bastante aquecida, o que faz com que seja esperada uma continuação do movimento de apreciação dos ativos”, disse Cal Constantino, Head de Renda Fixa da Santander Asset Management.

Segundo Constantino, o novo fundo é destinado a investidores em geral. As aplicações mínima e adicional são de R$ 100, com saldo mínimo residual também de R$ 100. A taxa de administração mínima é de 0,4% ao ano e já considera a taxa dos fundos nos quais o Crescimento Pro aplica.

“Em períodos desafiadores, esse tipo de fundo apresenta volatilidade bastante reduzida, o que faz com que a relação risco-retorno seja favorável se comparada a outros tipos de investimentos”, afirmou Constantino.

Segundo o executivo, além do retorno mais elevado da taxa Selic, essa categoria também é impactada pelo nível de prêmio ( spread ) considerado elevado da carteira de crédito. “Apesar de já termos visto uma forte recuperação desse mercado na pandemia, ainda estamos convivendo com níveis de spread bastante atrativos”, apontou.

O spread de crédito é o retorno acima da taxa básica de juros oferecido pelas empresas para captar recursos. Portanto, esse tipo de produto apresenta atualmente uma expectativa de retorno superior ao dos títulos públicos pós-fixados.

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