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Ações do Inter disparam 12% com novo passo para listagem na Nasdaq

Papéis do banco digital deixarão de ser negociados na B3, mas empresa ainda estará representada por meio de BDRs

Entrada do prédio onde fica a sede do Banco Inter, em Belo Horizonte | Foto: Inter/Divulgação (Inter/Divulgação)

Entrada do prédio onde fica a sede do Banco Inter, em Belo Horizonte | Foto: Inter/Divulgação (Inter/Divulgação)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de outubro de 2021 às 11h35.

Última atualização em 7 de outubro de 2021 às 19h21.

As units e as ações do Inter (BIDI11 e BIDI4) fecharam em alta de 12,06% e 11,67%, respectivamente, no pregão desta quinta-feira, 7 de outubro, após o anúncio de que seu conselho de administração aprovou por unanimidade o plano de reorganização societária que prevê listagem da companhia na Nasdaq e o fim da negociação dos papéis na B3.

De bagagem feita para os Estados Unidos, o Inter fará uso de um instrumento característico do mercado americano: as superações (classe B), que dão o mesmo direito econômico das ações normais (classe A), mas com poder de voto multiplicado por 10.

Investidores ainda poderão negociar as ações da empresa no Brasil, mas apenas em forma de BDRs, que serão patrocinados e lastreados em ações de classe A, com menor direito de voto.

Os atuais investidores ainda poderão receber um montante em reais correspondente ao valor por ação do Inter. O Inter está avaliando "potenciais fontes de recursos e estruturas a serem utilizadas para financiar e realizar o pagamento".

Para fazer a operação, o Inter também anunciou a contratação dos seguintes bancos de investimento: Bank of America, Bradesco BBI, J.P. Morgan e Itaú BBA.

Nesta semana, o Inter apresentou dados operacionais do terceiro trimestre, revelando um aumento de 94,4% de sua base de clientes na comparação anual para 14 milhões.

Analistas do UBS classificaram o crescimento como "sólido". Mas, ainda que tenham recomendação de compra para os papéis (com upside de quase 100%), o UBS vê o Inter como o banco mais negativamente sensível à alta das curvas de juros.

"Cada aumento de 100 pontos-base no custo de capital próprio reduz nossa avaliação do Inter em 25%, enquanto o impacto para o BTG Pactual (BPAC11) é de 17% e sobre os grandes bancos brasileiros que cobrimos é de cerca de 10%. Acreditamos que esta alta seja um dos fatores mais relevantes para a recente fraqueza das ações do banco", avaliam em relatório. As units e as ações do Inter acumulam perdas de 22,13% e 17,90% nos últimos 30 dias, respectivamente, já contando com as altas desta quinta-feira. 

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