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Por Felippe Percigo*

A valorização do bitcoin em mais de 70% no primeiro trimestre deste ano deixou a criptoesfera eletrizada. Aquela sensação de bull market, de repente, começou a percorrer a derme da comunidade, mas… ficou só na sensação mesmo.

É boa, né? Acontece que os altos não existem sem os baixos, e vice-versa. “Mas isso é óbvio, Felippe!”. Nem tanto. Alguns dos maiores desafios de quem investe no mercado cripto (e no financeiro em geral) envolvem saber reconhecer e respeitar os ciclos.

Seja para cima ou para baixo, os movimentos sempre vêm nos ensinar a atuar em cenários diversos… e isso inclui os adversos!

Aquela euforia do início do ano, do tipo “agora vai”, arrefeceu e o Bitcoin vem perdendo força desde então. O mercado ficou chato. Sem aquela adrenalina, sem grande volatilidade, sem picos de emoção. Isso pode ser desmotivador para muitos, mas o investidor de verdade comemora cada fase e sabe tirar o melhor proveito.

Sim, estamos ainda em meio a um bear market, mas contamos com indicadores favoráveis e um halving do Bitcoin no horizonte, evento que historicamente abre as portas para uma nova e excitante temporada.

Temporada que inclusive pode ser muito lucrativa para você, como as passadas foram para mim, caso se dedique a conhecer mais profundamente os mecanismos do mercado, as ferramentas e, claro, as melhores estratégias.

Não adianta lutar contra o inverno cripto. Sua postura tampouco deve ser de fuga, mas, sim, de aquecimento para o próximo verão.

O momento é ideal para exercitar o seu psicológico. O bear market é um grande mestre quando estão em jogo nossas capacidades de ser mais pacientes e resilientes.

Essa é a primeira fase a ser superada. Agora, enquanto acompanhamos o desenrolar do período de baixa atual, podemos tomar atitudes inteligentes para estarmos prontos logo ali na frente. E aqui vão algumas orientações de ouro - copie e cole em algum lugar para consulta!

Estudar

Não sei se você já me conhece, mas eu sou um professor. Orientar os meus alunos a nunca deixar de perseguir o conhecimento faz parte do meu propósito.

Não apenas oriento sobre o estudo contínuo, como acredito que só o lifelong learning, ou seja, a aprendizagem durante toda a vida, consegue nos manter inovadores e prontos para as transformações.

Existem hoje muitos cursos, desde os de curta duração até faculdades e MBAs, dedicados à temática cripto. Você não vai poder culpar a falta de opções de ensino por sua falha lá na frente. No entanto, seja bem criterioso ao analisar as disciplinas, módulos e professores dos cursos e formações que te interessam. Há ofertas no mercado que estão de olho apenas em lucrar com a falta de conhecimento do outro. Fique esperto!

As redes sociais também podem ajudar nessa jornada. Tem gente séria fazendo conteúdo de qualidade em espaços como o YouTube e Instagram, além de outros canais. A questão no caso das redes é que, diferentemente das aulas de um curso ou uma universidade, os conteúdos não necessariamente entregam uma trilha de aprendizado completo, a proposta é funcionar como um material complementar mesmo.

De qualquer forma, a internet é um multiverso de informações, utilíssima, desde que você saiba fazer um filtro bastante rigoroso.

Enquanto pensa na sua próxima formação, leia (ou releia!) uma coluna minha aqui na EXAME na qual ensino a analisar uma criptomoeda para investir com mais segurança.

Dollar-Cost Averaging

Eu faço aportes habituais em criptomoedas. Uso a estratégia Dollar-Cost Averaging, uma modalidade que serve para proteger o investidor principalmente em um ambiente de alta volatilidade como o cripto.

O DCA se trata de aplicar o mesmo montante financeiro em intervalos regulares, sem condicionar os aportes a fatores como o preço. No meu caso, faço todo mês. Esses aportes frequentes representam uma oportunidade de reduzir o preço médio de compra.

Além disso, o hábito diminui pressões psicológicas comuns no mundo cripto, como a busca incessante pelo fundo do Bitcoin para comprar com o máximo de desconto, por exemplo. O DCA é uma forma de se disciplinar tirando o elemento “emoção” do caminho. Na estratégia, você pode flexibilizar o volume dos aportes, mas a regularidade deve ser mantida.

Renda passiva

O que você não deve fazer durante o bear market é deixar as criptos ociosas na carteira. Faça elas trabalharem para você. Existem algumas opções de investimento que podem gerar renda passiva.

Uma dessas modalidades é o é staking. O método funciona mais ou menos como uma poupança de alto rendimento. O investidor disponibiliza seus ativos em uma plataforma de staking, da mesma forma que se deixa dinheiro na poupança em bancos, e recebe juros por isso, na forma de mais moedas. No caso, os rendimentos são muito mais interessantes.

Outra alternativa é o lending ou empréstimo. Trata-se, portanto, de um serviço que permite aos usuários de cripto emprestar seus ativos a outras pessoas em troca de juros. É semelhante a emprestar dinheiro no mercado tradicional, mas, nesse caso, as criptomoedas são usadas como colateral.

Uma terceira opção é o “yield farming”, no qual os investidores depositam e bloqueiam criptomoedas em um protocolo específico, desempenhando o papel de provedores de liquidez para esse sistema. Como contrapartida pela participação, ganham recompensas.

Quer entender melhor? Deixo aqui a minha coluna sobre renda passiva em cripto.

Conclusão

Deixar o bear market te paralisar é danoso para os seus objetivos. Aproveite o momento para trabalhar a sua mentalidade, e adquirir conhecimento e habilidades. Acredito que, em muito breve, voltaremos a testemunhar uma temporada de atividades intensas e super lucrativas no mercado de criptomoedas.

*Felippe Percigo é um investidor especializado na área de criptoativos, professor de MBA em Finanças Digitais e educa diariamente, por meio da sua plataforma e redes sociais, mais de 100.000 pessoas a investirem no universo cripto com segurança

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