Próxima revolução na educação vai acontecer no metaverso, diz Banco Mundial
Sheila Jaganathan explicou que o metaverso vai impactar positivamente o aprendizado e ajudar no desenvolvimento de novas capacidades
Cointelegraph Brasil
Publicado em 26 de novembro de 2022 às 09h57.
A nova geração de headsets de realidade virtual (VR) que levam as pessoas a transitarem e interagirem em ambientes tridimensionais (3D), como na vida real, também deverá ser o passaporte para a terceira era da computação no aprendizado, depois do boom da internet e das redes sociais, de acordo com alguns observadores da indústria.
A Educação no metaverso foi tema de um artigo de Sheila Jaganathan, diretora do Open Learnig Campus (OLC), do World Bank Group. Segundo ela, “essa transição tem profundas implicações para o desenvolvimento de capacidades e aprendizado.”
Sheila Jaganathan ressaltou que o metaverso será o campus de uma nova forma de ensinar e de aprender ao apresentar os headsets de realidade virtual como um portal para este novo mundo educacional. O que, segundo ela, é diferente das formas atuais de ensino online porque envolve o sistema motor do cérebro e constrói a memória muscular, como um simulador de voo, por exemplo.
Ela pontuou a facilidade de uma vida imersiva no campus por meio da realidade virtual, o que possibilita aos alunos aprenderem, explorarem o local e se socializarem.
O que vai desde o mergulho em diferentes módulos de aprendizagem à visita a bibliotecas, salas de descanso e convívio com colegas, treinadores e conselheiros. Experiências que podem democratizar a educação ao permitir acesso a estudantes de locais geograficamente dispersos e de origens econômicas variadas.
A diretora citou o exemplo do campus virtual KAIST, que fica a 60 quilômetros de Nairóbi, capital do Quênia, que permitirá que vai estender seu alcance para todos os continentes a partir de setembro de 2023. O que permitirá que os alunos aprendam juntos sobre tópicos considerados de ponta, sem saírem de suas casas ou de seus países de origem.
O acesso educacional a pessoas portadoras de deficiência (PCD) deverá ser favorecido pelo metaverso por meio de ambientes imersivos mais acolhedores, que também incluem portadores de autismo e outros problemas relacionados à interação social, que, muitas vezes, dificultam a execução de algumas atividades cotidianas, como a organização de produtos.
A coleta de dados dos avatares dos alunos, segundo ela, também deverá favorecer a obtenção de insights sobre o comportamento dos estudantes, como desempenho, atenção, engajamento, sentimento e análise preditiva, o que também deverá ajudar os professores a desempenharemn um papel mais ativo na coleta de dados e análise das lições. Possibilidades que levaram Jaganathan a classificar o metaverso como “vida” após a internet.
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