Equipamentos de extração de petróleo em campos terrestres | Foto: Nick Oxford/File Photo/Reuters (Nick Oxford/File Photo/Reuters)
Guilherme Guilherme
Publicado em 30 de setembro de 2021 às 08h44.
Última atualização em 30 de setembro de 2021 às 10h45.
O investidor que quiser aproveitar a escassez de recursos energéticos no mundo e o desequilíbrio com a demanda ganhou uma alternativa de diversificação internacional por meio de um novo ETF que a BlackRock acaba de trazer para a B3, espelhado no índice iShares U.S. Energy (BIYE39).
Composto por ações das principais petrolíferas dos Estados Unidos, como Exxon, Chevron e ConocoPhillips, o ETF acumula 41% de alta neste ano e se tornou disponível para investidores brasileiros por meio de BDRs.
Junto com o ETF iShares U.S. Energy, a BlackRock trouxe outros quatro novos para o país.
Eles são atrelados ao mercado global de semicondutores (BSOX39), à bolsa da Rússia (BERU39), a small caps da Europa e da Austrália (BSCZ39) e a empresas com práticas ESG dos Estados Unidos (BSCZ39).
Todos são estruturados em forma de BDRs e estão disponíveis em um primeiro momento a investidores qualificados, ou seja, com mais de 1 milhão de reais investido ou com comprovante de conhecimento técnico sobre o mercado.
Essa realidade, no entanto, deve ser alterada com o atendimento de requisitos para que os produtos sejam disponibilizados para o investidor em geral. Dos 74 BDRs de ETFs existentes atualmente na B3, 45 já podem ser investidos por qualquer pessoa.
Disponíveis para pessoas físicas desde o ano passado, os BDRs de ETFs têm crescido de forma acelerada entre os investidores brasileiros. Até o fim de agosto, já eram 10.491 investidores com algum ativo da classe na carteira. Ainda que o número seja pequeno em relação aos mais de 3 milhões de investidores em ações da B3, o número é 2.400% superior ao do início do ano, quando somente 491 investidores tinham algum BDR de ETF na carteira.
O mais negociado é o Trust MSCI US (BEGU39), também ligado a empresas ESG. “Temos convicção de que ESG veio para ficar. Por isso, estamos muito otimistas com o lançamento de mais um fundo ESG. Desde o início das negociações em novembro de 2020, verificamos que quase metade do volume negociado foi de um ETF com estratégia ESG, mostrando claramente que temos demanda por esse tipo de investimento”, afirma Karina Saade, CEO da BlackRock no Brasil
O crescimento da busca por BDRs de ETFs ocorre em meio à popularização dos fundos passivos no país. Desde janeiro, o número de investidores com ETFs quase dobrou, passando de cerca de 269.000 para 472.000.
Também ligado ao mercado internacional, o ETF com o maior número de investidores é o IVVB11, que replica o desempenho em reais do S&P 500, o principal e mais abrangente índice de ações dos Estados Unidos.
Esteja sempre informado sobre as notícias que movem o mercado. Assine a EXAME