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Jovens pedem que G20 priorize acesso à tecnologia e envolvimento em decisões políticas

Carta foi entregue a líderes brasileiros e sul-africanos, já pensando na Cúpula do próximo ano

Documento criticou exclusão de crianças e adolescentes que integram minorias da tomada de decisões a nível global (Divulgação G20)

Documento criticou exclusão de crianças e adolescentes que integram minorias da tomada de decisões a nível global (Divulgação G20)

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Publicado em 25 de novembro de 2024 às 17h19.

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Em carta entregue a líderes do Brasil e da África do Sul, três jovens apresentaram as demandas de crianças e adolescentes de 60 países que devem ser trabalhadas pelo grupo que reúne 85% do PIB mundial. O documento foi fruto de um trabalho conduzido pela Plan International e pela Save the Children, bem como apoiado pelo grupo Crianças no G20.

“Meninas, crianças e adolescentes negras e negros, indígenas e de comunidades tradicionais enfrentam violência e exclusão diariamente. A educação deve combater estereótipos, e as políticas públicas precisam apoiar economicamente esses grupos. Não toleraremos desigualdade”, apontou trecho do documento.

“Não toleramos mais sermos ignorados e ignoradas. Participamos de reuniões e discussões, mas nossas propostas são frequentemente desconsideradas. Exigimos espaços reais de formação e participação política, acesso à tecnologia e envolvimento em todas as decisões políticas que nos impactam diretamente, inclusive a nível global”, destacou.

Estiveram presentes na entrega a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania do Brasil, Macaé Evaristo; o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias; Mongezi Mnguni, diretor de Desenvolvimento Econômico do Departamento de Relações Internacionais e Cooperação e Coordenador do G20 para a África do Sul; o diretor de Programas e Advocacia da Plan International Brasil, Flavio Debique; o diretor-executivo de Política Global, Advocacia e Campanhas da Save the Children, Rotimy Djossaya; o gerente de Relações Governamentais do Instituto Alana, Renato Godoy; a sherpa do G20 no Brasil, Alessandra Nilo; e o sub-sherpa do G20 no Ministério das Relações Exteriores, Felipe Hess.

Transição

Como parte da transição entre Brasil e África do Sul, já visando à Cúpula de Líderes do próximo ano, coordenadores brasileiros se encontraram com equipes do país africano, como forma de transmitir pontos importantes sobre o ritmo de atividades de comunicação e logística, além da execução do G20 Social, cujo sucesso deste ano é considerado como um dos grandes legados da presidência brasileira à frente do grupo.

O encontro contou com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o ministro das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Ronald Lamola. Na fala inicial, ambos focaram nas prioridades do Sul Global no G20, uma vez que a troika segue sendo composta por países em desenvolvimento, e salientaram a importância de uma condução do fórum comprometida em superar as fraturas geopolíticas do mundo atual.

“O próprio lema escolhido pela presidência sul-africana é um testemunho dos nossos objetivos comuns, o lema de ‘solidariedade, igualdade e sustentabilidade’. Sentimos, portanto, que a sua presidência será capaz de aproveitar o que alcançamos em 2024 e reforçar e expandir as vozes do Sul Global no próximo ano”, declarou o chanceler Mauro Vieira após encontro com os representantes sul-africanos no Itamaraty.

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