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EQI cumpre primeira etapa do BC para que possa operar como corretora

Um dos maiores escritórios de agentes autônomos do país planeja acelerar o crescimento quando cumprir todas as etapas regulatórias e começar a operar como corretora

Juliano Custódio, CEO e fundador da EQI Investimentos: planos para acelerar o crescimento | Foto: Divulgação (EQI/Divulgação)

Juliano Custódio, CEO e fundador da EQI Investimentos: planos para acelerar o crescimento | Foto: Divulgação (EQI/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2021 às 18h20.

Última atualização em 2 de agosto de 2021 às 19h57.

A EQI Investimentos, um dos maiores escritórios de agentes autônomos de investimento (AAIs) do país, com 9,4 bilhões de reais em ativos sob custódia, acaba de obter a primeira autorização do Banco Central para que possa operar como corretora. Nos termos do ofício, o BC concedeu manifestação favorável à proposta de constituição da corretora.

É um passo importante no contexto do desenvolvimento do mercado de capitais no país e de aumento da concorrência, na medida em que abrirá as portas para outros escritórios de AAIs com planos semelhantes.

Os próximos passos são procedimentos administrativos ainda na esfera do Banco Central; ao mesmo tempo, corre o pedido para se plugar ao ambiente operacional da B3. Ambos os passos devem ser concretizados em três meses, o que permiria à EQI começar a atuar como corretora em novembro.

Atualmente, a EQI faz a captação de clientes e recursos e oferece produtos da plataforma do BTG Pactual digital, com o qual se associou um ano atrás após se desligar da XP Investimentos.

EQI e BTG Pactual (BPAC11, do mesmo grupo que controla a EXAME) serão sócios na futura corretora, com o escritório detentor de 51% do capital, enquanto o banco de investimentos ficará com a fatia remanescente de 49%. Há diferenças importantes de atuar como corretora, como a permissão regulatória para a EQI atrair investidores no negócio e oferecer sociedade aos agentes autônomos.

São duas condições que devem reforçar a capacidade de atração de talentos e de outros escritórios de AAIs para dentro da casa.

O volume de 9,4 bilhões de reais representou a superação do volume sob custódia que a EQI tinha um ano atrás, quando decidiu pedir desligamento da XP e se associar posteriormente ao BTG.

Em entrevista à EXAME Invest há duas semanas, Juliano Custódio, CEO e sócio-fundador da EQI, disse que um dos fatores que explicam o acelerado crescimento é a agilidade nos processos, em especial na abertura de contas.

"Abrimos hoje de 6.000 a 7.000 contas por mês, quase dez vezes a quantidade de um grande escritório no mercado. E isso só é possível com processos automatizados e digitalizados", afirmou na ocasião.

Atualmente, 80% das novas contas no BTG digital, ao qual a EQI está plugada, são abertas em menos de 30 minutos.

Com a esperada licença para atuar como corretora, Custódio diz que o plano é acelerar o crescimento e o tamanho da casa para que no próximo ano seja possível realizar a abertura de capital por meio de um IPO (oferta pública inicial).

Em outra frente de crescimento, o empreendedor conta que a gestora da casa, a EQI Asset, deve atingir a marca de 1 bilhão de reais em ativos sob custódia (AuC) em um a dois meses, com crescimento tanto de forma orgânica como por meio de aquisições em andamento. Há duas semanas, o volume era da ordem de 700 milhões de reais.

Uma das novidades é a estruturação de uma área de crédito privado, para atuar no mercado de dívida voltado para o segmento de middle market, em operações de 10 milhões a 200 milhões de reais.

 

 

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