- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Criadora do Wecash e da NovaDAX, Beibei Liu crê em apoio de Wall Street às criptos
Executiva chinesa que comanda exchange brasileira fala de suas perspetivas para o mercado cripto em 2021: Ethereum, DeFi, Wall Street e mais
Modo escuro
(NovaDAX/Divulgação)
Publicado em 25 de dezembro de 2020 às, 09h52.
Segundo dados do site Coin Dance, o mercado de criptoativos tem participação de apenas 14% de mulheres. Mas apesar de majoritariamente masculino, este universo tem, sim, mulheres que fazem a diferença. E não são poucas. Uma delas é Beibei Liu, jovem empresária chinesa que, logo depois de se formar em Engenharia Financeira na Universidade Internacional de Negócios e Economia (UIBE), em Pequim, fundou a Wecash, posteriormente renomeada para Abakus Group.
Com mais de 160 milhões de usuários no mundo e já considerada uma empresa "unicórnio" ao ser avaliada em 1,5 bilhão de dólares em rodada de investimento de 2018, a Abakus desembarcou no Brasil no mesmo ano, com a ideia de criar uma corretora de criptoativos no país. A responsável por desenvolver o projeto? Beibei.
CEO da exchange NovaDAX desde então, Beibei se divide entre o Brasil e a China e é apontada como uma das principais representantes femininas do mercado cripto e blockchain no mundo.
Em conversa com a EXAME para falar sobre "Perspectivas 2021", Beibei, falou sobre os planos da exchange no país, nomeou sua própria empresa como a mais promissora para o próximo ano no Brasil e indicou estar ansiosa para o lançamento de funções de pagamento com criptoativos por empresas como PayPal e Square.
Confira a entrevista:
Future of Money: Qual é sua perspectiva para o mercado cripto em 2021?
Beibei Liu: A ampla criação e implementação de moedas digitais é absolutamente inevitável, e 2021 fortalecerá ainda mais essa tendências, considerando que muitos sistemas de pagamentos internacionais importantes evoluem rapidamente e lançarão aplicações substanciais ao longo do ano. Também acredito que o bitcoin receberá ainda mais apoio de Wall Street e de investidores institucionais globais.
FoM: Qual será a altcoin de maior destaque em 2021? Por quê?
BL: A ideologia do Ethereum é baseada na crença de que a tecnologia blockchain será utilizada em inúmeras aplicações além da negociação de criptoativos. Vale a pena investir no ether (ETH). Em novembro, a SEC aprovou o Ethereum Trust [ETHE] da Grayscale como o primeiro produto de investimento em ETH com cotação pública nos Estados Unidos. O ETH provavelmente valorizará mais do que o bitcoin. É como um "sistema Android" descentralizado, naturalmente de código aberto, e já testemunhamos aplicativos descentralizados (DApps) e protocolos criados na rede Ethereum serem o caso de uso mais importante de 2020. Ele continuará a se desenvolver. Enquanto isso, também podemos ficar de olho nos concorrentes da Ethereum, como EOS e NEO.
FoM: Quais podem ser a melhor e a pior notícias para o bitcoin e as criptos de modo geral, em 2021?
BL: O PayPal anunciou que a função de pagamento de compras com bitcoin deve ser lançada no "início de 2021". O rival de pagamentos do PayPal, o Square, e o aplicativo de investimentos RobinHood, também têm propostas semelhantes. O começo do ano também deve ter, de acordo com o plano do Facebook, o lançamento o lançamento da moeda digital Libra [renomeada recentemente para Diem]. Se esses projetos forem lançados com sucesso, eles serão um marco importante do reconhecimento por parte do mercado mainstream. Por outro lado, se falharem, então teremos más notícias.
FoM: Qual aplicação em blockchain se tornará mais popular no ano que vem?
BL: Continuarei prestando atenção às finanças descentralizadas (DeFi) — o uso da tecnologia cripto para recriar instrumentos financeiros tradicionais, como empréstimos e seguros. A NovaDAX também investirá neste tipo de projeto porque o Grupo Abakus [do qual a NovaDAX faz parte] tem milhões de clientes na Ásia (Indonésia, Tailândia, Vietnã e Singapura) que precisam de empréstimos. E a Abakus tem parcerias sólidas com bancos locais para conceder empréstimos legalmente. Será interessante desenvolver um aplicativo que pode fornecer linhas de crédito a clientes locais com garantias em cripto.
FoM: Qual startup blockchain brasileira tem maior potencial de inovação e impacto no mercado para 2021?
BL: Eu diria a NovaDAX (risos). A missão da NovaDAX é fornecer serviços inteligentes, digitais e confiáveis para os clientes por meio de nosso revolucionário Nova Ecosystem. A NovaDAX é a primeira startup cripto a lançar uma conta digital feita sob medida para usuários de criptoativos no Brasil. Com recursos completos, como serviço de cartão de débito, que facilita o pagamento diário com cripto e dinheiro fiat, tanto online quanto offline. Atualmente, nosso cartão é emitido em parceria com a Elo, e gradulamente abriremos o recurso de cartão de crédito. Também estamos explorando a oferta de linhas de crédito com garantia em cripto. A melhor forma de popularizar os criptoativos é possibilitar o seu uso no dia a dia, por isso dedicamos um grande esforço ao nosso projeto de conta digital. E, com o lançamento do Pix, todo o ecossistema de pagamentos no Brasil será impulsionado. O momento também é bom.
FoM: O que passou despercebido para a maioria no mercado cripto em 2020?
BL: Eu não diria despercebido, mas o que realmente merece mais atenção é o esforço de AML [Anti-Money Laudering, ou políticas contra lavagem de dinheiro, em português] em projetos cripto. As organizações criminosas estão aumentando o uso de ativos digitais por causa do anonimato e da velocidade das transações. Especialmente na América Latina, quadrilhas estão cada vez mais recorrendo aos criptoativos para operar o comércio ilegal de drogas, armas e sexo.
Embora as criptos tenham recebido mais reconhecimento do ponto de vista de compliance, devemos ver que as práticas e os códigos de AML não estão maduros o suficiente.
FoM: Qual será o preço do bitcoin em dezembro de 2021?
BL: Não ficarei surpresa se chegar a 50 mil dólares.
A série de entrevistas "Perspectivas 2021", publicada pelo Future of Money, da EXAME, pretende mostrar as opiniões de nomes relevantes do mercado, do Brasil e de outros países, para ajudar a traçar um panorama sobre o que esperar do mercado de criptoativos no ano que vem. Para ver todas as entrevistas já publicadas, clique aqui.
Últimas Notícias
Perspectivas 2021
Para Taynaah Reis, da Moeda Semente, mercado cripto deve crescer 150% em 2021
Há 3 anos
Perspectivas 2021
DeFi e security tokens vão crescer e se popularizar em 2021, diz Daniel Coquieri
Há 3 anos
Perspectivas 2021
Perspectivas 2021: para diretor da ABCripto, DeFi será destaque no próximo ano
Há 3 anos
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Com copos de plástico reciclado coletado no litoral brasileiro, Corona estreia no Primavera Sound
Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano
Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis
Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.