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Sam Bankman-Fried recorre de pena de 25 anos de prisão por falência da FTX

Fundador e ex-CEO da corretora de criptomoedas foi considerado culpado por crimes de fraude após prejuízo bilionário para clientes

Sam Bankman-Fried é o ex-CEO da corretora FTX (Yuki Iwamura/Bloomberg)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 12 de abril de 2024 às 12h05.

Última atualização em 15 de abril de 2024 às 11h41.

Os advogados de Sam Bankman-Fried entraram com um recurso nesta sexta-feira, 12, para recorrer da pena de 25 anos de prisão que o fundador da FTX precisará cumprir após ser condenado por crimes de fraude nos Estados Unidos. Bankman-Fried ficou conhecido pela ascensão meteórica no mundo das criptomoedas , mas perdeu sua fortuna e deixou milhares de clientes no prejuízo após a falência da empresa.

Na condenação, autoridades dos Estados Unidos afirmaram que o caso da FTX era uma das maiores fraudes financeiras da história e que Bankman-Fried foi diretamente responsável pela quebra da corretora em 2022 . À época, a exchange era a segunda maior do mercado.

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Dados da emissora norte-americana CNBC apontam que menos de 10% dos condenados que recorrem de suas penas conseguem revertê-las, indicando que as chances de Bankman-Fried na Justiça são baixas. Além da prisão, ele precisará pagar uma multa de US$ 11 bilhões.

A expectativa é que o julgamento do recurso possa se estender por anos. Até lá, o fundador da FTX deverá ser mantido em uma prisão federal, já cumprindo o tempo de pena estabelecido pela Justiça em março.

A pena de Bankman-Fried foi determinada pelo juiz Lewis Kaplan, que é o responsável por todo o caso da falência da FTX desde 2022. Em sua sentença, o juiz destacou que autoridades dos Estados Unidos chegaram a solicitar penas que iam desde 40 anos até 105 anos de prisão. Entretanto, o magistrado optou por uma punição mais branda.

Bankman-Fried é acusado de ter liderado as operações da FTX que resultaram na falência surpreendente da corretora em novembro de 2022 e geraram um prejuízo de mais de US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões) para os clientes. Na época, o então CEO tinha uma fortuna bilionária.

Ao longo do julgamento, Bankman-Fried foi descrito como um "bilionário irresponsável" que tentou esconder suas falhas de gerenciamento enquanto enriquecia. "Este caso sempre foi sobre mentira, trapaça e roubo", destacaram os procuradores responsáveis pelo caso.

A quebra da FTX fez com que o ex-CEO perdesse mais de 95% de toda a sua fortuna . Bankman-Fried fundou a corretora em 2019, e o sucesso da operação fez com que ele se tornasse um dos mais jovens bilionários da história. Segundo dados do Índice de Bilionários da Bloomberg, o executivo detinha uma fortuna de cerca de US$ 15,2 bilhões antes do colapso da empresa.

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