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BRF sobe após recomendação do Credit Suisse. O que dizem os analistas

Banco passa a ver oportunidade de compra e aumenta preço-alvo do ativo em 36%

BRF: Dona de marcas como Sadia e Perdigão | Foto: Victor Moriyama/Bloomberg (Victor Moriyama/Bloomberg)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 12h51.

Última atualização em 5 de janeiro de 2022 às 19h49.

A BRF (BRFS3)é uma das empresas de alimentos mais baratas do mundo, dizem os analistas do Credit Suisse em relatório que impulsionou as ações da companhia nesta quarta-feira, 5. Com uma das melhores performances do Ibovespa, os papéis chegaram a subir 5,4% ao serem negociados na máxima do dia de 23,63 reais, enquanto o principal índice da B3 fechou o dia em queda.

Em seu novo relatório, o Credit Suisse elevou o preço-alvo da ação da BRF de 22 para 30 reais, passando a ver um potencial de alta de 33,8%, considerando a cotação do fechamento da véspera, 4. Em um cenário positivo, diz o relatório, as ações poderiam subir para 34 reais, o que levaria a uma valorização de mais de 50%.

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Segundo analistas, o cenário projetado para os próximos trimestres, mesmo desafiador em relação aos custos, "deve gerar um ímpeto de ganhos muito fortes para as ações". "Vemos o preço atual como um bom ponto de entrada."

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Entre os fatores que têm motivado a visão otimista, o Credit Suisse elenca a " execução da equipe de gestão que provou ser bem-sucedida " e a expectativa de que os resultados melhores gradualmente.

Os analistas elevaram as estimativas de receita bruta da BRF para 2021 em 14% e para 2022, em 20%. O Ebitda projetado também foi revisado para cima, com o de 2021 passando para 5,3 bilhões de reais e o de 2022 para 6 bilhões de reais.

O Credit Suisse ainda vê como positiva para as ações a manutenção do dólar em patamares mais elevados, sendo a valorização do real um potencial risco para a BRF. Vale lembrar que o segmento internacional representou 46% da receita operacional da empresa no terceiro trimestre de 2021.

Outro risco apontado seria "a recuperação morna da demanda doméstica, intensificação do ambiente competitivo e excesso de oferta de aves no Brasil". Se isso acontecer e o real se valorizar, a projeção é de que as ações da BRF poderiam cair para 15 reais.

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