ESG

Ibope mostra o que o brasileiro pensa sobre as mudanças climáticas

Pesquisa inédita ouviu 2,6 mil pessoas e será apresentada nesta quinta-feira. Outro levantamento, feito pela Febraban, aponta preocupação com desmatamento

Estudo apresenta visão do brasileiro sobre mudanças climáticas, Amazônia e preservação ambiental (YouTube/Reprodução)

Estudo apresenta visão do brasileiro sobre mudanças climáticas, Amazônia e preservação ambiental (YouTube/Reprodução)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2021 às 14h06.

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O Ibope apresenta, nesta quinta-feira, uma pesquisa que analisa a opinião do brasileiro sobre as mudanças climáticas. O levantamento ouviu 2,6 mil pessoas, em todas as regiões, e foi encomendado pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio), em parceria com o programa de mudanças climáticas da Universidade de Yale, dos Estados Unidos.

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A pesquisa também questionou os entrevistados a respeito das queimadas na Amazônia e a preservação ambiental. Esses dois temas são importantes para os brasileiros, segundo uma pesquisa realizada no ano passado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O estudo da Febraban aponta que o brasileiro é um defensor da preservação do meio ambiente. O trabalho entrevistou 1.500 pessoas, entre os dias 11 e 19 de agosto. Para 90% dos entrevistados, a situação na Amazônia, com o aumento recente do desmatamento, é preocupante.

Mais da metade (55%) considera o cenário atual muito preocupante e 60% apontam a Floresta Amazônica como o ecossistema mais ameaçado do país. Esse percentual é especialmente relevante considerando que 94% dos entrevistados consideram que a preservação da Amazônia é essencial para a identidade nacional.

As lideranças indígenas são encaradas positivamente, com 73% de aprovação, o maior índice entre os grupos e entidades que melhor defendem a floresta. Em seguida, aparecem os militares, com 69%. Mais de dois terços dos entrevistados são contra a redução das reservas índigenas na região.

Já o governo e os madeireiros aparecem empatados como os maiores responsáveis pela alta no desmatamento. Fazendeiros e garimpeiros também são apontados como culpados pela destruição da floresta. A perda da diversidade é considerada a consequência mais grave do desmatamento. Também foram destacadas as mudanças climáticas e do regime de chuvas no Brasil.

No final do ano, o Brasil registrou o maior índice de desmatamento na Amazônia dos últimos 12 anos. Se o cenário de 2020 se repetir no próximo ano, a expectativa é de pressão internacional e prejuízos concretos ao país. Basta ver quem o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, colocou para comandar a política climática americana: John Kerry, ex-secretário de estado de Barack Obama, que será uma espécie de “czar do clima” de Biden. Kerry já prometeu tratar o assunto como se fosse um conflito mundial de grandes proporções.

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