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Bancos têm dificuldades na estreia do Pix, mas BC vê sucesso em teste

Segundo BC, problemas foram corrigidos ao longo do dia e 1.570 transações foram realizadas no novo sistema até às 17h; fase de testes prossegue até dia 15

PIX: plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central permite transações 24 horas por dia (Victor Prilepa/Exame/Getty Images)
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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 3 de novembro de 2020 às 19h03.

Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 17h36.

O Banco Central do Brasil anunciou, na noite desta terça-feira (3), os resultados do primeiro dia de testes do Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos da instituição, que será disponibilizado em todo o Brasil a partir de 16 de novembro. Algumas instituições tiveram problemas no início do dia, como instabilidades e dificuldades operacionais, que, segundo o BC, foram solucionadas ao longo do dia.

" Algumas instituições tiveram problemas na integração com o Pix, instabilidade de sistema e outros detalhes, especialmente nas primeiras horas do teste, mas tudo foi solucionado ao longo do dia. E é importante ressaltar, também, que o sistema do Banco Central operou desde o primeiro momento de forma satisfatória, sem interrupções e nenhuma intercorrência", disse Angelo Duarte, chefe do departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, em referência ao fato de que as dificuldades foram das próprias instituições e não do Pix em si.

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"Na fase de testes, apenas 5% dos clientes de cada instituição pode acessar o novo sistema, e o critério para seleção dessas pessoas é responsabilidade das próprias empresas. Mas pudemos notar que algumas instituições abriram o Pix para menos de 1% dos seus clientes, o que também é compreensível para este momento", completou Angelo.

Até às 17h, foram mais de 1.500 transações liquidadas utilizando o novo sistema: "Das 9h às 17h, ou seja, num balanço ainda parcial [o primeiro dia testes será encerrado às 22h], foram 1.570 transações pelo Pix entre clientes de instituições diferentes. É um número representativo deste primeiro dia, dentro das expectativas do Banco Central ", explicou Carlos Eduardo Brandt, chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC.

O BC promete transações executadas em até 10 segundos para 99% das ordens, o que justifica alguns pequenos atrasos detectados pela instituição neste primeiro dia: "Em 1% dos casos já está previsto um atraso um pouco maior, e isso é ainda mais aceitável neste momento. De qualquer forma, é importante lembrar que existe um tempo limite para a operação. Caso não seja completada no tempo determinado, é rejeitada e precisa ser feita novamente", disse Brandt.

Brandt também atualizou os números relativos às chaves cadastradas no novo sistema de pagamentos:

"Adicionalmente, foram outras duas milhões de chaves registradas neste primeiro dia, chegando ao total de pouco mais de 60 milhões de chaves cadastradas, o que mostra toda a mobilização em torno do Pix e que nos faz acreditar que o número de transações do período de testes vá aumentando ao longo da semana, conforme as pessoas forem se habituando ao novo sistema e se familiarizando com ele", complementou Brandt.

Sobre os valores transacionados no Pix, o BC afirma que o valor médio das operações no primeiro dia de testes foi de 90 reais, enquanto a maior transação realizada foi de 35.000 reais. Brandt ressaltou, entretanto, que "estes são números que estão em constante mudança e podem variar para cima ou para baixo a qualquer momento".

O período de testes, com restrição de usuários, vai até o dia 15. No dia 16, as instituições financeiras deverão abrir a utilização do sistema para toda a sua base de clientes.

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