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LUNA, do blockchain Terra, registra novo recorde de preço com alta de 25%

Em cenário de incertezas geopolíticas e econômicas, a criptomoeda do blockchain Terra se destaca, apresentando altas expressivas. Entenda os motivos que fizeram a LUNA disparar

Em apenas um dia, LUNA teve alta de 25% (Andriy Onufriyenko/Getty Images)
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Mariana Maria Silva

Publicado em 9 de março de 2022 às 17h15.

Última atualização em 9 de março de 2022 às 19h43.

A criptomoeda LUNA do blockchain Terra atingiu novos recordes de preço nesta quarta-feira, 9. Apresentando alta de 25% em apenas um dia, a LUNA chegou a ser negociada por US$ 104,58, sua maior cotação até o momento, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Em um mercado ainda em recuperação, após medidas do Fed e o estouro da guerra entre Rússia e Ucrânia, a LUNA é o maior destaque dentre as 10 principais criptomoedas. Seu preço já é mais que o dobro dos US$ 44,67 dólares que atingiu no final de janeiro, caracterizada como a pior cotação de 2022 até agora.

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Outras moedas importantes para o mercado cripto, como BTC, ETH, SOL, e AVAX, operam entre 40 e 70% abaixo de suas máximas históricas, apesar de terem respondido positivamente ao decreto assinado nesta quarta-feira, 9, pelo presidente Joe Biden para a regulação dos criptoativos nos EUA.

-(CoinMarketCap)

Logo após conquistar o novo recorde, o preço da LUNA recuou para os atuais US$ 100,28, segundo dados do CoinMarketCap. O fato fez com que o posto de 6ª maior criptomoeda do mundo em valor de mercado, conquistado pela LUNA durante a máxima histórica desta quarta-feira, fosse recuperado pela Ripple, e a moeda do blockchain Terra retornasse para o 7º lugar com pouca diferença.

Por trás do movimento de alta da LUNA, está a UST, stablecoin da rede Terra. A criptomoeda estável tem o seu valor atrelado ao dólar e possui um mecanismo de emissão ligado à queima de tokens LUNA. Ou seja, para emitir UST, é necessário queimar LUNA.

Em momentos de grande demanda pela stablecoin, como a atual busca por proteção de patrimônio em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, a alta destruição de LUNA para emitir UST faz com que a redução em sua oferta no mercado tenha um impacto direto em seu preço.

Um outro motivo para o aumento na demanda por UST é o rendimento de quase 20% para o staking da stablecoin no Protocolo Anchor, da rede Terra. Ao fazer o staking, investidores bloqueiam um determinado valor em criptomoedas na rede, em troca de recompensas financeiras.

O alto rendimento em comparação com outros protocolos de empréstimo de stablecoins atraiu o fluxo de capital para a Terra nas últimas semanas. O valor total bloqueado (TVL) na plataforma subiu para US$ 12,6 bilhões, fazendo com que o Anchor se tornasse o maior protocolo do ecossistema Terra, de acordo dados da DeFi Llama.

Além disso, o CEO da Terraform Labs, Do Kwon, anunciou a alocação de US$ 418 milhões nas reservas da Terra, que irão se somar ao US$ 1 bilhão em bitcoin já alocado para garantir a estabilidade de preço da UST.

A Luna Foundation Guard, criada no último mês pela Terraform Labs para apoiar o ecossistema Terra, ainda aprovou a queima de US$ 4,2 milhões em LUNA para promover liquidez à corretora descentralizada (DEX) chamada Curve. Essa combinação de fatores se demonstrou extremamente favorável à criptomoeda, que ainda apresenta ganhos de mais de 17% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap.

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