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“Mulheres assumiram protagonismo além da liderança”, dizem vice-presidentes da Mastercard Brasil

Executivas da gigante dos pagamentos opinam sobre cenário atual de equidade de gênero em empresas, falam sobre projetos da Mastercard e dão dicas para mulheres que querem ter posições de liderança

The Mastercard logo is being displayed on a smartphone screen in Athens, Greece, on December 24, 2023. (Photo by Nikolas Kokovlis/NurPhoto via Getty Images)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 8 de março de 2024 às 18h48.

Nesta sexta-feira, 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Para além de comemorar uma data política e social que reforça a necessidade de equidade de gênero, executivas da Mastercard ponderam sobre o cenário atual e as oportunidades para mulheres, projetos desenvolvidos para melhorar este cenário e dão dicas para mulheres que querem ter posições de liderança em empresas do mercado financeiro e tecnologia.

Segundo Ana Karina Scarlato, vice-presidente de produtos e inovação de mercado na Mastercard Brasil, as mulheres já assumiram um protagonismo que vai além da liderança e sua colaboração se tornou de extrema importância para empresas.

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Mulheres agregam valor às empresas

“Como líder executiva, acredito que as mulheres assumiram um protagonismo que vai além da liderança, agregando grande valor às empresas em termos de diversidade e pensamento criativo. Em termos de habilidades comportamentais, considero crucial para quem almeja assumir posições de liderança, ter autoconfiança e segurança no gerenciamento do projeto ou demanda, aliada à capacidade de resiliência. Em frente a obstáculos, meu conselho é explorar novos caminhos, mantendo o foco sempre no objetivo final”, disse ela em entrevista à EXAME.

Scarlato é formada em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e além da Mastercard Brasil, possui experiência em outros gigantes do mercado financeiro como Santander, Credicard e Bank Boston.

Atualmente, a Mastecard possui uma porcentagem significativa de líderes mulheres e investe em programas de incentivo à equidade de gênero, de acordo com Scarlato.

“Na Mastercard, temos o Programa de Mentoria Diversa, no qual executivas sêniores oferecem orientação profissional por 12 meses a mulheres nos estágios iniciais de suas carreiras. Em todo o mundo, muitas de nossas funcionárias participam de oportunidades de desenvolvimento profissional específicas, como esse programa no qual atuei como mentora. É gratificante poder ajudar jovens que talvez não tenham tido as mesmas oportunidades de educação e formação que eu tive, orientando-as sobre como se posicionar e reagir em diversas situações. Elas são o futuro, e estamos ajudando-as a se fortalecerem, algo que considero fundamental”, explicou ela.

Já Fernanda Caraballo, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Mastercard Brasil, revelou os fatores que colaboraram para a sua capacitação em sua atual função de liderança na gigante dos pagamentos.

"Acredito que a indústria financeira evoluiu muito em termos de equidade de gênero na última década. Na Mastercard Brasil, por exemplo, metade da liderança é feminina. O que me capacitou para minha função foi a habilidade de adaptação e a oportunidade de aprender e atuar em diferentes áreas, o que me permitiu aprofundar o conhecimento em cada uma delas”, contou.

“Trabalho há 6 anos com o setor público e, quando comecei, não tinha experiência prévia, mas sim facilidade de aprendizado e grande curiosidade. Isso é importante não apenas para mulheres, mas para qualquer profissional: conhecer bem sua área de atuação e comunicá-la da melhor forma possível. Isso me ajudou a me tornar uma referência no mercado e a conquistar reconhecimento como alguém capaz de agregar valor nas posições que ocupo”, acrescentou ela à EXAME.

Programas de mentoria e colaboração feminina

A formação de um ciclo de colaboração entre as mulheres do setor também é importante para que elas conquistem as mesmas oportunidades que os homens. Pensando nisso, Caraballo citou os programas de mentoria que muitas empresas apostam como os projetos que irão favorecer o gênero feminino nessa empreitada de carreira.

“Cada executiva tem o papel de ajudar a formar as gerações mais jovens de mulheres no mercado, oferecendo mentoria e condições iguais em processos de avaliação. Devemos prestar muita atenção ao viés inconsciente e educar nossos colegas de trabalho de todos os gêneros sobre essa realidade. Entendo que isso nos permite avançar cada vez mais rumo à equidade de gênero. A simples percepção de que pode haver algum viés já diminui seu impacto", concluiu a executiva.

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