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Os riscos da postura restritiva dos Estados Unidos em relação à inovação blockchain

Cenário norte americano pode representar oportunidades para países mais abertos, como o Brasil

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Lucas Rangel

Especialista de produtos de ativos digitais no BTG Pactual

Publicado em 8 de julho de 2023 às 10h00.

Última atualização em 5 de dezembro de 2023 às 18h34.

Toda grande inovação cria a oportunidade de países saírem na frente abraçando essa nova tecnologia ou deixar o conservadorismo atrapalhar este processo. Estamos vivendo exatamente esse momento no mercado financeiro global.

A tecnologia blockchain está construindo os futuros trilhos do mercado financeiro e cada vez mais tendo adoção tanto corporativa, quanto de pessoas físicas, mas nem todos estão abraçando essa ideia. A SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) está sendo bem restritiva.

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Aliás, desde o início a SEC e seu chairman Gary Gensler se posicionam de maneira contrária aos criptoativos e ultimamente a ofensiva vem ainda mais forte, processando as maiores corretoras que operam nos Estados Unidos, inclusive a Coinbase que possui capital aberto na Nasdaq, que acaba sendo um pouco contraditório.

Esse tipo de atuação da SEC com uma falta de clareza regulatória e o rigor excessivo, estão desencorajando empreendedores e empresas americanas de desenvolverem soluções nesse mercado. Isso cria um ambiente de negócios arriscado e imprevisível, dificultando a conformidade e inibindo a inovação no setor.

Para impulsionar o crescimento, é necessário estabelecer regulamentações equilibradas que incentivem a inovação sem comprometer a segurança e proteção dos consumidores. Enquanto isso, países mais abertos, como o Brasil, podem se beneficiar dessa situação.

O Brasil se destaca como um país que adota uma postura acolhedora em relação à inovação blockchain, se destacando pelo progresso regulatório e uma colaboração efetiva entre players e reguladores. Grandes projetos já são vistos progredindo de forma concreta no país.

Por exemplo, aqui vemos um Banco Central engajado, criando o projeto do Real Digital, podemos ver também o BTG Dol, sendo a primeira stablecoin lastreada em dólar emitida por um banco no mundo e diversos outros projetos super significativos para mercado. Com isso, o Brasil está se consolidando como uma potência emergente no cenário global das criptomoedas.

Impactos no futuro

É possível vislumbrar diferentes futuros econômicos para ambos os países. O Brasil, ao promover um ambiente regulatório que estimula o desenvolvimento do blockchain, poderia se tornar um polo global de tecnologia financeira, atraindo investimentos e talentos, impulsionando a criação de startups e fomentando o crescimento econômico.

Com sua vasta população e crescente adoção de criptomoedas, o Brasil poderia se consolidar como um líder no desenvolvimento de soluções baseadas em blockchain, abrindo portas para a inclusão financeira e impulsionando setores como pagamentos, remessas, contratos inteligentes e financiamento descentralizado.

Por outro lado, os Estados Unidos, com uma regulação mais hostil, poderiam enfrentar desafios para se adaptar e perder a oportunidade de liderar a inovação e o desenvolvimento no mercado financeiro global.

Agora vamos esperar os próximos capítulos dessa história e ver o que o futuro nos aguarda! Eu estou bem otimista com o que está por vir.

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