Capriles prevê explosão social na Venezuela
Capriles, duas vezes candidato presidencial na Venezuela pela oposição, advertiu neste sábado que "crescem as condições" para uma explosão social no país
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2015 às 18h15.
Caracas, 22 ago (EFE).- Henrique Capriles, duas vezes candidato presidencial na Venezuela pela oposição, advertiu neste sábado que "crescem as condições" para uma explosão social detonada por uma crise que atribui à "incapacidade" do presidente do país, Nicolás Maduro.
"Ninguém quer uma explosão social na Venezuela, mas a cada dia crescem as condições para ela. Faremos tudo para evitá-lo", pondo de lado "fanatismos partidários e promovendo um grande acordo nacional para sair da crise", escreveu Capriles na rede social Twitter.
O líder opositor disparou especialmente contra a decisão adotada naa sexta-feira por Maduro de fechar por tempo indefinido uma faixa da fronteira de mais de 2,2 mil quilômetros com a Colômbia e, além disso, decretar ali um estado de exceção local.
Maduro justificou a medida por uma emboscada que na quarta-feira feriu três soldados e um civil, e a uma persistente fuga de alimentos, remédios e combustíveis, produtos que em 40% são contrabandeados à Colômbia , desabastecendo a Venezuela, e também para encarar o crime organizado e o paramilitarismo colombiano.
"Sabemos da grande incapacidade para governar e solucionar de Nicolás Maduro, mas vemos que pode ser ainda pior", apontou Capriles.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, advertiu hoje mesmo que "quando se fecha a fronteira e não há coordenação (bilateral), os únicos que ganham são os delinquentes".
Maduro chamou Santos para falar sobre o assunto, embora tenha usado a desculpa da "guerra econômica" que atribui a seus opositores para tentar abalar sua gestão presidencial, assunto que atribui a "políticos de direitas" dos EUA, Espanha e Colômbia.
"Ninguém vai a uma guerra imaginária de Nicolás Maduro e sua cúpula. Que atenda e dê respostas à grave crise que eles mesmos geraram", acrescentou Capriles sempre em mensagens no Twitter.
O opositor insistiu que "enquanto nossa Venezuela caminha rumo à emergência econômica (porque) sobe a inflação", Maduro "inventa guerras" porque na realidade "não sabe o que fazer".
A aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) atribuiu o fechamento da fronteira e o estado de exceção a uma suposta intenção do governo de suspender as eleições legislativas que em 6 de dezembro renovarão as 167 cadeiras do parlamento, atualmente com uma maioria afim a Maduro.
Em comunicado intitulado "Estado de exceção, teste do regime para tentar suspender eleições perante sua derrota iminente", a MUD fez na sexta-feira um chamado a instâncias internacionais perante o que considera "ser a via de escape usada pelo Governo para evitar uma derrota" em dezembro.
Uma suspensão do pleito "colocaria o país, e com ele a região inteira, perante um muito grave risco de instabilidade e violência", por isso que a MUD denunciou que há um "claro viés de distração" nas decisões de Maduro.
Este preside um governo "incapaz de dar resposta real ao drama socioeconômico e à crise da insegurança vivida por todos os venezuelanos". EFE
Caracas, 22 ago (EFE).- Henrique Capriles, duas vezes candidato presidencial na Venezuela pela oposição, advertiu neste sábado que "crescem as condições" para uma explosão social detonada por uma crise que atribui à "incapacidade" do presidente do país, Nicolás Maduro.
"Ninguém quer uma explosão social na Venezuela, mas a cada dia crescem as condições para ela. Faremos tudo para evitá-lo", pondo de lado "fanatismos partidários e promovendo um grande acordo nacional para sair da crise", escreveu Capriles na rede social Twitter.
O líder opositor disparou especialmente contra a decisão adotada naa sexta-feira por Maduro de fechar por tempo indefinido uma faixa da fronteira de mais de 2,2 mil quilômetros com a Colômbia e, além disso, decretar ali um estado de exceção local.
Maduro justificou a medida por uma emboscada que na quarta-feira feriu três soldados e um civil, e a uma persistente fuga de alimentos, remédios e combustíveis, produtos que em 40% são contrabandeados à Colômbia , desabastecendo a Venezuela, e também para encarar o crime organizado e o paramilitarismo colombiano.
"Sabemos da grande incapacidade para governar e solucionar de Nicolás Maduro, mas vemos que pode ser ainda pior", apontou Capriles.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, advertiu hoje mesmo que "quando se fecha a fronteira e não há coordenação (bilateral), os únicos que ganham são os delinquentes".
Maduro chamou Santos para falar sobre o assunto, embora tenha usado a desculpa da "guerra econômica" que atribui a seus opositores para tentar abalar sua gestão presidencial, assunto que atribui a "políticos de direitas" dos EUA, Espanha e Colômbia.
"Ninguém vai a uma guerra imaginária de Nicolás Maduro e sua cúpula. Que atenda e dê respostas à grave crise que eles mesmos geraram", acrescentou Capriles sempre em mensagens no Twitter.
O opositor insistiu que "enquanto nossa Venezuela caminha rumo à emergência econômica (porque) sobe a inflação", Maduro "inventa guerras" porque na realidade "não sabe o que fazer".
A aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) atribuiu o fechamento da fronteira e o estado de exceção a uma suposta intenção do governo de suspender as eleições legislativas que em 6 de dezembro renovarão as 167 cadeiras do parlamento, atualmente com uma maioria afim a Maduro.
Em comunicado intitulado "Estado de exceção, teste do regime para tentar suspender eleições perante sua derrota iminente", a MUD fez na sexta-feira um chamado a instâncias internacionais perante o que considera "ser a via de escape usada pelo Governo para evitar uma derrota" em dezembro.
Uma suspensão do pleito "colocaria o país, e com ele a região inteira, perante um muito grave risco de instabilidade e violência", por isso que a MUD denunciou que há um "claro viés de distração" nas decisões de Maduro.
Este preside um governo "incapaz de dar resposta real ao drama socioeconômico e à crise da insegurança vivida por todos os venezuelanos". EFE